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Amor On-Line - Parte 4: Medo de se expor...

Atualizado dia 11/3/2006 11:40:13 AM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Mas por que amor on-line se a vida pulsa à nossa volta???
Por que não arrumamos uma pessoa que possa de fato nos amar, nos satisfazer na convivência diária? Porque quando amamos alguém nosso maior desejo é estar com a pessoa ouvindo o que ela pensa da vida, compartilhando as coisas mais bobinhas como comer um pãozinho fresco no café da manhã de domingo.
Sonhamos com as coisas triviais e, ao mesmo tempo, quando conseguimos viver isso com alguém permitimos que entre areia nesse doce da convivência.

Parece que o amor on-line está livre desses testes que enfrentamos todos os dias. O amor on-line, em princípio, apresenta-se como algo controlável, já que temos até tempo para pensar no que vamos dizer antes de digitar nossos pensamentos e muitas vezes quando erramos pedimos desculpas. Será que é por que não temos que enfrentar os olhos do parceiro nos culpando de nossos deslizes ou será que por estarmos protegidos atrás de nossos computadores nos sentimos resguardados da dor???

Como há várias formas de se ver um assunto, vejo como positivo o fato de que através dos meios digitais estamos encontrando as pessoas, amigos de escola, conhecidos de viagem e até namorados. De certa forma, sinto como se fosse mente falando com mente, emoção com emoção, sem as barreiras naturais da sociedade. Porém, não são poucas as histórias de pessoas que se passam por outras, criando personagens para elas mesmas viverem, alguns tão diferentes da realidade que fica até difícil pensar numa integração quando ocorre um desejo do parceiro de se encontrar no mundo real. Mas se nós somos tão mentais, tão racionais por que não temos coragem de realmente viver aquilo que passamos nos nossos e-mails???
Por que nos fechamos para o mundo acreditando em nossas criações?

Atendi um rapaz lindo, trabalhador, com uma vida espiritual consciente, enfim, tinha tudo para dar certo... Porém, quando visitei o seu corpo sutil apareceram vidas em que ele se retirou dos desafios.
Numa dessas vidas como cavaleiro Sr Lancelote. Apaixonou-se pela mulher do amigo e temendo seus sentimentos, retirou-se para a floresta se tornando um renunciante. Numa outra existência, ajudou as pessoas de sua tribo, mas não quis se casar com medo da rotina. Achava que de alguma forma perderia sua liberdade.
Na vida atual, ele enfrentava situações muito parecidas quando se afastava dos seus relacionamentos sempre que a parceira começava a cobrar coisas...

“Maria Silvia, gostava demais da Débora, mas quando ela me desrespeitava eu ficava magoado e ia embora sem falar nada...”

“Sem explicar para ela o porquê de sua atitude?” Perguntei.

“Sim, eu achava que não deveria forçar as coisas e que não adiantaria nada falar para ela o que estava esperando dela”. Disse ele, convicto de suas atitudes.

“Mas, Luciano, por que agir assim? Por que não falar para as pessoas o que você pensa?” Perguntei, já tentando fazê-lo compreender a importância de sermos claros com nossos parceiros na vida.

Aprendi que na convivência são fundamentais as regras do amor. Precisamos ter o nosso espaço respeitado e também respeitar o espaço do outro, mas se não sabemos o que o outro pensa, o que magoa nosso parceiro, como acertar?
Aprendi que os relacionamentos que dão mais certo são aqueles em que as pessoas são amorosas o suficiente para dizer “não” e não magoar...
Não dá para fingir e depois ficar sentido com a atitude do outro. Às vezes, penso que a nossa humanidade ainda não sabe praticar uma honestidade amorosa.

“Pois é, Maria Silvia, tenho me dado melhor nos meus relacionamentos on-line”, disse ele sem saber dos meus artigos.
“Quando me correspondo com as pessoas, falo coisas que pessoalmente acho que não teria coragem de falar, porque parece que estou falando apenas comigo mesmo e quando não gosto de uma resposta simplesmente deleto”, disse ele ouvindo suas palavras ressoarem pela sala.

“Isso quer dizer que de uma certa forma você tem o controle da situação, não é?”

“Uma vez até tomei um floral para isso e foi bom. Acho que tenho um certo medo de me expor e mostrar minha fragilidade”.

Neste dia, conversamos bastante sobre correr riscos, porque a vida, Deus, o destino não nos oferece segurança... já que não carregamos conosco o mapa do tesouro.
Como ensinam os Mestres, seguimos por esta vida aprendendo com as experiências e trocar com as pessoas é fundamental para a nossa evolução.
Como não sou a dona da verdade, não tive respostas prontas para o Luciano. Só o ajudei a pensar em como seguir na sua existência. Como ele já era uma pessoa que praticava meditação e seguia um ritmo de vida mais consciente, saiu da consulta feliz com a perspectiva de mudar suas atitudes limitantes.
Falamos muito sobre Deus, não como algo formal ou religioso, mas como uma energia em movimento. Comentei com ele sobre uma frase de Sai Baba que há muitos anos me acompanha: “Amem a incerteza divina...”

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Maria Silvia Orlovas estará no mês de novembro dando um curso especial para a concretização de sonhos, tendo como caminho a descoberta do “Eu de Luz”. Informe-se em Ancorando a Divina Presença.
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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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