Amor ou paixão?
Atualizado dia 11/24/2006 11:27:07 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
A paixão é um turbilhão de sentimentos antagônicos e, muitas vezes, confusos, em que projetamos ou transferimos para o objeto amado a nossa demanda de vazio afetivo construído ao longo da nossa existência. Costuma ser uma experiência de muita excitação e envolvimento que poderá durar desde uma curta fase de tempo até uma vida inteira.
O amor, por outro lado, é fruto de um sentimento mais brando, de menor intensidade, que leva a pessoa a desejar o bem do outro, manifestando-se, principalmente, pelo aspecto afetivo-sexual ou também pela simpatia e amizade.
No entanto, muitas vezes, amor e paixão mal resolvidos internamente podem vir a gerar uma energia negativa chamada ódio, que é um sentimento de aversão que leva-nos a desejar ou até causar o mal a alguém.
Contudo, os sentimentos por mais antagônicos e confusos que possam parecer, são sentimentos inerentes à natureza humana ainda imperfeita e, por isso, ainda necessários à maioria dos espíritos que reencarnam no planeta Terra. Os seres que habitam esferas evoluídas da espiritualidade e que, através de contatos mediúnicos têm nos passado inúmeras mensagens através de livros, artigos e outras formas de comunicação, já foram espíritos que passaram pelas mazelas da inferioridade humana, inclusive, pelas experiências das paixões mais vis e mundanas.
Portanto, o sentimento irracional da paixão somente diminuirá de intensidade à medida que o espírito for despertando para a necessidade do cultivo da energia equilibrada do amor. Quanto mais o espírito evoluir, menos necessidade ele terá de vivenciar a experiência da paixão.
No âmbito das relações afetivo-sexuais, costumamos idealizar o objeto do desejo como sendo fruto da imaginação baseada, consciente ou inconscientemente, nos modelos de beleza propagandeados pela mídia. Constrói-se, desta forma, uma imagem idealizada de homem ou mulher distante da nossa realidade imperfeita.
O jogo entre sentimentos passionais mais intensos e sentimentos amorosos brandos, encontra-se na razão direta do amadurecimento do espírito. No amor, somos como as fases de desenvolvimento do ser humano: quando na transcendência, precisamos da infância das paixões fulminantes; na adolescência, do despertamento do amor; e na maturidade, o fluir do amor de uma forma mais equilibrada e serena... o surgir de um amor abrangente e sábio. Mas é através da "janela aberta" pela compreensão do amor abrangente na fase madura do espírito que teremos condições de acessar níveis mais altos do conhecimento científico e da própria realidade transcendental. A energia do amor maduro gera o afeto, o carinho, o altruísmo, a caridade, a complascência e a compaixão. E abranda ou elimina a energia negativa do ciúmes, da inveja, da ira e do ódio.
Na escola da vida seremos sempre aprendizes em diferentes estágios de evolução consciencial, onde a lição/aprendizagem mais importante será sempre a do amor. Este sentimento maior, origem de toda criação divina, como a avaliação de final de curso ou de ano escolar, significará fator referencial que indicará o estágio em que nos encontramos e, intuitivamente, o que precisaremos melhorar em relação ao que deixamos de amar.
"Amar é engrandecer-se."
Emmanuel
Psicanalista de Orientação Reencarnacionista.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |