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Anacronismo – comportamentos que estão fora de sua época

Atualizado dia 3/25/2016 4:03:28 PM em Autoconhecimento
por Teresa Cristina Pascotto


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O anacronismo, segundo o dicionário, consiste em atribuir a uma época ou a um personagem, ideias e sentimentos que são de outra época, ou em representar, em obras de arte, costumes e objetos de uma época a que não pertencem. São atitudes, fatos e objetos que não estão de acordo com a época em que se apresentam. Um exemplo prático disso seria um filme, que acontece na Idade Média, conter um computador. Este objeto não condiz com aquela época.

A abordagem deste texto será a partir dos sentimentos, emoções, memórias inconscientes e traumas, que pertencem a outra época, às vidas passadas (ou paralelas), mas que influenciam a pessoa na vida presente, levando-a a ter comportamentos, atitudes e impulsos que não são condizentes com sua época atual, no que diz respeito aos planos da alma para esta existência. São comportamentos totalmente fora de época, mas a pessoa já arraigou tanto em si estas influências e comportamentos, que passa a viver apenas a partir dos conteúdos de outras vidas que estão em seu inconsciente.
Vou citar alguns exemplos para ser mais fácil o entendimento, principalmente para facilitar uma percepção em outro nível de consciência. Uma alma escolhe manifestar-se em uma encarnação nesta vida presente. Ela escolhe todos os conteúdos que trará no inconsciente do ser humano que será, para que a pessoa possa viver as experiências que são favoráveis aos seus planos de vida e ao propósito que escolhe para esta vida.
Assim, num exemplo, esta alma escolhe que nesta vida não trará como conteúdo “real”, o elemento medo. Para esta vida, a alma não precisa que a pessoa carregue as frequências reais e densas do medo paralisante, pois nesta vida esta alma quer que a pessoa viva de forma mais plena, com mais expressão e exposição no mundo. Porém, como o medo é uma ferramenta fundamental para dar limites aos seres humanos, pois não fosse ele, todos os seres humanos seriam como crianças que não têm noção do perigo e, portanto, não sentiriam medo e acreditariam em suas fantasias, o que poderia ser equivalente a uma criança acreditar que pode voar e se jogar do 10º andar de um prédio. Da mesma maneira, se o ser humano, mesmo adulto, quando tem seus processos criativos em planos elevados, precisa se dar conta de que o que é possível num plano de consciência expandida, onde tudo não tem limites e tudo é possível, não pode ocorrer da forma tão plena e natural na realidade da matéria. Por isso, a pessoa poderá ter um vislumbre do máximo de suas potencialidades, quando livre da matéria na expansão de consciência, mas tem que “trazer” essa mesma ideia ou processo criativo, para “dentro de sua mente”, para que esta, em sua limitação, possa processar a ideia criativa e então dar curso a ela, mas de forma adequada com o que é possível aqui, na matéria.

Ocorre que é praticamente impossível uma pessoa ter esse tipo de discernimento desenvolvido, mas o tem em potencial latente a ser desenvolvido, o que significa que ela não está totalmente pronta para ter criações em expansão e fazer uma saudável e imediata adequação entre o que teve de percepções nos planos de criação e o que é possível no aqui e agora, na dualidade. Portanto, o único recurso que todas as almas têm, para que haja um ajuste (e/ou um freio) mais adequado à experiência da expressão da criatividade na matéria, é o medo. Assim, em vidas passadas, esta alma escolheu viver inúmeras encarnações em que o medo era uma condição, um elemento real e presente na bagagem que a pessoa carregava. Nas vidas passadas, as personalidades tinham muita criatividade e impulsos poderosos para a manifestação imediata e espontânea do processo criativo acessado em esferas elevadas e o único recurso que tinham, para não se prejudicarem e nem aos outros, era o medo ou pânico. Isto significa que estas personalidades tinham facilidade em ser criativas, mas sempre que tentavam manifestar sua criação, em seus impulsos, não mediam as consequências e, invariavelmente, acabavam obtendo resultados dolorosos para si e/ou para os outros. Com isto, o medo que carregavam era ativado, para que então, quando tivessem novamente impulsos para darem vazão a um potencial criativo, pelas experiências de dor, acabavam paralisando pela força do medo. E paralisavam, na maioria das vezes.

Mesmo que ainda tentassem, inúmeras outras vezes em que tinham uma nova ideia, o ciclo era o mesmo: Percepção criativa – impulso da vontade – manifestação da ideia criativa sem discernimento adequado – imediata ativação do medo como recurso para o freio ou paralisação – trauma. Este foi então o ajustador para os impulsos intensos de manifestação, sem discernimento adequado nas vidas passadas. Foram várias vidas tendo experiências variadas, mas sempre girando em torno de processos muito criativos e expressão espontânea, sem discernir (que é uma condição saudável do pensar em comunhão com a alma e não um pensar racional e limitado) sobre as possibilidades reais e sobre as consequências destas manifestações. O medo ou pânico, em algumas vidas, eram fundamentais e eram mais intensos nas vidas em que os impulsos da fé, da vontade firme e da expressão poderosa em manifestação, eram ferramentas poderosas para a ação e manifestação, mas eram também um potencial perigoso quando faltava o discernimento saudável. Quanto mais a pessoa acreditava que era possível manifestar o ideal de seu processo criativo, mais ela ativava esses impulsos, porém, sem o devido fator ajustador natural do discernimento, o medo ou pânico eram ativados, para que no impulso intenso, o medo fosse um ajustador e um dosador de expressão.

Houve vidas em que isto foi adequado e a personalidade teve divinos processos criativos em expansão de consciência, ativando os impulsos da manifestação e, ao mesmo tempo, ativando a carga do medo, para dar a “dose adequada” entre todas essas forças, manifestando então seu potencial criativo sem danos para si e para os outros. Não houve aqui, a experiência do discernimento saudável. Tudo foi possível para uma manifestação em equilíbrio, justamente pelo fato de estas personalidades carregarem e ativarem “na dose certa”, tanto o potencial criativo, quanto os impulsos da manifestação e também o medo como ajustador. Essa “química” perfeita entre estes 3 elementos que a alma havia escolhido para estas encarnações, era o ideal nestas dimensões destas vidas. Porém, inúmeras foram as vidas em que esse mesmo mecanismo, usando estes mesmos 3 elementos, foi traumático e doloroso, a química não foi perfeita, pois cada elemento foi utilizado de forma mais ou menos intensa, não se equalizando aos outros 2 elementos.

Pelo fato de as personalidades destas vidas só focarem no ideal criativo e se entregarem totalmente aos impulsos da manifestação imediata, de forma extremamente intensa, e sem o devido discernimento, o medo vinha em forma de pânico, para simplesmente paralisar as personalidades. Nestes casos, era melhor não dar vazão à criatividade, mesmo que o ideal fosse favorável para muitos, pois dar vazão de forma desequilibrada, ao contrário, traria resultados desastrosos a todos os envolvidos. Assim, o pânico era a única ferramenta de poder para frear as personalidades para que não dessem vazão à criatividade intensa e ativa, de forma prejudicial. Desta forma, após várias vidas usando o medo ou pânico como elementos de ajuste das potencialidades sagradas que as personalidades carregavam – são as mesmas em todas as encarnações, pois são as potencialidades da alma -, e por isso ter sido um grande aprendizado que tem seus códigos armazenados no inconsciente da personalidade atual, nesta vida presente esta alma não escolheu trazer o medo ou pânico como elementos reais, como potencias de ajuste. Ela escolheu que a personalidade atual viesse sem os elementos medo ou pânico, pois precisava desenvolver o discernimento saudável e, para isso ocorrer, era preciso ter a ausência do medo em potencial interno, para que ele não fosse ativado e não paralisasse a pessoa em sua manifestação espontânea. Mas ainda esta personalidade não desenvolveu o discernimento a esta altura de sua vida, por isso, enquanto o desenvolve, ela também desenvolve e potencializa seu potencial criativo e seus impulsos para a manifestação, que nesta vida são intensos e mais ativos, o que a levou a ter impulsos que a colocassem na vida de forma natural e espontânea, usando suas potencialidades sagradas, sem medo e sem desequilíbrio. Só que isso ocorreu num momento em que sua mente racional não estava tão atenta a essas manifestações. Porém, assim que a mente racional percebeu “os poderes que tinha e manifestava”, o ego tomou posse desse poder e começou a “fazer” ao invés de “ser pela alma e deixar acontecer”. Até aqui, tudo certo, pois o ego tem que participar, mas não desta forma controladora. Então este ego começou a querer “fazer mais”, para se tornar um Deus. Sem nenhum crivo de bom senso e sem nenhum discernimento. Foi aqui que começou a entrar em cena o elemento medo como ajustador. Só que esta personalidade não vem carregada com as frequências reais do medo, assim, sua alma planejou que para haver um ajuste saudável, e que não criasse uma ruptura traumática no potencial criativo e nos impulsos da manifestação da pessoa, ela precisaria do elemento medo, só que não como elemento real, mas sim como potencial existente como memória, um elemento fantasma (como no caso de uma pessoa que amputa uma perna, mas continua a sentir a perna, como se ela existisse. Isso é chamado de membro fantasma). Por isso, esta personalidade não sente medo real, ela é isenta do medo, mas sem nenhum medo e com o discernimento ainda em desenvolvimento, ela fica sem nenhum dosador de potenciais. Então a alma trouxe uma condição, uma abertura interna, como um portal, sendo uma ferramenta que faz com que as personalidades de vidas passadas possam “adentrar a vida presente” para estarem mais próximas da personalidade atual e mais ativas e vivas, até mesmo em seus excessos. Como a alma tem que usar os recursos que são possíveis e como não trouxe o elemento medo, precisa do medo das outras personalidades, que influenciarão a personalidade presente, como ajustador. O medo e pânico das personalidades de vidas passadas, que então ficam mais próximas da personalidade da vida presente, são os elementos “emprestados” para esta personalidade. Isto é muito adequado, pois esta personalidade não pode paralisar nesta vida e, com os medos não sendo seus, logo que ela vier a se desenvolver e encontrar um mínimo equilíbrio adequado ao cumprimento da parte mais sagrada de sua missão, ela possa simplesmente “descartá-lo” ou melhor, devolvê-lo às personalidades passadas.

Ficando apenas com o que lhe pertence e, neste caso, é a ausência do medo. Mas com o discernimento desenvolvido. Isto tudo seria perfeitamente possível de ocorrer de forma natural e saudável, sem necessitar do medo fantasma como ajustador, se não fosse o fato de o ego da personalidade atual querer assumir o controle. Nenhum ego quer ser um parceiro, ajudante da alma, ele quer ser o dominador. Por isso, ele cria manobras e manipulações para não fazer o que a alma deseja. Ele se sente ameaçado em perder o controle e o poder sobre a vida da personalidade atual, caso deixe a alma comandar e conduzir a vida, na trilha da jornada que ela escolheu. Com isso, este ego prefere paralisar e perder o que conquistou, a ter que deixar a alma comandar, pois acredita que os planos da alma o levarão a uma vida de sacrifícios, sendo mais um mártir no planeta. Então ele “agarra” o medo e o pânico, na tentativa de ancorá-los como sendo parte integrante do inconsciente da personalidade, já que ela não carrega esse elemento. A personalidade tem impulsos de sua alma que a conduzem a uma manifestação espontânea, mas ao mesmo tempo, após um momento de expressão mais intensa de suas potencialidades, ela paralisa de medo ou pânico. A pessoa começa a perceber que sente força, vontade e poder para realizar tudo aquilo que acessa de potenciais criativos, sente a força dos impulsos da manifestação, se movimenta e usa energias sagradas para que tudo possa realmente se manifestar e consegue manifestar, ou não consegue, mas mesmo assim, movimenta energias e potencialidades para tal fim, porém, imediatamente o ego, que gosta apenas de se achar poderoso quando envolvido com todos esses potenciais, mas que não suporta ter que se expor e se expressar no mundo, em benefício de todos, acessa o medo que agarrou e cristalizou, fazendo parecer que é um elemento real integrante daquela pessoa – mas não é – e então a personalidade atual paralisa, em pânico, como se algo muito ruim fosse lhe acontecer se continuar a se manifestar. Este medo não é real, não é um elemento desta vida. Este medo é anacrônico, é fora de época, pertence às personalidades de vidas passadas que o “emprestam”, apenas em potencial frequencial para que a personalidade atual passa ajustar seus poderes e dons. Se falarmos dos impulsos de manifestação criativa também intensos, exagerados em força, e desequilibrados, da personalidade atual, estes também pertencem a outras personalidades de vidas passadas, que não foram dominadas pelo medo e se excederam, e usaram estes impulsos de forma desequilibrada, usando-os intensa e ativamente, quase atrofiando ou dizimando o elemento medo que carregavam.

Nestas personalidades que desconsideravam os medos, os impulsos se manifestavam desordenadamente, causando prejuízos a todos. Muitas vezes, a personalidade atual também se enfraquece em seus impulsos de manifestação, ficando com dificuldade de manifestar “qualquer coisa” e, com isso, também precisa usar os impulsos intensos das personalidades passadas e, em alguns momentos, não sente medo e “faz coisas”, sem discernimento, mas faz. Mais uma vez, se não usar esses impulsos, mesmo que desequilibrados e perigosos, a personalidade atual estagnará, assim, novamente é melhor “usar algo inadequado”, a “não usar nada” e estagnar. Aqui também a personalidade atual está usando elementos de outras vidas, impulsos intensos e desordenados, e isto também é anacrônico, não pertence a esta época. Quando elementos de vidas passadas são funcionais a uma personalidade atual, mesmo existindo o anacronismo, ou seja, não pertencem a esta época, é melhor a personalidade acreditar que os elementos são seus e utilizá-los para os fins da alma, do que não se aproveitar deles e não realizar nada. Porém, quando a pessoa não precisa mais dos elementos fantasmas emprestados das personalidades passadas e continua usando-os e tendo atitudes e comportamentos, por conta deles, que não são condizentes com a missão de vida atual e com os aspectos da personalidade atual, então os elementos fantasmas passam a prejudicar e a caracterizarem-se como em desacordo com esta época.

Porém, voltando ao elemento fantasma medo, após tantos anos usando o medo das vidas passadas, como elemento de ajustes, e pelo fato do ego ter assumido o medo como seu, arraigando-o na personalidade e cristalizando-o, a esta altura a personalidade atual acredita que tem um medo paralisante e que quanto mais prossegue em sua evolução e desenvolvimento de suas potencialidades, mais perigos corre e, portanto, o medo é fundamental para os planos do ego, para não lhe permitir prosseguir, paralisando.

Outro exemplo, dentro disto, seria o caso de essa personalidade atual, ter sido, em outras vidas, uma curandeira, uma “bruxa”. Por ter sido bruxa em vidas passadas, como consequência foi capturada pela inquisição, portanto, a personalidade atual também carrega as potencialidades para a cura – potencial da alma, que se manifesta em todas as vidas – e isso faz com que também tenha medo de ser capturada pela inquisição, que no caso desta vida presente, não existe. Mas a memória do passado, faz com que ela tenha o mesmo comportamento de medo de ser caçada e queimada na fogueira da inquisição, não de forma psicótica, mas com sensações inconscientes, o que faz com que paralise. Este comportamento proveniente do medo de que algo de mal lhe aconteça, caso seja a expressão de sua alma, usando seus poderes de cura, também é anacrônico. Está fora de sua época. Nas outras vidas, naquelas épocas, as personalidades passadas manifestaram seus potenciais de cura, de várias formas possíveis e sofreram consequências. Mas tudo foi em suas épocas, por conta do que cada época proporcionava, onde no ex., a inquisição existia “de verdade”. Este comportamento de retração, encolhimento e covardia em se expressar, manifestado aqui na vida atual estão totalmente fora de época. O bom disto é que o medo, o pânico e esses outros elementos e comportamentos citados, dentre tantos outros, não são elementos desta vida, não são conteúdos que a alma escolheu trazer. E não pertencendo a esta época eles não passam de energia potente, mas não existente. Porém, como a personalidade atual se condicionou a estes comportamentos e sentimentos, cristalizando-os, ela os assume como seus. O trabalho de cura neste caso, terá como primeiro passo a tomada de consciência deste anacronismo. Neste contexto, a tomada de consciência por si só traz um grande impacto na pessoa. Só de saber que este “medo não lhe pertence”, e que é um medo fantasma e, portanto, não existe, imediatas mudanças internas, porém sutis, ocorrem na personalidade. Além disso, a tomada de consciência abre portais internos, facilitando o acesso a estas verdades, portanto, não se trata apenas do conhecimento adquirido, mas do contato com a verdade sobre isto que acessa internamente, este mergulho de encontro com a verdade, faz com que a pessoa simplesmente “saiba do que se trata”.

Outro fator de apoio à cura é que a pessoa permitirá que certa dissolução, aos poucos e em frações, ocorrerá no elemento medo “emprestado e cristalizado”, o que significa que ele não será mais tão intenso e atuante na vida presente. Seu poder de atuação será minimizado pelo fato de a personalidade agora saber que “não tem medo” nesta vida e que o medo que acreditava ter, era apenas um elemento externo, sendo usado para um ajuste em suas forças. Seria como dizer que naturalmente a personalidade tomará novas decisões, mesmo que num primeiro momento sejam apenas racionais, mas obviamente vai querer se libertar do medo que não é seu, para ser livre e se manifestar de forma corajosa e saudável, fruto do discernimento mais desenvolvido a esta altura. Se não estivesse desenvolvido, esta pessoa nem estaria pronta para saber destas verdades.

Se há prontidão para o conhecimento da verdade é porque há prontidão para iniciar a cura profunda nesta questão.

Existem outras inúmeras questões e comportamentos anacrônicos na vida das pessoas. Até mesmo a cobiça, p.ex., quando uma alma escolhe trazer em suas encarnações, é porque de certa forma, outro conteúdo que também carregará nas vidas, será o desinteresse generalizado pelas coisas da vida e pela vida em si. Neste desinteresse, obviamente a pessoa não se interessa por nada o que equivale dizer que “não quer nada”. Isto seria um fator muito perigoso. Por isso, uma pessoa extremamente desinteressada, carregando a cobiça como elemento grave em sua vida, precisa de uma ferramenta como a cobiça, que fará com que a pessoa conquiste “coisas” na vida. Ela não quer nada, mas quando percebe alguém “tendo ou vivendo algo”, ela admira e gosta, se a outra pessoa está vivendo uma condição de vida e se mostra satisfeita, a pessoa cobiçosa se atrai pela energia de satisfação que a outra emana, assim, a cobiçosa quer essa energia de satisfação, pois é profundamente insatisfeita na vida. Ela não quer exatamente ser aquela pessoa ou ter o que ela tem, mas se esta sente satisfação com algo ou alguém, não bastará à pessoa cobiçosa “pegar sua satisfação”, pois ela sabe que é a experiência de vida ou alguém na vida dessa pessoa, que é o elemento que lhe dá satisfação. Então ela começa a cobiçar essa pessoa e tudo o que ela possui e é. E faz sua “magia” – poder psíquico e capacidade de manipular energias – para tirar “aquilo” que dá satisfação à outra pessoa. Se p. ex., o elemento de satisfação da outra é ter um namorado, a cobiçosa vai “tirar” o namorado da outra e o tomará para si. Portanto, em várias vidas passadas, o desinteresse generalizado e a poderosa cobiça, foram os elementos parceiros que as personalidades passadas carregaram e usaram. Mas na vida atual, a alma desta pessoa já modificou o desinteresse e já trouxe frequências de interesse, assim como, modificou o fator cobiça e já trouxe frequências de ausência de cobiça. Isto porque esta alma quer que nesta vida, o interesse seja desenvolvido para que a personalidade atual possa ser movida pela força do seu interesse e da sua vontade em criar uma vida usando sua criatividade, seus desejos e impulsos, para conquistar o que desejar, pelas suas forças e não mais conquistar o que é do outro, cobiçando o outro e tirando tudo o que é do outro. A alma escolhe trazer para esta vida a abertura para a proximidade das personalidades de vidas passadas, para que, com a cobiça que carregam, possam influenciar a personalidade atual, que também não se interessa por nada, no sentido de pelo menos ficar “de olho no que é do outro”, mas apenas para despertar o interesse por algo ou alguém, e como uma referência de “coisas boas da vida”, para em seguida, a pessoa passar a desejar “ter também, igual ao outro” e não mais, como nas outras vidas, desejar “ter o que é do outro” ou destruir o outro se não conseguir tirar o que é dele, só para que não tenha mais, e a cobiçosa não veja mais a satisfação que ele emana. Só de raiva e vingança barata.

A personalidade atual é preguiçosa e não quer se desenvolver e então deixa que as personalidades de vidas passadas não só a influenciem, mas que a potencializem com o “dom” da cobiça, como ferramenta de poder para conseguir tudo o que quer, ou melhor, conseguir tudo o que é do outro e que lhe dá satisfação. Então essa personalidade atual acaba se tornando cobiçosa e “ladra” e continua roubando potenciais alheios. Mas a cobiça não é uma ferramenta que sua alma trouxe para esta vida, mas foi ferramenta das personalidades passadas e a pessoa está deixando que seja a sua verdade, cristalizando-a, pois seu ego pensa que “se está dando certo ser cobiçoso, não vou abrir mão disso”. Aqui há o anacronismo, pois este potencial para a cobiça não pertence a esta época, a esta vida, mas às outras vidas. Esta cobiça e seu desinteresse, são elementos que o ego usa como forma de se justificar pelo fato de não se desenvolver pelos seus próprios esforços. Ele quer fazer com que estes elementos sejam seus porque acredita que ser cobiçoso é algo bom, pois faz com que ele tenha potencialidades sagradas dos outros em suas mãos, sem fazer grandes esforços. Se este elemento cobiça não pertence a esta época, nesta vida, é um elemento fantasma, e poderá se dissipar aos poucos, num processo de cura, com a inicial tomada de consciência.

O mais importante para qualquer conteúdo ou elemento anacrônico nesta vida, é que a pessoa identifique o que acha que carrega, mas não carrega, que identifique quais são os elementos anacrônicos em que está teimosamente fazendo ser desta época, quando não é, o que atrasa totalmente sua vida. Ao identificar os elementos, sentimentos e comportamentos anacrônicos nesta vida, a pessoa naturalmente desejará se desapegar de tudo isso, para então assumir e aceitar a ausência desses elementos dentro de si, para assim descobrir quais são seus reais elementos, sentimentos e comportamentos que precisam ser acessados, desenvolvidos e utilizados nesta vida e que são pertencentes e condizentes com as frequências da missão da alma para esta vida. Há mais trabalho a realizar, mas dando estes passos iniciais, a pessoa, desejando verdadeiramente seguir a jornada da alma, intuirá quais serão os próximos passos ou intuirá que precisará de apoio de alguém, para um período dentro deste novo contexto interno que será criado. Outros aspectos sobre a cura do anacronismo -de qualquer elemento passado - na vida atual, são os mesmos que citei acima, no exemplo do medo fantasma e anacrônico.

Reflita sobre isso, não seja imediatista e preguiçoso, achando que tudo isto é complexo e complicado demais para dar valor e atenção. Não existe cura mágica e imediata e a cura real acontece sempre que a pessoa se compromete em ter um olhar mais profundo sobre seu inconsciente e em se envolver com a sua complexidade humana.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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