Aprendendo com as crianças
Atualizado dia 4/20/2006 1:21:50 AM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
O lúdico, para as crianças normais, é o nirvana, o êxtase. É através da brincadeira e dos jogos que elas interagem consigo mesmas e com o mundo à sua volta, adquirindo a consciência individual e coletiva do significado social, ou seja, da vida em sociedade. É na receptiva e humilde postura da criança que o adulto tem condições de transmitir seus valores delineando o perfil de educação que lhe convém. É nesta fase que o futuro adulto encontra-se disponível aos responsáveis pelo seu processo educativo. Sendo assim, a infância nos mostra e nos dá o exemplo de que a simplicidade e a naturalidade são ferramentas indispensáveis no exercício do crescimento como pessoa integralmente saudável.
Nós, adultos, precisamos fazer despertar esta criança saudável que adormece em nosso interior. Resgatarmos a simplicidade que ela representou em nossas vidas e que ainda pode vir a representar, contribuindo para que possamos associar esta experiência adquirida na infância às da vida adulta.
Quando Jesus disse: "Vinde a mim as criancinhas porque delas será o reino dos céus!", queria dizer que, para evoluirmos espiritualmente e ascendermos outros níveis, temos que, necessariamente, reencontrar em parte o que fomos um dia, isto é, a pureza, a originalidade e a simplicidade de ser criança.
A fórmula da simplicidade, no entanto, não se encontra em obras religiosas ou de auto-ajuda; é uma condição em que o espírito do adulto, depois de muita luta interna consigo mesmo, desperta das armadilhas da matéria e ingressa, ao assumir a sua verdadeira identidade, em uma nova fase de crescimento pessoal e de evolução espiritual.
Contudo, ser humilde ou simples não é sinônimo de baixar a cabeça, nem de ser humilhado ou injustamente avaliado, julgado e deixar por isso mesmo. Temos amor próprio e só não o tem quem se deixa humilhar sem reagir conscientemente. Humildade não é subserviência.
Segundo Francisco do Espírito Santo Neto (pelo espírito Hammed), em seu livro "Os Prazeres da Alma", "o humilde examina e pondera o orgulhoso porque um dia também o foi; o arrogante, porém, como ainda não conquistou a humildade, não sabe apreciar e valorizar a simplicidade". E conclui: "Humildade é um atributo do espírito que aprendeu a silenciar a mente através de uma seleção de padrões de pensamentos adequados, criando dessa forma, condições para que haja a internalização do canal transcendente da inteligência universal."
O grande desafio do homem, no campo do desenvolvimento da espiritualidade, é saber discernir entre cultivar a humildade, dando importância ao Eu verdadeiro e, ao mesmo tempo, não deixar-se subjugar pela arrogância e prepotência - a soberba usa disfarces - sem reagir e defender seus direitos ou os direitos do coletivo humano a que pertence.
Ser humilde, portanto, é ter consciência que nada sabe e estar atento e sintonizado à fonte da inteligência universal, que só se deixa penetrar por aqueles que, a exemplo de uma criança, tem simplicidade no coração.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |