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Assim é o cérebro de um otimista

Atualizado dia 11/16/2007 10:26:58 PM em Autoconhecimento
por Celso A. Cavalheiro


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Novas pesquisas revelam as raízes biológicas do pensamento positivo.
Como uma expectativa positiva pode afetar a sua saúde.


Nós, humanos, temos uma tendência natural para o otimismo. Na verdade, os psicólogos sabem de longa data que a maioria de nós tem a tendência a ser irracionalmente otimista. A assim chamada propensão ao otimismo tem a ver com o fato de que esperamos viver mais tempo e ser mais bem sucedidos do que a média e temos a tendência de subestimar a probabilidade de pegarmos uma doença grave ou enfrentar um divórcio. Essa tendência é adaptativa - muitos pesquisadores alegam que uma perspectiva positiva nos motiva a planejar o futuro e pode ter influência na nossa saúde a longo prazo.

O otimismo parece ser realmente necessário à nossa sobrevivência pois está muito bem estruturado em nosso cérebro. Um novo estudo publicado na revista Nature confirma que a idéia de se ter uma expectativa otimista é um traço de personalidade com raízes neurológicas profundas. Os pesquisadores descobriram que o cérebro das pessoas positivas se ilumina de forma diferente, em um tomógrafo, em relação àqueles das pessoas com tendência a serem pessimistas, quando ambos imaginam acontecimentos futuros.

A diferença entre mentes positivas e pessimistas é fortemente realçada em áreas do cérebro ligadas à depressão. “As mesmas áreas afetadas pela depressão ficam muito ativas quando as pessoas imaginam acontecimentos positivos”, diz Tali Sharot que conduziu a pesquisa na Universidade de Nova York.

Durante a pesquisa Sharot pediu aos pacientes para pensarem em coisas positivas ou negativas que causassem emoção, como receber um prêmio ou acabar um romance. Isso foi feito com relação a acontecimentos passados e a possíveis acontecimentos futuros, enquanto seus cérebros eram avaliados em um aparelho de ressonância magnética. Logo após os pacientes preencheram um questionário para medir seu nível de otimismo. O que Sharot descobriu foi que quando os pacientes pensavam sobre eventos futuros positivos duas regiões do cérebro tornavam-se muito mais ativas do que quando eles pensavam sobre coisas negativas. Uma dessas áreas, o córtex anterior frontal, está ligado ao otimismo com tal consistência que surpreendeu Sharot. “Você pode vê-lo em todos os pacientes, o que indica que deva ser fundamental à natureza humana.” diz ela. “O otimismo está interposto no cérebro de forma muito forte.” Uma outra pesquisa ligou atividades anormais nessa mesma região do cérebro com a depressão herdada, sugerindo que a tendência para o otimismo e a depressão é regulada pela mesma região do cérebro.

Ao mesmo tempo em que não podemos dizer com certeza porque algumas pessoas respondem com otimismo aos problemas da vida, fica cada vez mais claro que nossa atitude mental pode ter um grande impacto na nossa saúde física. O otimismo motiva as pessoas a manterem o controle de suas vidas enquanto a depressão faz exatamente o contrário. Está freqüentemente ligada a uma sensação de impotência perante a vida. “O problema com a depressão é que as pessoas são tão pessimistas que acabam não tomando nenhuma atitude para melhorar suas vidas”, diz Elizabeth Phelps, uma das autoras da pesquisa e professora de psicologia da Universidade de Nova York.

Por exemplo, aquelas pessoas que têm uma visão fatalista do câncer demonstraram ser mais propensas a ele uma vez que não tomam cuidados preventivos como comer vegetais ou deixar de fumar. Por outro lado, um grupo de pesquisadores ligam o otimismo a uma saúde melhor. Um estudo importante com 999 mulheres e homens idosos descobriu que o otimismo diminuiu significativamente o risco de morte por doença cardiovascular.

A relação exata entre otimismo e boa saúde ainda não está clara. Martin Seligman, que estuda o otimismo e pensamento positivo na Universidade da Pensilvânia diz que isso talvez ocorra porque os otimistas, ao contrário dos pessimistas, estão mais voltados para a sua saúde pois acreditam na possibilidade de resultados positivos. Ou talvez porque as pessoas otimistas sejam mais queridas e consigamm estabelecer melhores contatos sociais que têm sido associados à longevidade. Uma outra possibilidade é que as pessoas otimistas podem ter tido menos traumas ou dificuldades em suas vidas (um grande número de situações negativas durante a vida estão relacionados à falta de saúde). “Todas essas questões são plausíveis” diz Seligman.

Então, isso significa que livros de auto-ajuda como “O segredo e o Poder do Pensamento Positivo” que objetivam aumentar seu otimismo vão tornar você mais saudável? Não necessariamente. Mas pesquisadores como Seligman realmente acreditam que promover o pensamento positivo seja um caminho promissor na pesquisa médica. E só o fato de você concordar ou não com essa previsão otimista talvez já esclareça alguma coisa com relação ao seu próprio cérebro.

Newsweek
Setembro de 2007

Texto revisado por Cris

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