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Autoestima

Atualizado dia 9/15/2014 9:51:41 AM em Autoconhecimento
por Rosangela Tavares


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Autoestimar = autovalorizar.

Então, é simples, é o valor que você se dá.

Mas será que é a gente que se dá um valor?

Ouvimos aqueles chavões do tipo "Se você não se der o valor, quem dará?".

Isso é verdade, em parte. Mas é mais teoria. Se funcionasse realmente, os livros de autoajuda resolveriam cem por cento dos conflitos emocionais.

Na verdade, a autoestima é construída. O que forma a autoestima da pessoa são as situações que ela vivencia desde muito cedo.

Imaginem uma criança que ouviu muitos: "Eita menino burro, tá parecendo seu pai", "Você vai à escola pra que?", "Esse menino não faz nada que preste, só me dá trabalho".

E agora imagine outra criança, outra situação: "Muito bem, filho, é assim que se aprende, daqui a pouco você vai estar fera nisso!", "Esse é meu filhão, não desiste. Esse menino vale ouro!", "Você é tão caprichoso, vamos lá, vamos arrumar essa bagunça, eu te ajudo".

Acho que nem é preciso muita explicação para se previr qual criança construirá uma autoestima boa e qual poderá ter dificuldades no futuro. E repare que são coisas do dia a dia.

Quando a gente é criança, o que os pais falam é verdade absoluta. Não temos condições para questionar.

E aí, curiosamente, vemos por aí adultos que por mais que se graduem, montem seu negócio, planejem sua vida, não progridem. Por que será?

É mais uma vez a verdade aprendida que diz o contrário lá no inconsciente. Como um menino burro, que não presta para nada, vai ser bem-sucedido?

E existem inúmeras outras situações que poderão contribuir para uma baixa autoestima. O bullying, por exemplo, que em geral aponta para alguma característica física da vítima. E tem as situações condicionais, em algumas fases da vida. Estar fora do peso, estar sem dinheiro, sem emprego.

Outra situação marcante na infância é a falta de recursos financeiros explicada como inferioridade. Já vi crianças pobres vivendo muito felizes, num ambiente em que não se pregava a pobreza, nem a falta, nem a tristeza.

Já vi casos de pessoas que tiveram pais carinhosos, mas humildes o suficiente para não saberem que os filhos precisavam de apontamentos positivos, de elogios, de quem nomeasse os sentimentos para eles.

Toda a pessoa se desenvolve a partir do olhar dos pais, que vão apontar, por exemplo: "O João é caprichoso, adora desenhar", "A Maria é nervosa, mas é amorosa", "O Pedro é organizado, o quarto dele é todo arrumado", e assim por diante.

Algumas pessoas podem não viver isso adequadamente, e depois poderão ficar com a sensação de "Como eu sou?" ou "No que eu sou bom?". Fica faltando um pedaço na sua constituição interna.

Quem viveu situações assim desfavoráveis, poderá se tornar um adulto inseguro, angustiado, infeliz. E não necessariamente estará consciente das causas de sua insatisfação e infelicidade na vida. Poderá chamar de azar. Mas as atitudes responderão pelo inconsciente, é regra.

Você pode pensar: "Eu conheço gente que era pobre e conseguiu vencer na vida. O Silvio Santos era camelô e hoje é dono de emissora". Provavelmente a infância pobre não foi passada a ele na forma de inferioridade. Se progrediu, não deve carregar crenças de escassez em seu inconsciente. É só um exemplo!

Autoestima bem formada é uma das coisas mais importantes na vida. É o que dá segurança, confiança, felicidade, coragem.

Mas, felizmente, apesar dessa constituição interna negativa, existe a possibilidade da pessoa se tratar, rever o que viveu, e ressignificar as coisas, para poder se libertar das velhas crenças e ser feliz.





Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Rosangela Tavares   
Psicóloga clínica desde 2000. Atende adultos, adolescentes, casal, estudantes e recém formados, pela abordagem psicanalítica. www.rosangelatavarespsicologa.com.br
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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