Autolapidação



Autor Ingrid Monica Friedrich
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/29/2022 6:00:04 PM
O trabalho mais nobre a realizarmos pela Humanidade é a de buscar lapidar a nós mesmos, como se fôssemos uma pedra encontrada na Natureza, bruta, suja e com imperfeições. Com força e com muito cuidado, ir renovando seus excessos e aos poucos revelando sua transparência, tornando-a uma joia ou bela escultura.
Escultores dizem que suas esculturas já estão dentro do bloco de mármore e só lhes cabe remover os excessos e revelar sua verdadeira forma e beleza.
Assim somos nós, nascemos sem forma, pedras brutas, e absorvemos o que nos dizem quem devemos ser para que nos amem e tenhamos sucesso na vida, que representam a sujidade do meio sobre a pedra e suas imperfeições que a tornam opaca.
Então nos cabe ao seguirmos pela vida, ao nos tornarmos adultos, descobrirmos quem desejamos Ser e como desejamos viver e não apenas sobreviver, e vamos removendo o que já não mais desejamos conservar.
Uma pedra bruta pode continuar na Natureza por milhares de anos e se manter tal como é, e não há nada de errado nisto, pelo contrário, é o destino natural para a grande maioria das pedras, estarem ocultas no solo, mas montanhas, no subsolo.
Mas algumas pedras são encontradas por joalheiros, lapidadores, escultores, artesãos e sob dados capazes são iluminadas...
É uma escolha a ser feita por cada um de nós, se permanecemos pedras como a maioria, cumprindo sua função natural, ou se iluminar e sofrer com todo o processo de "revelar" sua verdadeira “forma e beleza" ocultas, se lapidando, buscando sua melhor expressão a cada dia.
Conter os impulsos primitivos que já não mais nos convém manter e remover as "sujidades" obtidas no atrito com a vida, na terra.
E isto exige tanta dedicação, consome tanta energia, comprometimento, que não sobra tempo nem vontade de julgar o processo de outros, ou se comparar se achando superior ou se sentindo inferior ou atrasado em relação a alguma referência idealizada.
Estamos ocupados demais na autorrevelação de nossa nobreza.
E se sairmos deste plano, um pouco melhores em termos de humanização, de quando entramos, já terá valido a pena ter percorrido esta jornada.
E se tornar transparente, ser quem se é, sem se envergonhar disto ou se culpar por ainda estarmos no início de nosso trabalho de revelar nosso melhor à humanidade...
Se iluminar é este processo de lapidação, alguns estão na lavagem inicial, outros sofrendo o atrito do esmeril, outros no acabamento, mas tal como as pedras, são únicos e originais, de valor único, tal como podem e conseguem ser, iluminando-se aos poucos, sendo transparentes...
Mas quem banca sua transparência?
Poder ser visto tal como é, até seu centro mais íntimo, ao menos para seus próprios olhos...
Autoconhecimento e autorreflexão gerando autointimidade e busca de revelação do seu melhor aspecto, fazem parte deste processo de lapidação que só pode ser realizado de dentro para fora, e nunca de fora para dentro, como foi feito nos anos iniciais de nossa vida.
Só nós estamos dentro de nós mesmos para saber onde a como dói e onde já dá para lapidar e onde é melhor não mexer neste momento, pois pode causar cisão, nos fragmentar.
Só a própria pessoa pode se lapidar...
As pessoas externas são o cinzel, esmeril, Lucas, mas não o lapidador, o iluminador.
Nosso processo só cabe a nós mesmos, nosso mestre interior, nosso Espírito Maior e não o mestre externo, que não sabe lidar com as tensões internas que temos o nosso grau de resiliência...
São raríssimos os Michelângelos e as pedras por eles escolhidas para serem lapidada.
A maioria das pedras na Naturezas são lapidadas pelo Tempo e pela Vida.
Tenhamos paciência e muita compaixão ao nos submetermos ao processo de nós iluminar, de exibir nossa transparência bela.
Texto Revisado









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Ingrid Monica Friedrich Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |