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Breve relato do dia que passei com o Dalai

Atualizado dia 10/12/2007 9:08:42 PM em Autoconhecimento
por Espaço Autoconhecer


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Sexta-feira, 28 de abril de 2006. Acordei inacreditavelmente às 5h50! Realmente, só o Dalai Lama pra me fazer levantar tão cedo... fui ao encontro da minha caroneira e chegamos no Anhembi às 7h30. Obviamente, como o evento foi na cidade de São Paulo já tinha fila de cerca de 50 pessoas na nossa frente. Estava frio mas a promessa de passar o dia ouvindo sábias palavras deixava tudo divertido. Fiquei me distraindo olhando as pessoas... tinha gente de todas as idades: senhoras alinhadas, monges de diversas linhas budistas, devotos com camisetas de suas Sangas, casais alternativos, adolescentes e até bebês.

Entramos no Anhembi... mais fila porque tinha a turma do auditório principal que assistiria o Dalai em pessoa, e os outros de auditórios menores que iriam assistir ao seminário pelo telão. Conseguimos um lugar relativamente bom, já que a universidade que patrocinou o evento ocupou a maioria dos bancos próximos.

O seminário começou às 10h, atrasado, mas tudo bem... ia passar o dia ouvindo o Dalai falar! Ele abriu dizendo que quem esperava poderes milagrosos dele iria se decepcionar. Alguns minutos depois ele tirou os sapatos e sentou confortavelmente na posição de lótus. E com essa singela atitude, disse (resumidamente):

* COMPAIXÃO: foi praticamente a resposta para todas as perguntas. Para deixar bem claro o que significa: é o sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor.

* Se a pessoa busca a felicidade mas negligencia os valores internos essa busca é em vão.

* Cuidado porque muitas vezes o que parece compaixão é apego. A verdadeira compaixão vem acompanhada de sabedoria/inteligência, nos capacitando a discernir entre o que é real e o que achamos que é real. Quando olhamos para algo e achamos que é real pela nossa perspectiva, muitas vezes isso é apego.

* Não confundir Apego com Desejo. Sem Desejo não há movimento, não há progresso, não conseguimos alcançar as metas que nos propomos. Apesar do apego ser um desejo ele é acompanhado de preconceitos/idéias pré-concebidas; é um envolvimento muito grande com algo que gera uma atitude excessiva.

* A inteligência não tem carga de sentimento; muitas vezes ela pode se transformar em um meio de atingir negativamente as pessoas e a nós mesmos.

* Importante: reconhecer nossos valores internos e usarmos a inteligência para desenvolvê-los (nota da autora: o bom e velho autoconhecimento).

* Precisamos treinar, treinar e treinar porque assim não nos distanciamos dos nossos valores nem de quem somos, com os obstáculos que surgem na vida cotidiana.

* Um médico americano fez uma pesquisa com pessoas que usavam muito os pronomes EU/MEU/MINHA (super auto-centradas) e detectou que essas pessoas correm mais riscos de sofrerem ataques do coração (nota da autora: prepotência é inversamente proporcional à segurança).

O que me encanta profundamente no budismo, e em algumas outras filosofias também, é como não faz sentido endeusarmos pessoas se elas são gente como a gente, com defeitos e qualidades, talvez em maior ou menor grau aqui ou ali. Mas são pessoas que estão vivendo e passando por questões negativas ou positivas no mesmo mundo que você. A simplicidade nas respostas e na postura do Dalai reafirmaram ainda mais essa percepção que pode ser extremamente pessoal.

A minha conclusão foi que é impressionante como a vida é dualidade pura... ao mesmo tempo que estava com sono, fome (almoçei doritos + cookies) me sentia energizada e conectada ao que estava sendo dito... o que esse dia me fez relembrar, sinceramente não vou poder dar uma de ignorante já que estou cansada de saber na teoria, é como complicamos se podemos simplificar e nos divertir. Como podemos ser felizes e com isso impactar positivamente o ambiente. É interessante como as sábias palavras de um adulto podem ter a energia de amor de uma criança. Espero que a cada próximo segundo da minha vida, principalmente quando eu estiver no trânsito, possa me lembrar disso.

Daniela André Martins

Texto revisado por Cris

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