CONSCIÊNCIA NEGRA OU ETNIAS UNIVERSAIS?

 
Inicio esta reflexão fazendo três perguntas: Consciência tem cor? Quem é o branco e quem é o negro? Por que no dia 20 de novembro não se comemora as etnias universais? Sim, está correto, essa data é o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695 ( que, por sinal, mantinha escravos particulares), mas a discriminação é tamanha que se discute a “inserção do negro na sociedade brasileira”, como se a cor da pele revelasse o caráter de um indivíduo ou de uma raça. Caráter, personalidade, ética e valores humanos não se mensuram pela cor da pele. Caráter e personalidade são formados na família e na escola.

Recorro à pré-história e lembro que a origem do homem é no continente africano. O Australopithecus é o mais antigo hominídeo que se conhece e foi encontrado na África do Sul, e os estudos revelaram que viveu entre 1 milhão e 600.000 a.C. Era bípede e tinha postura ereta!

Discriminação racial é negar a própria origem do homem!

Nos estudos de Astrologia Cármica, aprendi que o Carma mais pesado do ser humano é o de discriminação racial, porquanto discrimina o próprio Deus. Essa identificação é feita na Carta Natal pela presença do planeta Saturno na Casa 12. .

Retrocedo no tempo e remeto esta reflexão para o Gênesis bíblico e fico comovido com a passagem da Criação do homem: “ Então disse Deus: “ Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Esse foi o 6º. dia. Uma pergunta: Esse Deus era branco, negro, pardo, amarelo, crioulo? Esse homem criado à imagem e semelhança de Deus, que cor ele tinha, afinal?
Regresso ao presente e quero encerrar esta minha reflexão lembrando o nome de um grande poeta brasileiro, Castro Alves, transcrevendo parte do seu “Navio Negreiro”.
“Estamos em pleno mar... Do firmamento / Os astros saltam como espumas de ouro.../ O mar em troca acende as ardentias / , - Constelações do líquido tesouro... / “Negras mulheres suspendendo às tetas / Magras crianças cujas bocas pretas / Rega o sangue das mães..
.“Se o velho arqueja, se no chão resvala, / Ouvem-se gritos... o chicote estala / E voam mais e mais.../ Vibrai rijo o chicote, marinheiros! / “Senhor Deus dos desgraçados! / Dizei-me vós, Senhor Deus / Se é loucura... se é verdade / Tanto horror perante os céus?!”
Fico a pensar nisso tudo que escrevi, nas eras que passaram, no Navio Negreiro de Castro Alves, no sofrimento do negro durante a escravidão, no Pelourinho, no 13 de maio (abolição da escravatura), na discriminação racial dos dias de hoje, em toda essa dança cósmica e , plagiando o Salmista, ouso perguntar: “ Esqueceu-se Deus de ser misericordioso? Por que te escondes em tempos de angústia?
Não sou negro, não sou branco, não tenho cor,
Sou a luz das estrelas no reino do Amor.

Weber Malcher – Escritor ( Membro da União Brasileira de Escritores – Manaus-Amazonas).Visite o meu site. Comente. Agradeço.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Weber Malcher    Escritor, membro da União Brasileira de Escritores (UBE-AM), membro da Ordem Rosacruz- Amorc- Reikiano; formação em Astrologia Tradicional e Kármica, Numerologia, Palestrante (temas místicos, culturais e filosóficos). (92)9.94494979 WhatsApp E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.