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CONSIDERAÇÕES SOBRE O SUICÍDIO (Parte III)

Atualizado dia 8/21/2007 9:35:42 PM em Autoconhecimento
por Victor Sergio de Paula


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4.2.2. ANDRÉ LUIZ, O SUICIDA
No livro "Nosso Lar", psicografado por Chico Xavier e de autoria do abalizado espírito André Luiz que nos trouxe informações preciosas do mundo espiritual, lemos, no Cap. IV, um interessante diálogo entre ele e Henrique de Luna, médico do serviço de assistência médica de Nosso Lar que o qualifica de suicida.

Henrique de Luna define o quadro que motivou o desencarne de André Luiz, da seguinte maneira: Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa que lhe foi confiada pelos Mentores da Espiritualidade Superior foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como se vê, o suicídio é incontestável.

Analisando as palavras do mentor espiritual para André Luiz, notamos claramente que ele apontou o vício do alcoolismo, os excessos alimentares e o desregramento sexual (de onde, provavelmente, surgiu a sífilis) como causadores do seu desencarne e sua classificação dentro do rol dos suicidas.

Na narrativa surpreendente do espírito André Luiz está consagrada a dura realidade do suicídio moral ou suicídio indireto, que faz milhões de seres, todos os dias, serem vítimas da sua própria inconsciência quanto aos propósitos maiores da vida.

5. OBSESSÃO E SUICÍDIO
Não podemos deixar de analisar, nesta oportunidade, como uma das causas do suicídio, os chamados processos obsessivos que são alvo de estudos por todos os espíritas e espiritualistas.

Sabemos que a obsessão é uma situação de vingança, perseguição, oriunda de um desencarnado para um encarnado. Os motivos que levam o espírito-perseguidor a atormentar sua vítima (encarnada) são os mais variados e, geralmente, têm suas raízes mais profundas em vidas passadas.

Nossas pendências de vidas pretéritas, as pessoas que prejudicamos em diversos tipos de situação e que ainda estão no plano espiritual, ao nos localizarem na vida atual, presente, passam a nos assediar, “cobrando-nos” pelos erros que cometemos quando com eles convivemos.

Estudando Kardec, André Luiz, Emmanuel, Hermínio C. Miranda e outros pesquisadores do assunto, verificamos que a obsessão pode ter diversos graus, matizes, indo da “simples” sugestão de idéias negativas até os dramas tenebrosos da possessão. Temos plena convicção, por todas as informações coletadas em obras dos autores acima citados, que o ato de insanidade do suicídio tem um componente obsessivo intenso, muitas vezes “dissimulado” em crises agudas de depressão, distúrbios paranóicos e esquizóides e outras patologias muito conhecidas da ciência médica convencional. Penso que quando trazemos do passado um número muito expressivo de débitos nos quais induzimos uma pessoa ou uma coletividade inteira à perda de tudo, incluindo suas próprias vidas, candidatamo-nos a processos obsessivos na próxima existência, nos quais as nossas vítimas de ontem tentarão nos levar ao mesmos desatinos – tirar a própria vida - que lhes instigamos no pretérito.

Para ilustrar a nossa tese recomendamos a leitura do Cap. V, Suicidas, do livro “Céu e Inferno”, de Allan Kardec, que narra o caso comovente de Antoine Bell que comete o suicídio induzido por um espírito perseguidor ligado ao seu passado: vale a pena ler e meditar!

6. CONSEQUÊNCIAS DO SUICÍDIO PARA O ESPÍRITO
No Livro dos Espíritos, na pergunta nº 957, Kardec questiona os benfeitores espirituais sobre as conseqüências do suicídio para o desencarnado, perguntando da seguinte maneira: Quais são, em geral, as conseqüências do suicídio sobre o Espírito? "As conseqüências do suicídio são muito diversas: não existem penalidades fixas e, em todos os casos, são sempre relativas às causas que o provocaram; mas uma conseqüência da qual o suicida não pode escapar é o desapontamento. Além disso, a sorte não é a mesma para todos: depende das circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente; outros, em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.“

A resposta da espiritualidade, que é de uma clareza extraordinária, inclui curiosamente a expressão “... é o desapontamento“ como um dos efeitos do suicídio. Certamente, o desapontamento ao qual os espíritos se referem é aquele derivado da constatação de que o objetivo procurado – alívio de problemas, rever entes queridos desencarnados, autopunição - jamais será alcançado com a atitude radical de matar a si mesmo.

Outras conseqüências listadas por Kardec para o espírito, após o suicídio:
1. Persistência prolongada e insistente do laço que une o espírito ao corpo, pelo nível de energia vital ainda disponível para a vida física, no momento exato da morte antecipada;
2. A repercussão, num verdadeiro replay de todas as dores e agonias experimentadas pelo corpo físico, que o suicida experimentará no plano espiritual pelo período de tempo equivalente de vida que lhe restava na Terra;
3. Lesionando o corpo espiritual (períspirito) com a morte deliberada, o suicida cria deformações energéticas em si mesmo, que deverá reparar em outras existências, geralmente através da dor, do sofrimento.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não pretendemos, e nem poderíamos, esgotar assunto tão complexo e vasto, como esse, mas acreditamos ter conseguido deixar algumas informações para aqueles que desejam conhecer algo sobre o tema, sem dúvida, espinhoso, difícil.

Recomendamos, finalmente, a leitura atenta e crítica da monumental obra "Memórias de um Suicida", psicografada pela inesquecível Ivonne do Amaral Pereira, sob a orientação do espírito Leon Denis, que é um relato feito por um suicida, famoso escritor português do séc. XIX, Camilo Castelo Branco, de seus dramas e desventuras antes, durante e após o suicídio.

"Memórias de um Suicida" é um libelo de alerta para todos aqueles que em algum momento de suas vidas pensaram no suicídio como a única solução. No final de seus comovidos relatos, o autor espiritual nos proporciona um estado de esperança que devemos levar a todos os que a perderam – alguns deles sofrem silenciosamente ao nosso lado - e estão à beira do suicídio: eis o nosso dever!

Texto revisado por Cris

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