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CORPO, MENTE E ALMA AO SABOR DOS TEMPOS

Atualizado dia 9/8/2013 11:57:25 AM em Corpo e Mente
por Fernando Martins


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Saudações,

As palavras gregas soma e psique, significando respectivamente corpo e mente, dão origem ao termo psicossomática.
Um termo muito em voga nos últimos anos e que é da ordem de uma questão humana que vem de longe na História. Se olharmos na Bíblia como parâmetro de uma das primeiras escrituras sagradas ocidentais, veremos que Adão (do hebraico adamá significando barro), após ser construído do barro, recebeu um sopro divino que deu a ele a vida. Podemos perceber que o corpo moldado nada mais era do que um local onde seria depositado um algo maior. O sopro divino que o animaria (anima do latim significando alma). 
Temos então o corpo como espaço para guardar a alma, esta, associada às emoções, sentimentos, desejos... 
Com base ainda na concepção religiosa ocidental do Cristianismo, podemos perceber que este corpo é perecível, ao contrário da alma, que é eterna. Sendo eterna passível após a morte do corpo, de ser premiada com castigos ou recompensas, encaminhada para o céu ou para o inferno. 
Na Idade Média, período de radicalismo religioso, esta concepção foi utilizada para controlar e domesticar os corpos a serviço da boa ordem e manutenção do status quo vigente - o poder nas mãos de reis e da igreja. 
O consolo para os dominados, é que todo sofrimento do corpo seria recompensado na vida eterna da alma. 
A valorização do corpo se deu na próxima fase histórica, quando o controle do corpo passou a estar a serviço das idéias liberais e do crescimento do capitalismo ocidental a partir da Revolução Industrial. 
O corpo visto como uma máquina bem integrada nos moldes das idéias mecanicistas da época, racional e cartesiana. Mas se por um lado, o olhar cartesiano via este corpo como uma máquina com um coração como uma engrenagem bombeando sangue ou mesmo pulmões, atuando como foles, por outro e nas palavras do próprio Descartes (1596 - 1650) no livro As Paixões da Alma, neste corpo, nesta máquina, habitava uma alma, esta da ordem das paixões, dos desejos, das vontades. 
Nascia aí um novo olhar para a antiga questão do corpo e da alma. 
Mas a Ciência como sempre na busca de algo mais palpável, menos subjetivas do que as concepções filosóficas e religiosas, continuou buscando explicações para entender esta relação corpo e alma. 
Buscando no passado, na descoberta da eletricidade por Tales de Mileto após experiências com o âmbar (do grego elektron = eletricidade) e desenvolvida séculos depois a partir da criação de máquinas geradoras desta, a escritora inglesa Mary Shelley (1797 - 1851) lança o romance Frankenstein, desconstruindo a concepção do sopro divino, visto que a vida dada ao "personagem-monstro" é através de descargas elétricas. 
Daí estudos avançam e descobre-se que descargas elétricas ocorrem sim em nosso cérebro propiciando a comunicação das células neurais, ou seja, não mais um sopro divino, mas sim, conexões do sistema nervoso central. 
Da palavra psyché (do grego "algo movente") elabora-se termos como psiquismo e denominação de saberes como a Psicologia.
De corpo e alma passamos a corpo e mente, ficando a alma no âmbito do mundo religioso. 
Interessante saber que foi a Pontifícia Universidade Católica a primeira a ter um curso de Psicologia na então capital federal, em 1957, ou seja, estudo da alma/mente no âmbito de uma instituição de ensino católica. 
Mas mesmo a alma desaparecendo para a Ciência e surgindo em seu lugar a mente, os mistérios continuaram e continuarão durante muito e muito tempo. 
A psicossomática segue nesta direção, estudando estas relações entre corpo e mente, utilizando-se de uma visão holística. Holismo que atualmente é palavra também muito em voga por conta do crescimento e aceitação das Terapias Holísticas como formas de
tratamento terapêutico que busca o bem estar do ser humano visto de forma integrada, mente e corpo. 
E assim segue o ser humano sempre na dualidade... . corpo e alma, corpo e mente, assim como entre o bem e o mal, amor e ódio, tristeza e alegria ... sempre transitando entre dois lados de uma mesma moeda chamada Vida. 
Só para registro e reflexão. 
Fecha o pano. 


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