Criar harmonia, para construção de um novo tempo, é favorecer a manutenção da paz.
Atualizado dia 11/3/2006 11:38:07 AM em Autoconhecimentopor Vera Godoy
A firmeza da cooperação, a harmonia da afabilidade, a lucidez, a ternura, fazem parte do amplo “anel de luz formado pelos sentimentos dos homens - o amor. É preciso observar com cuidado tudo que está a nossa volta e perceber que as atitudes tomadas pela maioria dos homens tornam a convivência no Planeta Terra muito sofrida.
Conscientes dos limites que ainda nos caracterizam, na Terra, percebemos que existe um clima de destruição, e que este começa pelos nossos próprios sentimentos; por isso, é necessário o retorno do homem a seu próprio coração, para plantar no solo do mundo sementes de paz.
A renovação dos sentimentos leva o homem a um novo caminho, e para isso é preciso também criar novos hábitos, e por que não começar com um elogio, um estímulo? Deixar de criticar! Como é difícil!!! Criticar é muito fácil e não custa nada.
Para elogiar é preciso observação, autoconfiança e o desejo verdadeiro de contribuir para o crescimento da pessoa. Críticas são críticas e, na maioria das vezes, não são construtivas! É preciso ter atenção e responsabilidade com o que falamos e refletir se as conseqüências podem gerar conflitos.
A chave está na maneira com que abordamos as diferenças. É isso que nos leva a divergências, conflitos e falta de cooperação entre as pessoas.
Ficam ressentimentos muitas vezes insuperáveis. O conflito aparece no momento em que existe a percepção em desacordo, sobre um problema a ser solucionado.
Não conseguir enxergar o ponto de vista do outro, pensar que estamos certos o tempo todo e a dificuldade em aceitar as diferenças, tornam o conflito um antagonismo de forças. E, na verdade, sabemos que ele pode ser criativo e saudável, se aprendermos a prestar atenção nos outros, ouvirmos com empatia e atenção, sem querer "formatar" o outro do nosso jeito.
Imaginar como se sentem as outras pessoas... Nossa capacidade de imaginar o que se passa com o outro é muito pequena. Julgamos correta a atitude da pessoa quando ela age da forma que agiríamos. Achamos inadequada sua conduta sempre que ela for diversa daquela que teríamos e desta forma acabamos criticando e condenando as suas idéias a maior parte do tempo, eliminando assim qualquer possibilidade de cooperação.
Muitas vezes julgamos situações que jamais vivemos.
Ao nos colocar no lugar de alguém, o fazemos com a nossa bagagem, nossa experiência e nosso código de valores.
Quando alguém não age de acordo com aquilo que pensamos, experimentamos uma enorme decepção, pois aqueles que entendem que somos diferentes uns dos outros desenvolvem uma atitude de real tolerância. É esse o início da verdadeira comunicação entre as pessoas, gerar relações de não-oposição. Aqueles que imaginam como os outros podem se sentir em determinada situação, ao se colocarem no lugar deles, sofrem, porque desenvolveram um sentimento moral verdadeiro, uma preocupação com os direitos dos demais, que acreditam serem iguais aos seus.
O ser humano não pode ser dono absoluto da razão, como também não o é do que é seu, do que o rodeia, pois com esta atuação destrói o cenário que o Pai colocou à sua disposição: o amor e a compaixão.
VERA GODOY
"A comunhão do amor nos une em um todo. A compaixão não vê a dor e o pesar do mundo como se fossem do outro; ela é compartilhada, é nossa. Quando admitimos que compartilhamos nossa humanidade e vulnerabilidade, o amor e a compaixão são tão naturais quanto a nossa respiração, e sem hesitação passamos a ajudar."
Thich Nhat Hanh.
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