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CRISTO...REI ???

Atualizado dia 11/30/2006 8:00:48 PM em Autoconhecimento
por Rose Romero


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A festa de Cristo Rei foi estabelecida pelo Papa Pio XI em 11 de março 1925. Para alguns, o Papa quis motivar os católicos para reconhecerem em público que o líder da Igreja é Cristo Rei; para outros, preocupado com o clima de autoritarismo crescente na Europa com a aceleração das correntes fascistas, nazistas e comunistas, o papa teria estabelecido esta festa para reacender no católico a chama crística real.

O ano litúrgico termina com esta festa que salienta a importância de Cristo como centro da história universal. É o alfa e o ômega, o princípio e o fim. Cristo reina nas pessoas com a mensagem de amor, justiça e serviço. O Reino de Cristo é eterno e universal, quer dizer, para sempre e para todos os homens.

E o que seria este reinado? O que representa na vida do homem comum o reconhecimento em si do Cristo Rei que ele deve celebrar nesta festa?

Bem, sabemos que não é qualquer um que pode ou tem habilidades para ser rei, porque isto envolve certas características muito especiais, muito singulares. Senão vejamos: Rei é aquele que ordena, que fertiliza e abençoa.

O verdadeiro Rei é aquele que ordena tudo o que está sob sua influência, sob sua responsabilidade. A começar por todos os atos, situações e relacionamentos de sua vida. É íntegro, estabiliza e centraliza. Percebe-se responsável pelo desenvolvimento e crescimento de sua vida, sem nunca culpar ou julgar o outro por falhas, erros e irrealizações. Pelo contrário, percebe que na maioria das vezes influiu no caos que o rodeia e por assim perceber restaura a ordem e a harmonia. Fertilizador e centrado, traz vitalidade, energia vital e alegria. Apóia e equilibra.

O verdadeiro rei é fértil e heurístico. É fonte de criatividade e capacidade geradora, inspirando e animando a tudo e a todos ao seu redor. É aquele que enxerga o nosso melhor e nos ajuda a enxergá-lo, que percebe nossos potenciais e nos apresenta possibilidades novas de visão sobre nós mesmos. Podemos lembrar que em vários contos folclóricos e mitologias, quando o rei adoecia ou ficava fraco e impotente, o reino todo definhava. Não chovia, as safras diminuíam, o gado não se reproduzia, a seca assolava, o povo morria.

O verdadeiro rei abençoa. A benção é um fato, uma atitude psicológica e espiritual. A benção nos confere valor, confirma nossa existência, traz à tona o que nós temos de melhor. Ser abençoado nos traz enormes conseqüências psicológicas benéficas, além de alterações biológicas, pois somos valorizados, elogiados, homenageados. A benção cura e integra. O homem visto e abençoado pelo rei não precisa se procurar, pois algo dentro de si – o amor inoculado na benção – vai fazê-lo encontrar-se.

Rei é aquele com olhar firme e bondoso que a todos vê – inclusive a si mesmo - em sua fraqueza, fortaleza e em todo seu talento e valor e a todos homenageia e prestigia. Cuida e orienta em direção à plenitude. Recompensa e incentiva a criatividade. É a voz que vem do centro real – a chama crística – do nosso coração, dentro de cada criatura de Deus. Por isso Cristo é Rei.

E nós? Nós que temos a semente, a chama, a centelha crística em nós, precisamos apreciá-la, acalentá-la e desenvolvê-la para que de fato o Cristo reine antes em nosso coração e em conseqüência por todo lugar onde estivermos. Precisamos, antes de qualquer coisa, perceber - “Quem reina sobre nós” – o passado, os traumas, o meio social/familiar ou uma crença ou idéia?

No Evangelho apócrifo de Tomé, Jesus nos diz no logion 3 que o reino não está só dentro e nem só fora de nós, mas que o reino é a totalidade do que é e do que nós somos. O quanto estamos “ordenados” ou nos responsabilizamos 100% por nossa própria vida e o meio em que vivemos? O quanto somos criativos e férteis em nossa vida e na vida dos que convivem conosco? O quanto nos abençoamos e a toda vida e graça que compartilhamos?

Conhecer-se é descobrir-se conhecido, assim como amar é descobrir-se amado, pois no ato pequeno do amor próprio, acende uma centelha de luz e amor que transborda para o outro completamente outro e percebe-se um AMOR que se dá a nós e nos leva a realmente viver a vida.

Daí a busca necessária do “Conhece-se a ti mesmo e Cura a ti mesmo”. Com este conhecimento – o conhecimento do AMOR, pois como diz Jean Yves Leloup em seu comentário ao Logion 3 do Evangelho de Tomé, “aquele que não se conhece, passa ao lado de si mesmo, fracassa e permanece na ilusão, é bafo, sopro que se apaga, permanece na ilusão”, desperdiça o brilho, a luz do Cristo Rei em seu coração.

Rose Lane Romero da Rosa
Psicóloga Analista Junguiana e Pesquisadora de Teologia Feminina
[email protected]
www.artevida.psc.br

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Rose Romero   
Psicóloga Junguiana, Teóloga e Facilitadora das Oficinas ArteVida de Meditação do Projeto Labirinto
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