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Desejar o bem, sem olhar a quem...

Atualizado dia 6/1/2006 11:40:28 PM em Autoconhecimento
por Zaida Miranda Rebêlo da Silva


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Mentiríamos se falássemos que nunca desejamos que acontecesse algo ruim para alguém. Quem de nós, na "hora da raiva", nunca externou sentimentos do tipo "que um raio lhe caia sobre a cabeça e o quebre em mil partes bem miudinhas?" Todos nós!

Na hora em que nos sentimos machucados por alguém surge esse tipo de sentimento e, principalmente, com as pessoas por quem nutrimos mais amor. É muito mais fácil nos sentirmos magoados com palavras ou gestos das pessoas que amamos do que por quem nos é indiferente. Quando uma pessoa não tem a capacidade de mexer profundamente com o nosso coração, mesmo que tente nos machucar, aparece aquele tipo de pensamento: "o que vem de baixo não me atinge", ou ainda, "entrou por um ouvido e saiu pelo outro".

Mas não devemos desejar "que um raio caia sobre a cabeça de alguém..." por um período longo de tempo, uma vez que isso se torna prejudicial a nós mesmos. Sem dúvida, os raios pairam sobre a cabeça de cada um de nós... em especial, "jamais" devemos desejar que a qualquer ser humano, "seja quem for", adoeça, morra ou tenha falta de condições para ter uma vida digna. Cada vez que nos sentirmos felizes ou triunfantes com a desgraça alheia estaremos descendo dez degraus na vida, tanto em matéria de felicidade como em pobreza espiritual como ser humano. Só contribuindo para a felicidade dos que nos cercam, construímos alicerces sólidos para a contrução de uma felicidade duradoura, mesmo quando passamos por momentos difíceis na vida.

Uma prática excelente para desenvolver bons sentimentos por todos é orarmos no íntimo, de coração aberto, pelos menos afortunados, principalmente aqueles que nem sequer conhecemos. Cito como exemplo, ao passarmos por um mendigo na rua, ao sabermos que alguém está doente, que sofreu um acidente, etc. Este hábito fortalece o bem querer pelo nosso próximo.

Para ser grande, sê inteiro:
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és, no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa

Taróloga

Texto revisado por Cris

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