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Dexando os problemas para trás... Parte I

Atualizado dia 12/31/2006 1:17:05 AM em Autoconhecimento
por Adely Branco


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Hoje é dia de "fechar para balanço" a Alma, contemplando os acontecimentos, as experiências vividas, as conquistas, o progresso, as resistências rompidas, os obstáculos ultrapassados, o passo a mais em direção de si mesmo.

A vida não é um enigma. É, antes de mais nada, um reflexo, uma expressão, um espelho que reflete o que carregamos nas zonas profundas do coração. Costumamos mentir para nós mesmos, mas não podemos fugir à realidade que se manifesta claramente à nossa frente, trazendo dores e conflitos contra os quais lutamos por muito tempo, seguros nas ilusões do ego.

Negamos a realidade porque nos recusamos a vislumbrar nossos conflitos internos. Culpamos as pessoas e os fatos porque assim não teremos que reconhecer as "coisas feias que carregamos no coração". Temos muito medo do mal, do castigo, do pecado, do feio, do imperfeito, do impuro. Trazemos "resquícios" de uma cultura castradora, puritana e mentirosa, cuja visão de "certo" e "errado" é bastante definida. Fugimos do que somos para sermos aceitos. Crescemos ouvindo que os bonzinhos iam para o céu e os rebeldes, para o inferno. Assumir que guardamos mágoa, rancor, raiva, inveja, provoca muita vergonha. E então, aprendemos a não conscientizar: "fingir para si mesmo que não dói, não querer olhar".

Pelo medo do reconhecimento das fragilidades, o ego continua reinando, perpetuando ilusões, encarando os fatos e a relação com as pessoas de forma pessoal. Por exemplo: "Me sinto rejeitada", o Ego fará com que a pessoa viva em busca de aceitação e reconhecimento. Projetará suas expectativas sobre todas as pessoas que lhe manifestarem um pouco mais de atenção. É bastante comum que a vida aproxime pessoas que tenham medo da afetividade, do envolvimento. A sensação de rejeição será perpetuada. Pela força do ego a pessoa continuará pensando que a vida a está punindo. E ainda que a pessoa mude a atitude com as pessoas, a vida continuará reproduzindo as mesmas situações se a pessoa não quebrar a corrente que lhe mantém presa aos sentimentos do passado.

A melhor saída, em todos os casos, é conseguir uma visão impessoal da vida. Imagine que as pessoas não fazem nada propositalmente contra você, mas refletem o que você faz consigo mesmo ou o que pensa de si. Imagine ainda que todas as situações à sua volta são reflexos das suas crenças a respeito das coisas. Não mudamos as situações, nos transformamos e, então, as situações mudam.

Aprendemos a viver de maneira muito defensiva: estamos o tempo todo nos sentindo ameaçados pelas pessoas, pelo meio. Vivemos tensos, com medo, prontos para "atacar" ou "fugir". Temos muito medo de ser machucados emocionalmente. Temos muito medo de ser abandonados, humilhados. Gritamos para ocultar o medo, fugimos do amor para evitar o adeus e deixamos de lado o "experimentar" que é verdadeiramente viver. Pelo medo de sofrer, nos impedimos de viver.

Viver é experimentar, saborear sem medo de errar, de sofrer, entendendo que tudo passa: nada, nem ninguém é de ninguém. Tudo "caminha junto" enquanto faz sentido. Tudo passa: o bom, o doce, o amargo, o azedo, o radiante, o nebuloso, tudo passa... E é assim mesmo que tem que ser! Afinal, a vida nos proporciona um constante experienciar dos nossos sentimentos, das nossas reações. Nas experiências da vida ganhamos a oportunidade de "treinar" diversos aspectos de nós. Nada pode se estagnar porque a evolução é fluxo, movimento, fazer e reciclar.

Sejamos mais leves pela vida tirando a visão pessoal do ego, alcançando uma visão mais ampla, buscando o significado oculto de cada situação, observando no "espelho" que cada pessoa que passa pela nossa vida representa imagens que possam nos conscientizar de nossos aspectos profundos que o ego não nos permite ver. Ser impessoal significa ser livre para experimentar e expressar a própria individualidade, interagindo com o mundo, não mais como um ser fragmentado, indefeso, assustado, se sentindo pequeno, mas como um ser integral (alma, mente e corpo), receptivo, aberto, seguro em si, afetuoso, desapegado, pleno e pronto para compartilhar.

O mundo está repleto de "desencontros" porque as pessoas estão em busca "do que posso encontrar no outro para me satisfazer", quando, na verdade, as relações fluem sobre o conceito do "quero dividir, compartilhar, caminhar lado a lado".

Lembre-se: a vida não reflete a mudança das nossas atitudes externas, mas das nossas atitudes internas em relação a nós mesmos. O mundo será fraterno quando as pessoas conseguirem ser impessoais. Em vez de seguir aquela onda que lhe chama para pensamentos que lhe farão sofrer, todos eles contra sua auto-estima, pare por um segundo, respire e pergunte: “O que tem de mim nisso? Como construí essa situação? Em que aspectos estou me abandonando, negligenciando meu valor, minhas vontades?” E observe, tente se manter o mais positivo possível, rebatendo os pensamentos que surgirem, com a idéia de que não é algo pessoal, de que haverá uma solução fácil. Entendo que é muito difícil criar pensamentos positivos nessa hora, mas eles são a solução dos ciclos repetitivos de situações dolorosas.

Para mudar uma situação que se repete é preciso tirar a dor com a qual se vê a situação. Na maioria das vezes, onde há esse tipo de dor, o orgulho ferido está envolvido.

Abandone, deixe tudo para trás, largue de bobagem e diga: "Passou! Acabou! Aconteceu! Aceito como é!". Aceitar, simplesmente aceitar, é um passo decisivo no processo de cura de qualquer situação. Aceitar significa entender o sentido oculto contido nas situações difíceis do passado. Isso significa perdoar, aceitar! E é incrível como depois de "aceitar" a situação que antes parecia uma "facada no peito" a cada recordação, se torna uma lembrança comum, uma experiência. A partir de então a situação externa começa a mostrar sinais gradativos de mudança. É preciso ter persistência e paciência, já que é um processo construído por anos num mesmo padrão de crenças.

O medo é um outro fator que segura as realizações. Um lado em nós diz: "Quero!", o outro: "Tenho medo!". Geralmente esse último é bastante inconsciente, sendo algumas vezes imperceptível à maioria das pessoas. O nosso sistema de defesa energético nos protege de tudo aquilo que pode significar perigo à nossa integridade física ou emocional e, dessa maneira, afasta as situações, atrasa os acontecimentos, confunde, complica, impossibilita a realização da situação que por um lado diríamos "sim". O nosso "não" tem muita força, porque serve como um forte indicador para o nosso sistema “proteger”.

Por isso, em tudo aquilo que dizemos querer que aconteça e que acaba nunca acontecendo ou quando acontece mas não se solidifica, há duas forças lutando entre si: o sim e o não. Uma das maneiras mais fortes de se dizer "não" ao sistema é através do medo. Dessa forma, não adianta tentar mudar a situação; é preciso trabalhar a noção de segurança dentro de si.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Adely Branco   
Aconselhamento metafísico,constelação familiar com bonecos, tarô terapêutico,leitura da aura, mapa astral, mapa numerológico, Mahalila- o jogo do autoconhecimento.
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