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Diálogo resolve tudo?

Atualizado dia 6/14/2007 2:10:42 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Acho que você deve conhecer um monte de gente que tem resposta para tudo... Difícil, não é? Porque quando conhecemos um pouco mais da vida espiritual, aprendemos que não há resposta para tudo e nem precisa ter. Por que as coisas são como são e não há uma receita de felicidade. Todos nós desejamos ser felizes no casamento, fazer escolhas profissionais que nos abram as portas para um futuro melhor, mas nem tudo acontece assim. A vida é cheia de incertezas e de “falhas”...
Coloquei propositadamente a palavra “falhas” entre aspas pois desejo refletir um pouco sobre isso com você, amigo leitor, porque falhar acontece o tempo todo e rejeitamos totalmente nossos erros. Queremos o sucesso, o romance perfeito, caloroso e apaixonado, quando aquilo que a vida oferece muitas vezes é o oposto de tudo isso.

Conheço pessoas que ainda hoje acreditam que falar tudo o que pensam para o parceiro faz toda a diferença e quando comprovam a ineficiência desta atitude sentem-se totalmente perdidas, sem forças e desanimadas.

Em primeiro lugar precisamos, para nossa própria felicidade, aprender a ser menos ansiosos em nossos relacionamentos. Nós, mulheres, temos uma mania muito ruim de fazermos planos a longo prazo, sem conhecer de verdade nossos parceiros. Parece que logo num primeiro encontro precisamos traçar retas certeiras para a felicidade sem nem imaginar de verdade quem é a pessoa à nossa frente.
Veja bem, essa atitude nem sempre é reconhecida... Isso quer dizer que nem ousamos admitir para nós mesmas que pensamos assim, mas pensamos...
Depois no dia-a-dia, na convivência - se é que a história vai rolar por esse caminho - ficamos procurando ouvir de nossos parceiros as respostas certas... Quanta sorte se exige esta atitude!!!

Quando finalmente a pessoa em questão erra de verdade e temos que assumir nossa decepção, o sofrimento é terrível.
Concordo que nem tudo é uma questão de tempo, pois conheço casos de relacionamentos recentes que dão super certo, assim como casamentos de 20 anos que sempre foram um fracasso.
O que me impressiona - se é que tenho esse direito - é ver ainda hoje gente que acredita mesmo que falar o tempo todo resolve as coisas. Esse tipo de resposta pronta para a vida não cabe mais em nossos dias.

Estamos num tempo tão cheio de novidades e desafios que mergulhar em busca de respostas pessoais para as dificuldades é fundamental, por isso o caminho do autoconhecimento não pode ser deixado de lado em momento algum.
Apesar das pessoas procurarem ajuda, a terapia dá esse retorno apenas em situações de sofrimento. Creio que esse é um tempo muito especial.

Quando recebo as pessoas para abrir o corpo sutil e dar passagem para os sentimentos, sei que ouvir o coração fará um enorme bem. A maioria de nós tão desejosa de se fazer aceita pelo mundo à sua volta já deixou há muito tempo de lado as verdadeiras histórias do seu coração. Por absurdo que pareça, criamos bloqueios para sermos amados, criamos máscaras para agradar as pessoas e sofremos demais por tudo isso.
Até o diálogo pode ser uma máscara. Falamos coisas para serem aceitas, tentamos desesperadamente afirmar nosso espaço e defender nossos pontos de vista e nos perdemos de nós mesmos tentando criar conexões.
“Será que posso ceder mais em nome do amor?”

Ana Maria chegou com esta questão. Casada há cinco anos e desejando ter filhos, conversava muito com o marido, e tentava que ele compreendesse seus sentimentos sempre explicando a ele suas aflições. Mas, ao mesmo tempo, que falava muito, sentia-se cansada porque o diálogo não funcionava.

“Ele conversa com você?” Perguntei para ajudá-la a expor sua situação.

“Conversa sim. Às vezes passamos a noite toda conversando, mas já cansei de tudo isso porque tudo continua igual. Ele não aceita mudar, não aceita reformular nossas coisas, ele quer levar a vida como ele acha que é bom. Não cede em nada, mas ao mesmo tempo é bom para mim. Não brigamos.”

Já sentindo onde ela queria chegar, perguntei: “Você está feliz com tudo isso? O que está faltando?”

“Um filho”, disse ela secamente.

Pude notar, inclusive, que ela não queria ser assim tão clara comigo, pois quando fazemos certas confidências, fica difícil levar a vida à frente conscientes daquilo que assumimos como verdade.

Conheço muitas pessoas que falam muito, conversam sobre tudo e têm opinião formada sobre assuntos sérios, mas não assumem seus sentimentos. Pude perceber que era o caso de Ana Maria. Ela queria muito a minha ajuda, queria ouvir minha opinião e procurou vidas passadas para entender os entraves do seu momento atual, mas queria uma solução mágica. Ela não queria trabalhar para alcançar os resultados.
Como já tínhamos visto que em vidas passadas ela havia ficado sozinha e que seus relacionamentos amorosos não tinham continuidade, ficou claro que ela sentia um medo enorme disso se repetir e que inconscientemente um filho significava para ela segurança, e continuidade.

Já para seu marido, não era a coisa mais importante da vida. Claro que não estávamos ali para investigar os sentimentos e valores dele. Assim, sugeri que Ana Maria cuidasse de ser honesta consigo mesma, pois percebi que ela apesar de falar muito com seu parceiro tinha medo de ser sincera e perdê-lo.
Ela não se sentia segura no relacionamento e já estava naquele caminho triste de perder seu espaço na história de amor, cedendo demais, fazendo o que não queria para agradá-lo e o que era mais grave: não estava deixando definidos os limites na relação.

Expliquei para ela que seria muito importante que ela investisse tempo em si mesma, sugeri meditação, yoga, e que ela descobrisse coisas que lhe devolvessem o prazer. Prazer de verdade, não fazer de conta que estava feliz...

Ana Maria saiu da sessão prometendo ficar mais em silêncio para ouvir o sussurro do seu coração, mas tive dúvidas se ela não se assustaria com os ruídos, porque antes de mergulhar nesse espaço cheio de verdade e amor que existe dentro de nós, muitas vezes nos perdemos no medo da rejeição, na aflição da solidão e na amargura da incompreensão. Em geral, o hábito de falar o tempo todo serve de escapismo para fugir da nossa verdade interna.

Caro amigo, muitas vezes me refiro à meditação como um caminho generoso e curativo, para isso é preciso investir nas técnicas porque não é só fechar os olhos.

Se você desejar mergulhar mais fundo venha conhecer o meu Grupo de Meditação

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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