Do Vazio à Plenitude: Quando o Amor-Próprio Assume o Comando

Do Vazio à Plenitude: Quando o Amor-Próprio Assume o Comando
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Autor Paulo Tavarez

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 6/12/2025 11:32:02 PM


Quanto mais forte emocionalmente for uma pessoa — mais inteira, mais segura, mais conectada com quem é — mais naturalmente humilde, generosa e amorosa ela tende a ser. Em contrapartida, quanto mais frágil, carente e desnutrida afetivamente, mais facilmente se fecha em si mesma, defendendo-se com orgulho, arrogância e egoísmo. Não por maldade, mas por sobrevivência.

Para alguém se tornar de fato generoso, altruísta, uma presença boa na vida dos outros, é preciso antes aprender a ser uma presença boa para si. Amar-se. Aprovar-se. Acolher-se. Sem esse alicerce, tudo vira carência disfarçada de boa intenção. E quando esse amor-próprio não foi cultivado lá atrás, o caminho começa com a desconstrução: rever crenças, cortar raízes frágeis e replantar a própria história.

A raiz do egoísmo, muitas vezes, está menos na malícia do que na dor. Quando alguém se sente fraco por dentro, vive tentando compensar isso por fora. Vai buscar poder, reconhecimento, controle. Age pelo medo, pela necessidade de se sentir suficiente. Mas nada preenche. Porque o que falta não está fora.

Desde cedo, o ser humano vai ouvindo vozes que moldam sua identidade. Os pais, querendo proteger, muitas vezes colocam medo demais, limites demais. A religião, às vezes, chega com a culpa: “você é pecador”. A escola, com suas exigências, ensina: “você não sabe o bastante”. E assim, de forma quase imperceptível, a criança vai acreditando: “sou fraco”, “sou burro”, “sou incapaz”. E aí, sem perceber, vira inimiga de si mesma.

Nesse ponto, nasce o vazio. E no desespero de preenchê-lo, a pessoa se agarra ao que puder: pessoas, status, bens, validação. O ego, faminto, assume o volante. Quer tudo para si, exige atenção, respeito, amor — tudo o que não recebeu, tudo o que acha que não tem. E quando o falso eu, cheio de buracos, toma o trono, é ele quem passa a conduzir a vida. Um eu moldado pelo medo, pela falta, pela dor.

Mas há um antídoto. E ele se chama amor.

Pessoas amadas desde cedo têm uma força diferente. Um brilho que não precisa ser provado. Elas arriscam mais, confiam mais, doam mais. Porque não estão tentando preencher um buraco. Estão transbordando. E quem transborda, compartilha.

Já quem cresceu sem afeto suficiente, muitas vezes se fecha. Vira sombra de si. Medroso, inseguro, ansioso. Egoísta, não por escolha, mas por carência. E aí o ciclo continua: quem não recebeu amor, muitas vezes não sabe como dar. E se não aprende, transmite adiante a mesma escassez.

O ser humano precisa de amor como a planta precisa de luz. Não é exagero, é biologia, é alma.

E aqueles que vivem focados apenas em si mesmos — no sucesso, no desempenho, na imagem — mas não investem em amor, principalmente no amor dado aos filhos, cedo ou tarde vão perceber: criaram seres frágeis, desconectados, com dificuldades de amar e de ser amados. O mundo será duro com eles, porque quem não aprendeu a se valorizar lá atrás, vive vulnerável à manipulação. Vira presa fácil de quem promete aquilo que falta.

Mas — e isso precisa ser dito com todas as letras — não ter sido amado como se precisava, não pode ser desculpa para viver na escassez para sempre. As pessoas dão aquilo que conseguem. Culpar quem falhou é se aprisionar. Vitimizar-se é entregar o próprio poder. A saída? Escolher-se. Acolher-se. Ser, para si mesmo, aquilo que faltou: o pai que não protegeu, a mãe que não acolheu, o amigo que não compreendeu. Você pode ser tudo isso. Sim, pode.

Não espere que alguém venha preenchê-lo. Você não é um vasilhame. Nunca foi. Já é inteiro. Só esqueceu.

Nunca é tarde para apaixonar-se por si mesmo. Nunca é tarde para se libertar da mentira da falta. Nunca é tarde para viver transbordando.
Texto Revisado

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