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E se eu não pensar em mim?

Atualizado dia 10/16/2018 12:09:32 AM em Autoconhecimento
por ROBERTO DANTAS


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Vivemos em um mundo estranho, onde os valores se tornaram cada vez mais distorcidos e confusos. O culto ao corpo, à sexualidade e aos sentimentos leva o ser humano a viver em função de seus instintos, como nossos antepassados (pré-civilização) e nossos companheiros, os animais.

Politicamente correto é falar e expor sua sexualidade publicamente, não ter "meias palavras", seguir o que seus sentimentos indicam: teve vontade, vá e faça... Vamos refletir...

O sociólogo Zigmund Baumann afirma que vivemos em uma Modernidade Líquida, na qual se confunde o que é público e privado. O que antes era intimo, agora é normal e até esperado que seja publicado. Vemos isso nas redes sociais, onde as pessoas se mostram ao mundo, a facilidade com que se expõe a intimidade via internet, acaba por parecer uma ação corriqueira e natural. E o que antes era íntimo, importante para nós, acaba por ser banalizado. O mundo vai se construindo através dos hábitos que criamos e vamos sedimentando em nossa cultura, e que através deles, vamos determinando e sendo determinados em nossos comportamentos.
A cultura ocidental contemporânea favorece e incentiva o individualismo, o prazer imediato, a superficialidade nos relacionamentos, a praticidade com que se facilita as relações humanas acaba por criar uma distância maior entre nós. Não tanto a distância física, que também é incentivada pela internet, mas acredito que mais importante é o distanciamento subjetivo e psíquico, ou seja, as pessoas se relacionam fisicamente, mas subjetivamente será que estão presentes? Além disso, o compromisso afetivo já não é tão importante, e passa a ser algo banal: "se não der certo, separa"...

Após o movimento contra-cultural Hippie, que elevou a importância dos sentimentos e a sexualidade, o ser humano passou a guiar sua vida em função de seus sentimentos: "Se sentir vontade, vá e faça", "Aproveite a vida". Mas isso criou um conflito com a cultura Cristã que defende a Espiritualidade vigente nas relações interpessoais através da moralidade.
Todos os seres vivem em função de uma força que os faz seguir adiante, que determina certos comportamentos e certas ações, levando-os a manter o ritmo do Todo, no caso do ser humano, o Amor, em todas as suas manifestações.
Os animais em geral vivem em função dos instintos, da busca pelo prazer imediato, pela autopreservação. Já o ser humano, este também vive em função do prazer e da autopreservação, entretanto, sente prazer em resistir às tentações e em ajudar ao próximo, em fazer-se presente na vida do outro, ser útil ao bem comum, contribuir para um mundo melhor.

Admiramos pessoas como Gandhi, Mather Luter King, Madre Tereza de Calcutá, que através da abstenção de seus desejos, se colocaram em favor dos outros, resistindo às tentações em viver uma vida baseada nos intintos pessoais, mas principalmente porque compreenderam seu papel espiritual no mundo. Todos nós respeitamos pessoas que se debateram entre seus próprios interesses e compromissos e optaram pela responsabilidade, honra, dever, compaixão.

O que nos faz optar pelo que parece certo ao invés de escolher o que nos oferece um prazer pessoal? É certo que as leis morais servem para frear certos comportamentos humanos para que possamos viver em sociedade, porém, esta é a ideia científica, pois a Biblia coloca as mesmas leis morais, mas com um status ainda mais importante, o da espiritualidade. Assim, fazer o bem ao outro, participar da vida em comunidade, a ajuda humanitária, exercer sua solidáriedade, se reverte em paz profunda, mas apesar da Biblia Cristã nos mostrar o caminho, a sociedade nos empurra para um outro lado, o de um individualismo no qual o adágio: "precisamos cuidar de nós mesmos, senão, quem cuidará?".  A paz que se conquista e se vivencia através da espiritualidade, contida nas leis morais cristãs, não se pode descrever em palavras ou em artigos científicos, por ser algo transcedental, que só se pode vivenciar Espiritualmente, impossível explicar ou conceituar, traduzir em palavras. A paz do Cristo que pode ser manifestada e cultivada em nossas vidas, trazendo felicidade e só depende de nós.
Texto Revisado

 

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Conteúdo desenvolvido por: ROBERTO DANTAS   
Roberto Dantas, escritor e psicólogo, especialista em saúde mental, vínculos afetivos e relacionamentos. Atua há 26 anos na clínica. [email protected] – Whatsapp: 11 9 8155-9952
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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