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Empoderar-se é sair do vitimismo

Atualizado dia 9/21/2018 3:56:59 PM em Autoconhecimento
por Rodrigo Durante


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Não há como evoluir sem enfrentar alguns desafios. O amor próprio, a autoestima e a autoconfiança são conquistadas muitas vezes a duras lições. Da mesma forma, ninguém terá paz com os outros se não encontrar primeiramente a paz em si.

Hoje em dia e mais do que nunca, o mundo parece uma grande lavanderia, todos ao ar livre esfregando suas roupas sujas o tempo inteiro, reagindo a tudo que lhe expõe as sujeiras tão forçosamente escondidas. Muitos ataques e acusações ao outro, enquanto ninguém quer enxergar a si. A preferência nacional ainda é o alívio rápido para as feridas inflamadas, mesmo que este alívio seja apenas momentâneo. E na urgência de não sentir o que suas sombras lhes revelam, nada mais fácil do que julgar os outros, acusando-os seja lá do quê.

Assim, o mundo dos feridos detentores da razão é dividido entre o bem e o mal, o machismo e o feminismo, o homem e a mulher, o hétero e o homo, o pobre e o rico, o branco e o negro, o honesto e o bandido etc., cada um em oposição ao que lhe convém, apontando o dedo e demonstrando como o outro deveria ser ou ter feito algo e não fez para que suas culpas e feridas não ardessem tanto. É o mundo da dualidade reforçada que aprisiona a todos que defendem qualquer opinião.

Observo minha vida, por tudo que já passei até chegar no ponto de ser procurado para aconselhar alguém. Vim desde a adolescência por caminhos que demonstram o quanto eu não estava alinhado com meu coração, com muitas buscas externas que eram importantes para mim na época. Minhas frequentes frustrações me causaram muita revolta, até que eu percebesse que tudo na verdade sempre foi minha escolha. Só então tive condições de escolher outra coisa e verdadeiramente mudar meu caminho.

Naquele tempo, era mais fácil acusar os outros e o "sistema" do que assumir a responsabilidade por mim. Achava-me vítima de forças que não tinha como me desvencilhar, a começar pelo meu passado, pelas experiências acumuladas que trazia como justificativa para minhas insatisfações. Hoje entendo que vitimismo é infantilidade. Mimimi é fuga. O vitimista tem inúmeras justificativas para dizer porque o outro está errado e porque está naquela posição, só não consegue assumir suas próprias escolhas. Aliás, não consegue nem perceber que está escolhendo, o piloto-automático está ligado no negativo o tempo inteiro.

Terceirizou seu livre arbítrio para seus pais, marido, esposa, terapeuta, professor, igreja ou guru e não corresponderam às suas expectativas? Não se valorizou e ficou esperando o chefe reconhecer seus esforços, mas ele deu a promoção para outro? Coloca-se em último lugar na própria vida e não entende porque foi traído? Julga-se inferior o tempo todo e ficou bravo por que não te elogiaram? Vive se menosprezando e se comparando aos outros e diz que o outro foi arrogante com você? Não se aceita como é e ficou ofendido porque o outro não falou com você do jeito que você queria? Está todo preocupado com a opinião alheia e em não desagradar e ficou chocado porque alguém não foi bonzinho com você? O que você está esperando do mundo que você mesmo não está se dando? Por que é que nega aos outros a liberdade de serem eles mesmos? Por que é que todos tem que agir conforme suas expectativas?

A resposta é simples, covardia. Acovardamo-nos diante da difícil tarefa de mudar, com medo de enfrentar o pior dos demônios: nós mesmos. Somos cruéis conosco. Somos juízes ferozes e tiranos nos dizendo como nós e os outros deveríamos ser ao invés de nos aceitarmos incondicionalmente do jeito que somos. A falta de amor próprio é o principal culpado por nossas indignações com os outros e com a vida. Para sustentarmos a farsa de uma falsa aparência de que estamos bem, nos tornamos arrogantes acusadores dos outros ao invés de assumirmos nossas limitações e buscarmos nossa própria cura, até sermos a paz e o equilíbrio que refletiria o melhor do outro para ele mesmo.

Citando eu mesmo em outro artigo, "como terapeuta, vivo a cura em meu dia a dia. Não a dos outros - pois quem se curam são eles mesmos, eu só ajudo a liberar as resistências - mas a minha própria. Eu aprendi a ter minha atenção totalmente voltada para dentro, para o que estou sentindo, para encontrar o que está por trás de minhas reações, dificuldades e limitações. Porém, isso nem sempre foi assim. Passei um longo período superando meu orgulho e vaidade que me impediam de verdadeiramente me enxergar: inconscientemente, minha aparência e reações ao exterior e aos outros eram mais importantes".

O artigo citado acima era sobre a importância de curarmos nossas feridas, antes de votarmos, para não sermos manipulados por emoções desequilibradas na hora de escolhermos nossos caminhos. Algo que fica tão óbvio em todo período de eleições, mas de suma importância para toda a vida.

É preciso aprender que o desconforto é o caminho da salvação. Aquilo que nos incomoda é o que mais nos ajuda a percebermos como realmente somos. Ninguém tem o poder de nos deixar mal, a não ser nós mesmos. Precisamos nos aprofundar em nós mesmos e descobrir porque estamos tão frágeis e "incomodáveis" assim. O que é que estamos julgando no outro ou esperando dele que nos faz construir tantas barreiras? Pois são nossas frágeis e sensíveis barreiras que nos incomodam, não o outro.

A vida não é uma eterna disputa de pontos de vista, julgamentos, expectativas e projeções. Sua luz está em você! Seu coração é seu guru! Seu sucesso é sua autoaprovação! Sua recompensa é o seu reconhecimento! Agora, pare de rastejar: levanta e anda!

Namastê!

Rodrigo Durante

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