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Ensaio sobre reforma interior e o egoísmo

Atualizado dia 1/27/2007 12:10:24 AM em Autoconhecimento
por João Caçador Neto


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“A busca de si mesmo para uma reforma interior sem dividir isso com alguém não seria um ato egoísta? Afinal, a troca de experiências é fundamental entre as pessoas." Foi o questionamento que recebi numa conversa com uma amiga outro dia.

Admito que essa afirmação possa ser correta, dependendo do contexto em que se desenvolve essa reforma. É admirável a tentativa de nos transformarmos intimamente, mas antes não devemos deixar-nos seduzir por um ato deliberado de nossa vaidade, como se isso nos tornasse melhor que alguém. O foco claro e objetivo da reforma é para nos sentirmos felizes, sem que isso cause a infelicidade de outrem.

Vamos por partes:
A reforma... Como se daria isso? Boa parte do conceito de reforma pressupõe que algo não vai bem, está deteriorado, ou ainda, precisa de evolução para se manter bem. Ao atingirmos um grau de percepção e consciência, seja ela através do sofrimento ou não, notamos que a possibilidade de olharmos mais intimamente para nosso interior nos traz surpresas agradáveis e desagradáveis, e estas últimas precisam de ações decisivas de transformação. "Nossa! Já sofro tanto e vou vasculhar meu íntimo em busca de algo que pode ser degradante, e me dar muito trabalho ou vergonha?" Exatamente!

Observe... O ego não deseja o eu real... Ele quer a fantasia! Ele não deseja que vasculhemos algo e encontremos algo que nos "denigra". Ele quer manter nossa aparência, que escondamos esse lado interior e nos relacionemos com os outros através de nossa periferia ou máscara. Assim, damos a aparência de sermos fortes, dominantes... Vaidosos! Bem vistos e aceitos por todos.

Então, a reforma exige coragem, persistência, paciência, compaixão... Quanto trabalho! Mas a sinergia desse conjunto mostrará o amor que temos por nós mesmos. Ao sentir o amor, os momentos de felicidade serão mais freqüentes. Assim, esse amor poderá ser oferecido, compartilhado incondicionalmente, pois parte de dentro de nosso ser, não caracterizando uma ação do ego que tem seu foco na troca objetiva, ou até mesmo, no desejo predatório de sua satisfação.

Quando nos amamos podemos oferecer esse amor, assim como se imaginássemos uma taça transbordando e que nunca parasse de encher... E oferecêssemos ao próximo todo o volume transbordado, uma fonte infinita. Cabe-nos, entretanto, não permitir que se perca o conteúdo... Precisamos compartilhar. Deixar perder-se o conteúdo, ou simplesmente ostentar esse conteúdo seria uma "reforma" sob a tutela do ego, caracterizando uma vaidade que põe à terra todo trabalho.

E enquanto reformamos podemos dividir isso? Sem dúvida que sim, mas o conseguiremos através de uma conexão mais qualitativa com aqueles que vibram na mesma sintonia de evolução. Essa compreensão é extremamente importante e se manifesta como uma tênue linha que divide as necessidades individuais e o caminho universal.

A necessidade individual é fruto de toda a carga que carregamos através dos tempos, e temos que vivenciá-la para nossa evolução. Então, o que pode ser bom para um, não será necessariamente para o outro. São processos individuais não estando associados à nenhuma necessidade de serem semelhantes, pois nos caracterizam como seres únicos. Mas para se obter sintonia relacional, essa busca precisa fluir no caminho universal.

O caminho universal é o caminho da luz; ele não é restritivo e está aberto a todos os seres, e a sintonia se dá aqui, neste caminhar juntos, no agora, como num rio que carrega uma folha ou um pequeno graveto juntos... É a vibração, junto à corrente do rio que vai para um lugar só, que nos agrupa nessa viagem. É nesse ponto que ocorre a troca de experiências mais qualitativas e ocorre a sintonia. Ela é como uma suave viagem que dura um fragmento de tempo, mas nos marca por uma eternidade.

Embora acredite que a reforma interior possa vir a ser obscurecida por um ego muito manifesto ou vaidoso, ele poderá ser identificado e corrigido. Basta termos a percepção sobre nossa sensação de felicidade, sobre como agimos com o nosso próximo, e, importante, como nossas relações estão sentindo nosso eu interior. Se, de um modo geral, nós e as pessoas que se relacionam conosco, estão se sentindo bem, é sinal que estamos no caminho da evolução; caso contrário, deveremos reavaliar o processo de nossa reforma, pois estamos obscurecendo o caminho da luz, sinal claro que estamos dominados pelo ego.

Afinal, viemos aqui para evoluirmos e existe uma condição básica para que se dê isso... Chama-se relacionamento.

Texto revisado por Cris

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