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Entre o amor e o ódio

Atualizado dia 4/13/2007 12:55:38 AM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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Costumo denominar "zona de impacto" aquela situação do processo analítico em que o paciente se depara com a sua própria realidade interior, isto é, o momento crucial em que o conteúdo (material) do inconsciente analisado nas sessões anteriores de psicanálise sobressai, revelando ao paciente as suas verdades até então escondidas pelos "véus" dos mecanismos de defesa do psiquismo.

Quando, por um motivo ou outro, falta a figura paterna ou materna na educação da criança, o futuro adulto poderá padecer com as sequelas deste "vazio" que não foi devidamente substituído ou preenchido (alimentado) pela referência que faltou.

Portanto, transferir, inconscientemente, para o parceiro ou para a parceira o vazio de amor parental que necessita de "preenchimento", é muito mais comum do que se imagina e costuma ocorrer, normalmente, na abordagem psicanalítica de investigação do inconsciente humano.

Apesar da chamada zona de impacto levar, muitas vezes, o paciente à perplexidade diante da inusitada situação, este momento do processo analítico é imprescindível para o seu "despertar" em relação ao desconhecimento de si mesmo, porque o adulto, inconscientemente fixado na demanda de amor originada na sua infância, costuma ser uma "criança crescida" desfocada de seu normal processo de amadurecimento emocional, transferindo para as suas relações afetivas as suas angústias históricas.

Sintetizamos em dois questionamentos, e para uma melhor compreensão destes casos, o que costuma ocorrer com ambos os sexos: Pai ou marido? Mãe ou esposa? Confusão que poderá tornar-se vitalícia para o indivíduo se este não tiver a oportunidade do despertamento através da revelação do conteúdo até então inconsciente de seu psiquismo. Situação que tende a interferir de uma forma mais ou menos intensa em todos os seus relacionamentos que exige suprimento extra de amor.

Confundir e continuar confundindo pai protetor ou mãe protetora nos respectivos papéis de marido (parceiro) ou esposa (parceira), só trará frustração que continuará, como num ciclo vicioso, a alimentar, indefinidamente, a ilusão de suprimento da demanda de amor.

É somente através do despertar da consciência que precede à revelação da zona de impacto, que o indivíduo, cônscio da origem (causa) de sua dor/sofrimento (efeito) e independentemente dos mecanismos que o levaram a tal desprendimento (discernimento),
literalmente sai do "sono profundo" e "encaixa" em uma nova realidade autoperceptiva tornando-se uma pessoa mais autoconfiante, segura e emocionalmente madura.

Aconteceu desta forma com um caso recentemente tratado, quando a paciente transferia ao marido, 17 anos mais velho, a sua histórica demanda de amor paternal. Ela, apesar de estar casada há vários anos e passando por tratamento médico para poder engravidar após inúmeras tentativas pelo processo natural, somente veio a engravidar depois de conseguir conscientemente separar os "dois amores" de sua vida e afastar o até então inconsciente sentimento de culpa de cometer incesto caso viesse a ficar grávida de seu "marido", tal era sua fixação na figura paterna.

A regressão realizada com a paciente contribuiu, significativamente, na conexão estabelecida pela metodologia aplicada, pois a sua revivência na situação intra-uterina confirmou a rejeição paterna e a sua conseqüente resistência em sair da proteção do útero materno para ter que enfrentar uma situação de desamor criada pelo sentimento do pai que veio a falecer três anos após o seu nascimento.

Hoje, no final de uma gestação sem riscos, ela consegue, com lucidez e sabedoria, lidar com os amores de sua vida, ou seja, ter o discernimento e a clareza de que o passado, embora continue atuando em sua existência atual, não interferirá mais em seu psiquismo provocando confusão de sentimentos. Até porque vem aí mais um amor em sua vida...

"Não te iludas. Deves sempre alguma coisa ao companheiro de luta, tanto quanto à estrada que pisas despreocupadamente. E quando resgatares as tuas obrigações, caminharás na Terra recebendo o amor e a recompensa de todos".
"Dívida de amor", Emmanuel/Chico Xavier


Psicanalista Clínico de orientação Reencarnacionista.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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