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Estamos em meio a um grande apagão humano

Atualizado dia 8/15/2007 4:32:34 PM em Autoconhecimento
por Nelson Sganzerla


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INDIGNAÇÃO

Indignação. Essa é a palavra que se ouve em todas as classes sociais... Afinal, a indignação atingiu a todos nós.

Nós que nos julgávamos imunes a uma série de atrocidades. Imunes ao mal, afinal, tal sorte só acontecia com o outro, quem você não conhece que não tenha sofrido? E sido aviltado em sua cidadania? Quem você conhece que não esteja indignado?

Indignado pela falta de preparo de quem comanda, quando diz em rede nacional “que tudo que sobe desce”... indignado pela falta de compostura de quem governa, quando diz que temos “duas oreias uma pra escutar vaias e outra pra escutar aplausos”.

Outro dia assistindo a um jornal, fiquei indignado ao ver seres humanos iguaizinhos a mim e a você revirando o lixo de um restaurante e comendo de quatro, de uma maneira mil vezes pior que um bando de hienas.

Eu já sabia que isso acontecia, mas cada vez que me deparo com isso fico indignado.

E não dá pra não ficar indignado quando se vê comunidades inteiras desenterrando carne fétida que não foi homologada para exportação; é claro que outra vez por incompetência das autoridades, sendo enterrada em áreas populosas.

Ver o ser humano, voltando a andar de quatro, comendo com a mão, dividindo o alimento com os urubus nos lixões das periferias.

A indignação está em todos os lugares, na minha casa, na sua casa, na nossa rua em nosso trabalho, no trânsito, na banca de jornal.

O apagão humano se estabeleceu e, em nosso desespero, procuramos gritar, exigir o que nos é de direito, nas filas dos hospitais, do metrô do aeroporto, da Polícia Federal, mas não somos mais ouvidos, e não importa se pagamos impostos ou não, se merecemos ser tratados como cidadãos ou não.

Lembram-se? A classe média detestava rodoviária, achava o cumulo viajar de ônibus por 7 ou 8 horas de São Paulo a Curitiba, todo aeroporto movimentado logo era associado a uma rodoviária (vai me dizer que você nunca falou isso?) Hoje quantos de nós tivemos que nos sujeitar a dormir no saguão de um aeroporto mal acomodado fazendo das malas seu travesseiro?

Não nos conformamos com a falta de respeito, mas não somos ouvidos e acreditem - ninguém virá nos acudir - sejamos nós classe A, B, C ou D. É óbvio à exceção das elites que “relaxam e gozam” esses nunca irão se indignar.

Pois é! Estabeleceu-se o apagão humano... ninguém sabe mais o que fazer diante de tanta desordem, tanta falcatrua e descaso com o ser humano.

Jovens agredindo velhos, maridos agredindo suas esposas e dizimando seus filhos como se fazia no nazismo de Hitler; velhos abusando de crianças, crianças sendo molestadas por padrastos, aviões caindo, estradas matando, pessoas sem ter o que comer.

Está estabelecido o grande apagão humano. Outro dia vi na TV socialites reunidos em suas luxuosas coberturas para, por puro prazer, atirar ovos podres nos pedestres; e pasmem, divertindo-se com isso, como se quem estivesse lá embaixo, passando nas ruas fossem lixo... A arena dos romanos novamente construída para zombarem dos cristãos.

Políticos tripudiando em cima da fatalidade alheia, sorriem e gesticulam de maneira obscena, como se o palco da desgraça alheia não entrasse em seus gabinetes blindados.

Não existe respeito, não se respeita mais o semelhante, está estabelecido o grande apagão humano, como uma grande babel.

Precisamos acordar, precisamos assumir o comando das nossas vidas, precisamos acordar desse coma induzido... ninguém fará nada por nós a não ser nós mesmos.

Necessitamos de compaixão, sentir a dor do outro, não permitir que nos entorpeçam com discursos preparados em rede nacional, precisamos acordar desse apagão e distinguir claramente o lobo e o cordeiro, o joio e o trigo.

Precisamos transformar nossas crianças em verdadeiros seres humanos, isentos de pré-conceitos, solidários e guerreiros.

A maneira de sairmos desse apagão é não nos conformarmos.
É saber distinguir o bem do mal.

Não nos damos conta, mas o mal nos persegue toda vez que fazemos coro, em favor da agressão de um semelhante que foi confundido com uma prostituta ou um índio confundido com um mendigo, como se não fossem eles seres humanos.

Quando fazemos coro para um pai que não acha justo seu filho ter sido condenado por um delito torpe, pelo fato de ter estudado e pertencer a classe média, esse pai tem que ser condenado, muito mais que seu filho. Toda vez que fazemos coro com um grupo de jovens que esfaqueiam outro ser humano, simplesmente pela sua opção sexual, pela sua cor de pele ou pelo estado de origem.

Precisamos acordar desse apagão, pois um dia deixaremos esse plano, queiramos ou não, daí iremos correr o risco de voltarmos no papel de quem tanto repudiamos.

Pensem nisso
Muita Paz

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Nelson Sganzerla   
Uma ALMA encarnada no Planeta Terra, que busca a ascensão para a LUZ
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