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Eu era verdadeiramente a Luz por Sananda 3

Atualizado dia 12/24/2006 9:38:30 AM em Autoconhecimento
por Doriana Tamburini


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Talvez fosse minha imaginação febril. Às vezes eu não me sentia bem. Sofria de indisposição no estômago e no trato intestinal. Ocasionalmente, isso era acompanhado de febre. Eu pensava: “Talvez seja meu cérebro febril que cria esses pensamentos.” Mas o amor em meu coração e o sentimento de proximidade a Deus, o Pai, era tudo que eu possuía como ponto de referência mais forte.

Quando fui detido e encarcerado voltei a pensar com cuidado. Como um moribundo, em certo sentido, minha vida inteira passou diante de minha mente. Mas junto com isso vieram, de novo, as visões daqueles que pareciam vir a mim durante a noite e, novamente, as visões de minha estada nas estrelas. Convenci-me de que eu era daquelas estrelas, de que eu possuía um mundo, muito distante, do qual eu viera para esta Terra. Essa visão começou a tomar conta de mim com fervor e, assim, comecei a perceber que não importava o que eles fizessem ao meu corpo, eu não era aquele corpo. Eu era verdadeiramente a Luz que eu tinha visto fluindo da minha essência para todas as coisas.

Depois, fui levado a julgamento e, mais uma vez, aquele poderoso espírito ergueu-se dentro de mim. Só que desta vez ele era tão inexorável, tão ardente, tão apaixonado pelo propósito, que não importava o que me dissessem, era como se vê através do celofane. Conseguia ver claramente e distinguir seus corações. E o que me encorajou muito foi que também consegui ver o futuro deles, ver o momento em que esses corações finalmente se abriam e se libertavam do cativeiro da negatividade.

E assim, mantive-me firme, pode-se dizer, em meditação e oração, fortificando meu espírito, pois sabia que meu tempo na Terra estava chegando ao fim. Percebi, de fato, que iriam me crucificar da maneira mais cruel que pudessem, pois eu dissera várias coisas enquanto estivera em estado de êxtase divino. O espírito fala através da pessoa, não se pode refrear os lábios.

Tudo parecia um sonho Finalmente, como vocês têm conhecimento em suas histórias, fui de fato levado e posto na cruz. A coisa boa que tenho a lhes dizer é a seguinte: quando aquele dia fatal chegou, eu havia me colocado num tal ponto de consciência, que para mim tudo parecia ser um sonho. Vi a multidão ao meu redor. Ouvi o choro de meus companheiros e daqueles com os quais crescera e que havia amado. Vi a confusão e o medo em meus seguidores. Fiz tudo o que pude naqueles últimos momentos para elevar minha energia o mais alto possível para perto de Deus.

Quando me pregaram na cruz, ouvi, como num sonho, o eco das marteladas e nada senti. Não experienciei a mínima dor. Era como se eu estivesse fora do meu corpo e observasse aquele corpo pregado lá, com os cravos enterrados em seus tornozelos e pulsos. Não conseguia me relacionar com ele como se aquele corpo fosse o meu. Parecia uma caricatura minha. Quando levantaram a cruz e a fixaram no pedestal, novamente eu parecia estar acima daquele corpo, sangrando e abatido, sem sentir nenhuma dor. Estava num estado de tamanha lucidez que conseguia ver claramente aquilo que o Pai me enviara para fazer. Eu sabia, embora às vezes fosse tentado a entrar numa consciência inferior e a julgar aquilo que acontecia ao meu redor, pois as pessoas me pareciam tão ilógicas, tão cruéis, tão ignorantes. Mas toda vez que sentia isso era arrastado para mais perto do meu corpo. Percebi que se permanecesse naquele estado de consciência, logo voltaria para aquele corpo e estaria experienciando a dor. Então, com muita concentração, mantive meus pranas, meus sopros vitais, na porção mais elevada de minha consciência.

Vivi a minha visão. Aquele momento parecia se situar fora do tempo. Não experienciei uma passagem de tempo. Por fim, senti um espasmo abrupto em minha forma física. E dentro de meu corpo sutil, como se eu houvesse estado num balão amarrado a ele e alguém soltado a corda, de repente me senti muito livre e percebi que o corpo morrera. De certo modo, senti-me aliviado, como vocês estariam, pois sabia que não estava mais preso àquela forma, e estava realmente livre. Fiquei observando quando o corpo foi baixado da cruz e veio alguém, que eu amava muitíssimo e que vocês conhecem como José de Arimatéia, junto com minha amada mãe e outros, e levaram embora meu corpo, chorando. Senti-me muito pesaroso com a tristeza deles.

Queria dizer a eles: “Não chorem por mim... Estou vivo. Estou bem. Não chorem. Fiz aquilo por que fui chamado para fazer. Eu vivi a minha visão. O que mais se poderia pedir de mim?”

Fiquei olhando eles levarem o corpo e o colocarem na tumba, rolando uma grande pedra para fechar a entrada. Muitos profetas haviam falado de alguém que viria e romperia os grilhões da morte. Realmente, jamais pensei que fosse eu. Preciso lhes dizer a verdade. Nunca me ocorreu que os antigos profetas estivessem falando de minha vida. Quem sou eu? Um simples rapaz judeu. Nada tenho de especial... uma visão... um sonho... algumas experiências do Pai. Mas percebi que estava rodeado por aqueles mesmos seres maravilhosos que haviam me visitado à noite, só que desta vez estavam me chamando por outro nome. Estavam dizendo que eu precisava me desencumbir de mais uma tarefa. Fiquei imaginando de que modo faria isso. E eles disseram: “Não tenha medo, estamos com você. Estaremos com você e o ajudaremos nessa grande incumbência. É que você... você foi escolhido para representar este grande mistério do futuro que está por vir.”

Fui instruído e ajudado por esses grandes irmãos a entrar em meu corpo, e foi como entrar em algo muito frio e pegajoso, algo muito instável e ferido. Instruíram-me detalhadamente sobre como gerar o fogo sagrado da transfiguração e da ressurreição. Em minha mente, uma lembrança distante voltou e, de repente, eu me lembrei de vidas passadas nas quais eu estivera numa grande escola de iniciação. Eu estivera num grande edifício que vocês conhecem hoje como a Pirâmide de Gizé. Naquela época, eu também estivera numa tumba semelhante. Como iniciado, eu conseguira realizar a viagem da alma a partir de minha forma inerte até me sentar nos Conselhos de Melchizedek, na Estrela Solar Sírius.

Aquele pensamento começou a tomar conta de minha mente e, à medida que realizava a decodificação de maneira mais completa, me lembrei de como fazer isso. Quando fui colocado de volta no corpo, meu espírito brilhou com propósito, com empenho apaixonado. Respirei, como eles me haviam instruído, concentrei-me em meus sopros vitais e fiz a poderosa essência de vida percorrer aquela forma. A forma começou a ter espasmos e a tremer. Começou a exalar um estranho odor que encheu a tumba. Experienciei uma chama ardendo por todo o meu ser e continuei meditando e respirando e difundindo, dispondo-me a voltar à vida.
CONTINUA

Texto revisado por Cris

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