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O TESOURO DOS POBRES

Atualizado dia 6/6/2005 1:57:02 PM em Autoconhecimento
por Hellen Katiuscia de Sá


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Circulavam o nenê perdido na floresta. “Olhem ele!”, gritavam todos. Era um menino de pele cor de abóbora. Achavam-no estranho, mas logo se renderam à simpatia que ele esboçava em seu semblante.

Os ciganos adotaram-no. Deram-lhe o nome de Cecílio. Tornou-se logo um menino lindo e sua pele cor de abóbora o deixava mais encantador. E na madrugada em que Cecílio completava sete anos de idade houve o que ninguém imaginava: o chefe dos ciganos, Zehzarino, carregou o garoto como fazia todas as noites e entregou-lhe uma medalhinha de latão como presente de aniversário. O menino tocou no objeto e este virou ouro.

Zehzarino não acreditava no que viu. Tocou a medalhinha e... sim... havia virado ouro maciço. Confuso e temendo pela sorte do pequeno Cecílio, o chefe dos ciganos pegou a criança e a levou para a floresta. Disse ao menino que nunca saísse de lá em direção à aldeia e que não voltasse mais para junto dos ciganos.

O menino não compreendia, mas obedeceu a Zehzarino a quem amava feito a um pai. Vez por outra Zehzarino retornava, escondido, à floresta para levar comida, roupas e ensinar os segredos da mata ao jovem. E assim aconteceu por mais oito anos. Cecílio tinha agora 15 anos. Era o rapaz mais bonito que havia na face da terra. E seu coração era mil vezes mais lindo que sua beleza exterior.

Na aldeia ninguém lembrava mais de Cecílio, desde seu sumiço. O chefe dos ciganos foi pela última vez visitar o jovem. Disse que o clã estava indo para outra região. E pediu novamente que Cecílio não fosse ver ninguém na aldeia. O menino aceitou, mas com a tristeza de nunca mais ver seu pai adotivo.

Numa tarde, porém, uma mocinha da aldeia estava num dos bosques e começou a ver ao longe um brilho muito forte. Foi se aproximando e ficou deslumbrada com a quantidade de ouro que havia. Avistou o rapaz de pele cor de abóbora.

E a mocinha presenciou que por onde o rapaz passava e o que ele tocava, tudo se transformava em ouro. Ela voltou-se para Cecílio e viu em seu olhar que não poderia contar nada para os outros moradores da aldeia, pois nem todos podiam ser tocados pelo verdadeiro tesouro dos pobres, como ela e o cigano Zehzarino foram ao olhar a face de Cecílio... Sorriu docemente para Cecílio, deu a volta e retornou sem dizer uma única palavra para ninguém sobre o que havia visto na floresta naquela tarde.

Passaram-se séculos e séculos. E essa lenda até hoje leva andarilhos a buscarem a floresta de ouro escondida em algum lugar da Terra. Pessoas cegas incapazes de perceber que o verdadeiro tesouro, nessa fábula, é o Amor.

Hellen Katiuscia de Sá
06 de junho de 2005

Texto revisado por Cris

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