Voar não é só com os pássaros!
Atualizado dia 3/24/2006 11:26:25 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
A brasileira Nair Barbosa, através de seu livro infantil ilustrado "Voa, Pensamento" nos convida a passar por dentro do sol, escorregar no arco-íris, atravessar o oceano com uma roupa de prata ou conhecer todos os astros montado num cavalo de aço. E registra que conseguir tudo isso é fácil: basta soltar a imaginação e deixar o pensamento voar.
Outra conhecida fábula, escrita por Richard Bach, nos remete ao crescimento espiritual. "Fernão Capelo Gaivota" nos conta a história de uma pequena gaivota que aprendera sózinha a voar diferentemente das outras. À medida que Fernão aperfeiçoa a sua técnica de voar começa a ensinar as gaivotas novas. Ele queria poder ensinar que o paraíso é perfeito e que está ao alcance de todos. Basta querer que todos podem ir a qualquer lugar a qualquer momento.
"Pode me ensinar a voar como você?", perguntou uma gaivota. "Claro", disse Fernão. E começou a ensinar que o corpo é o nosso pensamento numa forma que podemos visualizar. Então para voar, basta querer!
Sigmund Freud, em sua obra "Interpretação dos sonhos", ao se referir às sensações de estar voando ou se deslocando no espaço acima da superfície terrestre em sonhos,
interpreta como sendo "um mecanismo de defesa" do psiquismo ao aliviar a tensão da carência sexual através da sensação de orgasmo que o "estar voando" oferece à pessoa durante a atividade onírica.
No entanto, as religiões reencarnacionistas e as crenças primitivas sempre interpretaram o sono e, principalmente os sonhos, como uma manifestação da liberação do espírito enquanto o corpo descansa. E que o nível de evolução de um espírito está na relação de como este se liberta da matéria durante o sono e estabelece a sua forma de comunicação interagindo com o plano espiritual.
Como na fábula de Fernão Capelo Gaivota, o espírito encarnado que se encontra em processo de evolução, durante o sono e as meditações costuma se desprender do corpo e "alçar vôo" em busca de novas oportunidades de contatos e de aprendizados. Quem sente o que Fernão Capelo sentia em seus exercícios de vôo, ou seja, sensação de liberdade, desprendimento, segurança e de expansão da consciência, sabe o significado desta gratificante experiência. E aquele que costuma repeti-la com relativa frequência, sabe que cada "viagem" que faz, mais domínio tem sobre a técnica e mais aperfeiçoado torna-se o seu deslocamento pelo espaço.
Portanto, a capacidade de sair do corpo, nestas situações específicas, está diretamente relacionada ao grau evolutivo do espírito e na forma de como ele aproveita estas experiências no sentido de ir e vir trazendo um acréscimo de conhecimentos e sabedoria, para que possa socializar em benefício de si e daqueles que vivem à sua volta.
O sentimento de incompletude que nos faz invejar os pássaros na verdade não existe, ou melhor, existe somente nas nossas limitações e na nossa incapacidade de olhar além da matéria e, por isso, de nos sentirmos "eternamente pesados". A leveza interior é inerente à natureza espiritual e disponível a quem, como o Pequeno Príncipe, estiver interessado em cultivá-la. Basta, para isso, fazer como Fernão Capelo Gaivota.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 8
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
