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FIDELIDADE

Atualizado dia 10/29/2006 4:41:46 PM em Autoconhecimento
por Carmem Calmon Lacerda


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Muito se fala a respeito de fidelidade. Mas será que uma simples definição, tipo a do Aurélio: "fiel: 1.digno de fé; leal, honrado 2. que não falha, seguro, verídico..." diz tudo???

Creio que essa foi uma rara oportunidade que tive de ver um conceito particular meu estampado em um dicionário, e com que prazer detectei que mais pessoas pensam como eu, então não devo estar TÃO errada...

Muitos criticam essa visão de fidelidade e a relacionam mais freqüentemente com sexo, "escapadas", traições da carne, o ter outro/outra. Não que considere isso sem importância. Apenas, meu conceito vai mais além. Simplesmente: não é SÓ por aí.

É óbvio que se estou em uma relação séria e duradoura(ou não), mas na qual a base é o amor, o respeito passa a ser conseqüência e a responsabilidade e sensibilidade para com os sentimentos do outro passam a ser de suma importância para mim.
Em outras palavras, o que sinto reflete o sentimento do outro, e para ser feliz preciso que o outro seja feliz, e se para isso tenho que abrir mão de certos atos que o/a incomodam, isso será natural pois vendo-o/a satisfeito, ficarei também.

Então, essa definição que relaciona fidelidade a lealdade, honra, segurança, ser verdadeiro e digno de entrega, define meu padrão de fidelidade.

É óbvio que, pelo menos eu, não me sentiria feliz sabendo que meu amor andou de beijos e abraços, ou mesmo que praticou o tal sexo eventual - sabe, aquela saída sem compromisso que tantas pessoas alegam que não interferem em nada em uma relação sólida e pautada no ..."amor???". Mas dentro deste contexto, após o impacto inicial, tipo "porquê?" "o que faltou?" "será que deixei a bola baixar?", a infinidade de sentimentos de culpa misturados a dor, como se fôssemos nós os causadores da tal traição física, talvez porque meus atributos sejam "menores" ou menos significantes que os da outra pessoa. Após toda essa indagação feminina típica (e de muitos homens também), viria o sentimento de "por que ela e não eu? O que conversaram? Sobre o que falaram? Como foi a aproximação? O que levou um ao outro? Há identificação?"

Porque, infelizmente para mim e para um monte de pessoas, infidelidade vai além da carne. Corpo se lava, fica pronto pra outra, por mais que me magoasse... Creio que passaria em meio tempo, não vou dizer nem pouco tempo, mas médio prazo. Porém, imaginar que outra pessoa teve a atenção, o mimo, o diálogo e tantas outras emoções, talvez até flores, pelas quais anseio, seria o ápice para um rompimento que, talvez, apenas o fato físico não provocasse.

Então, por ser mulher, me dirijo mais aos homens. Será que sua companheira tem o melhor de você? Será que está guardando para casa a sua melhor parte, ou em casa você pode ser "autêntico", deixar as frescuras de lado e ser como realmente é: talvez ríspido, indiferente e sem diálogo, afinal já se passaram tantos anos, já "provei" a ela o que tinha que provar. Pra que pijama de seda ou de malha fria? (hummmm gostoso!!!) vai a velha camiseta com um short qualquer ou então só a cueca meio poída mesmo, NINGUÉM vai ver mesmo.

Então, nós, as mulheres que passamos para a intimidade de nossos homens, que, de alguma forma nos dedicamos - senão não estariam conosco - agora somos apenas NINGUÉM.

Creio que a arte da conquista, nesse nosso país de machos, está sendo reconquistada. Fico feliz, e também de boca aberta ao ver um adolescente cortejando uma menina com educação e sem uma certa vulgaridade típica de minha época, anos 70/80.

Dia desses, tive a bênção de ver um rapaz de 17 anos enviar a sua namorada de 16 anos uma cesta de flores repleta de chocolates que ele mesmo ali colocou, e me contou:
"Ela adora chocolate". Esse adolescente é de classe média/baixa, morador de peri-feria, veio me perguntar se eu achava "brega".

"Meu lindo", eu falei, "brega"?
Olha, a próxima data de coroa que você não tiver pra quem mandar essa ´breguice´, tipo Dia das Professoras, tá aqui meu cartão, manda pra mim!!!"

Aproveitei e perguntei, no meio da brincadeira: "É teu primeiro Dia dos Namorados? Você está com uma carinha tão especial..."

A resposta confirma o que penso: " Nada tia, ano passado eu tava com uma mina linda, pena que tinha mais gente na fila e eu não sabia. A fila andou e eu dancei". Frase triste, né?

Fidelidade, gente, que palavra mais difícil de escrever, que sentimento mais difícil de explicar, mas acho que o Aurélio superou-se ao dizer: "Digno de fé. Que não falha". Um dia, o homem vai perceber que a gente sente por outros caminhos. Que só entendemos o que é dito ou sentido lá no fundo. Ou seja:

...Que flores são lindas, tanto no jardim quanto em nossa mesa de trabalho, principalmente se enviadas por ELE.
...Que comemorar datas não é frescura, é registro da nossa história.
...Que "ser a tal mala sem alça" questionando a relação, é nosso papel, senão, quem o fará?
...Que "Bom Dia" e "Tchau" e o simples "Cheguei", principalmente acompanhados de um bom beijo, mostram a nós e aos filhos, no caso de tê-los, que estamos no caminho certo, que haverá um amanhã.
...Que o tal vocabulário ou jeito de falar na intimidade não vira "bobeirol" com o tempo, mas sim, que é a nossa forma única de nos comunicarmos, e nos dá a cumpli-cidade necessária para enfrentar um dia-a-dia cansativo e cheio de rotinas.

Que sem esses detalhes, virarão mesmo apenas mais duas pessoas compartilhando o mesmo teto, dividindo despesas, separando as vidas aos poucos, até não haver mais nenhum motivo para estarem juntos, nem mesmo ter gastos com apenas uma casa: um dos dois vai preferir arcar com os gastos de uma outra casa para ter a chance de, quem sabe um dia, ter outra vez essa deliciosa sensação de ser especial, e não apenas alguém.

Diz o velho ditado: "Não se esqueça de se despedir dos que ama, com carinho, sempre que sair, pois nunca sabemos se iremos retornar!"

Um beijo, e fiquem em paz e fiéis ao amor, pois só mesmo ele move montanhas...

KRIKA

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Carmem Calmon Lacerda   
Trabalho e estudo Aromaterapia, Florais de Bach e Califórnia, Terapia do Barro (GEOTERAPIA) e Shiatsu Emocional. Sou Reflexoterapeuta e Fitoterapeuta. Muito confiante e feliz com o meu trabalho, faço com estudo e amor.
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