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GOTAS DE RAZÃO

Atualizado dia 6/19/2006 8:51:35 AM em Autoconhecimento
por Helenilton Luiz C. de Sales (Lé de Sales)


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Formato livro: Gotas de razão
Autor: Lé de Sales

DEDICATÓRIA


Dedico esse livro a uma pessoa muito especial, minha mãe, Elza Costa de Sales, um exemplo de vida, dignidade e coragem, aquela que será sempre o grande amor da minha vida. Aos meus irmãos Flávio Luiz e Ranieri, amigos sinceros e leais. A meu pai, Berlim de Sales, grande exemplo de honradez e seriedade. À minha filha Thaís, grande amiga e incentivadora.

INTRODUÇÃO

Este livro destina-se a apresentar a realidade sócio-econômico-política brasileira, desvendando as entranhas de um sistema corrompido e ineficaz que escraviza seus cidadãos, subjugando-os a condições subumanas de existência sob as hipócritas égides da “democracia”, da “ética”, da “religião” e da “ moral”, que são utilizados na lavagem cerebral de seu povo e na perpetuação do sistema capitalista. O presente trabalho tem o fim de mostrar, a partir de fatos reais, todavia não nominais, o fundo poço de lama no qual se sente chafurdando a sociedade, suas instituições, governados e governantes.

Não tem este, o caráter de denúncia, mas um compromisso em retirar o véu que encobre os olhos da massa explorada pela classe detentora do capital. Véu que nubla um império de desigualdades e injustiças imposto pela concentração de renda e legitimado por uma falsa democracia que atende exclusivamente aos interesses dominantes, por uma mídia comprometida com o poder, a qual recebe subsídios por sua importante tarefa de alienação cultural, por um Congresso Nacional que atende às conveniências dos compromissos escusos feitos em períodos de campanha. Por empresários inescrupulosos que exploram indevidamente o mercado de capitais. Por banqueiros que lucram com o capital dos clientes em investimentos no exterior. Por líderes religiosos que se enriquecem às custas de doações e dízimos dos fiéis e os alienam sob a batuta da exploração da fé alheia. Por uma justiça morosa e ineficaz. Por um sistema carcerário desumano e injusto. Por um legislativo inculto e com práticas nepotistas. Por um executivo dado a desvios orçamentários e políticas assistencialistas. Por um turismo sexual infantil vertiginoso, por um narcotráfico assassino e crescente. Por uma igreja que desinforma e reprime a pouca felicidade que ainda resta. Por uma classe artística mercenária e sem ideais. Por uma teledramaturgia comprometida com valores da classe dominante na consecução da alienação. Por um Estado que não cumpre com suas funções sociais. Por um panorama de trabalhos escravos e infantis. Por uma atroz atuação madeireira no ecossistema da floresta amazônica, da mata atlântica e outras matas nativas. Por uma desenfreada prática de tráfico de animais silvestres. Por uma flagrante destruição da cultura indígena e usurpação de suas riquezas naturais. Por uma intolerante exploração estrangeira de substratos biológicos para as indústrias farmacêuticas.

Estas são as cenas que compõem o Dossiê Brasil, o retrato de um País que teve tudo para dar certo, mas fez questão de fazer tudo dar errado. Uma verdadeira farsa democrática. No pano de fundo suas lindas montanhas, seus maravilhosos litorais, suas meninas e meninos de rua, sua cultura diversificada, seu sol que ilumina a todos e no entanto é incapaz de aquecer os corações de seus líderes políticos. Do caos completo: enriquecimento ilícito, desmandos de toda ordem. Da exploração do homem pelo próprio homem, a perpetuação da estratificação social e as demagogias políticas. Um sistema perfeito, enquanto caótico, pois exacerba o caráter agonizante da crueldade humana.

Como conseqüência deste estado de coisas deparamo-nos com a fome, a violência, a intolerância, o descaso, a dor e a morte. Tudo isso para atender aos anseios da classe burguesa, a ciência e a técnica a serviço da exploração do trabalho humano. A desenvolver, no ser humano, um sentido de impotência frente às realidades impostas, bem como outros tantos sintomas como a tristeza, a angústia e o dissabor pela vida.

O que fazer frente a tamanhos desafios? Calar-se? Unir-se a eles? Ou adotar uma atitude de intolerância educada? Não se pode ser tolerante com tamanhas distorções. Devemos nos manifestar contrários a toda lesão ou ameaça de lesão a nossos bens jurídicos constitucionalmente protegidos. Pois se ainda que virtualmente esses direitos nos foram garantidos, temos o dever moral e ético de fazê-los inseridos nas práticas cotidianas de nossas vidas. Ainda que custe ser uma voz solitária a ecoar nos vazios de tantas consciências que muitas vezes preferem se calar num soluço mudo de consentimento. Ainda que custe o questionamento de pessoas mal intencionadas quanto à sua sanidade mental. Ainda assim será muito mais honroso do que se afogar na passividade dos normais ou no silêncio dos túmulos. Você não estará sendo um herói social, todavia, sua atitude lhe promoverá a herói de si mesmo, aquele que não se furta às suas convicções e não se cala diante do horrendo.

CAPÍTULO I

DEMOCRACIA OU DEMAGOGIA


Etimologicamente representam significados totalmente diversos: democracia é uma palavra de origem grega que designa uma forma de governo ou um regime político; porém, apresentam lexicalmente alguma semelhança, o que poderia ensejar, por parte de algum desavisado, controvérsia acerca do que representam.

Na prática, o que podemos constatar é o uso indevido do termo democracia para determinar governos injustos e hipócritas. Haja vista que o sentido consonante ao termo está disforme do que significava na Grécia, há 2500 anos, onde a prioridade da defesa do bem comum era a tônica dos governos. Hoje, distante dessa premissa, os governos se acotovelam na manutenção dos privilégios de uma minoria.

Ocorre também a real efetivação do processo de eleição do representante popular que deveria ocorrer através de uma escolha livre e consciente a partir da qual será eleito o que melhor representa os anseios e necessidades políticas do povo. No entanto, não se dá desta maneira. Padecendo de necessidades básicas, o povo torna-se alvo fácil de manipulação, no que há algum tempo é conhecido como “curral eleitoral”, uma referência aos votos de cabresto, numa analogia com os cabrestos utilizados para conduzir animais até os currais. Então, utilizando-se de uma prática política conhecida como assistencialismo, invariavelmente a partir de empréstimos, passam a suprir aquelas necessidades vitais do povo numa troca pelo voto, garantindo assim sua eleição no próximo pleito.

Uma vez eleito é preciso fazer um balanço do quanto se gastou para a eleição e por isso criar meios de reaver esse dinheiro, a partir dos cofres públicos, para saldar o compromisso do empréstimo para a eleição. A isso chamamos democracia? Ou será definido como demagogia política?

Conhecida também como “caixa 2” esta prática repulsiva coloca em xeque todo o sistema democrático, pois o torna ilegítimo na medida que o processo eleitoral torna-se exclusivamente uma troca de favores, não representando por conseguinte os ideais democráticos nem tampouco os desejos do povo enquanto representados politicamente. Esta prática é observada em todas as esferas do legislativo, municipal, estadual e federal.

Texto revisado por Cris

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