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Inteligência X Sabedoria

Atualizado dia 10/13/2014 12:26:00 PM em Autoconhecimento
por Paulo Tavarez


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Inteligência não é sabedoria. Uma pessoa pode ser muito inteligente, falar vários idiomas, possuir inúmeras graduações, habilidades matemáticas e conhecimentos técnicos, mas mesmo assim, não demonstrar nenhum pouco de sabedoria. O fato é que homens extremamente inteligentes, muitas vezes, não apresentam recursos emocionais para enfrentar questões simples, do cotidiano. Um grande gênio pode perder a cabeça diante de uma fechada no trânsito, isso é muito comum, por isso, não se deve reverenciar alguém por títulos ou condecorações recebidos; nada que revele qualquer destreza intelectual e possa contribuir com a inflação de uma personalidade deve ser aclamado. Se existe algo que possa nos tornar notáveis, é simplesmente o nosso grau de consciência, a nossa capacidade de perdoar, compreender, aceitar, tolerar, enfim, renunciar aos incômodos de um mundo de ilusões.

É preciso entender que a inteligência é apenas uma ferramenta, bastante útil, mas ainda uma ferramenta. Ela capaz de possibilitar conquistas expressivas no espaço em que operamos, entretanto, não responde questões que estão além desse mundo externo. Por mais que a razão se desenvolva, não será através do conhecimento estrutural das coisas que alcançaremos a plenitude, para isso, teremos que passar pela experiência da dor, enfrentar o sofrimento, sair do ambiente do pensar para entrarmos no ambiente do sentir, será preciso um descondicionamento, ouvir a voz interior (intuição) e deixar a escravidão das normas e regras impostas para, assim, desenvolvermos a nossa capacidade de amar. É preciso entender que os pensamentos são efeitos produzidos por emoções e estruturados por um programa mental ainda inferior, não podem ser tratados como a causa de nada.

Nosso pensar ainda é feito através do Ego, uma parte armada de conceitos e valores mundanos, que se alimenta de informações e conteúdos infinitos; uma instância escrava de um programa, que segue conduzida por preocupações terrenas. O Ego, jamais poderá encontrar a Verdade Suprema da nossa verdadeira Natureza, essa é uma prerrogativa do Self, nosso Eu Superior.

Esse verdadeiro Eu é o expectador de toda essa brincadeira (Leela), não sofre, apenas espera. A medida que criarmos uma maior intimidade com Ele, encontraremos o Reino de Luz que existe de forma oculta em nosso Ser, entenderemos o verdadeiro sentido da existência.

Toda essa erudição, um dia, será desnecessária, pois nesse estado superior já somos plenos, perfeitos, completos e realizados. A inteligência faz parte do processo, não do objetivo de nossas buscas, pois o Espírito já está pronto, o problema é que infelizmente, como nos ensinou o Mestre, a carne ainda é fraca. A carne (ego) é que precisa alinhar-se com o Universo, pois uma vez alinhada, nossa visão irá se abrir e o Esposo irá surgir para o Matrimônio Supremo.

Tudo aquilo que aprendemos, portanto, um dia terá que ser desaprendido. É impossível colocar um líquido novo dentro de um copo que já está cheio, transbordando, no momento em que alcançarmos um patamar de consciência que transcenda os sentidos e a razão, teremos uma outra visão acerca do tudo aquilo que o intelecto elaborou como sendo a nossa realidade.

A sabedoria está ligada às conquistas da alma, se alinha com a expansão da consciência, com a nossa capacidade de olhar o mundo de forma integrada, sistêmica, sem os dualismos propostos pela mente, a sabedoria não nos convida a reagirmos, isso é uma prerrogativa da inteligência egóica.

O sábio, embora muitas vezes não apresente recursos técnicos e culturais, consegue enfrentar os reveses e dissabores da existência com serenidade, pois entende a irrelevância do fatos, assim, não sofre, não dramatiza, não perde o controle de seu estado de paz e equanimidade. Um analfabeto pode ostentar um grau de lucidez muito maior do que um Pós-Doutor qualquer.

Qual é a necessidade de conhecermos 200 idiomas se não precisaremos mais da linguagem para nos comunicarmos? Para que buscarmos destaque nesse mundo, com tanta erudição, se todo esse esforço será inútil. No final iremos compreender que somos todos iguais, somos todos Um. Desenvolver a inteligência é algo necessário, porém, não podemos nos esquecer dos perigos de lustrarmos demais um personagem de deverá ser destruído. Parece estranho, distante até de um entendimento racional, mas quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á. Evidentemente, estou me referindo à vida fictício do nosso ego.

O ego é inteligente, perspicaz, mas pouco sábio.

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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavarez   
Conheça meu artigos: Terapeuta Holístico, Palestrante, Psicapômetra, Instrutor de Yoga, Pesquisador, escritor, nada disso me define. Eu sou o que Eu sou! Whatsupp (só para mensagens): 11-94074-1972
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