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Jardim Fechado

Atualizado dia 10/2/2014 3:38:29 PM em Autoconhecimento
por Renata Kindle


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Tenho um lugar especial dentro de mim. Raríssimas pessoas do meu convívio o conhecem, mas especialmente nesta noite decidi que quero dividi-lo com você.

O meu Jardim Fechado, como costumo chamar, não é um lugar físico, mas para onde corro e me refugio naqueles momentos em que a alma da gente precisa se curar de feridas doloridas demais, é o pouso certo, o porto seguro. Ele só existia na minha cabeça. Uma vez, há muitos anos, eu o compartilhei com um amigo muito especial. Descrevi como era o meu Jardim e lhe entreguei as chaves que abriam seus enormes portões de ferro. Abri novamente suas portas a outra pessoa também muito importante e especial. Hoje, faço o mesmo com você, desejando que você possa acordar melhor amanhã.

Lá, nesse jardim interno, eu me escondia. Chorava calada os meus prantos e contava as minhas alegrias. Era um lugar meu, com as flores que eu plantei e com as que eu deixei morrer por descuido ou por negligência. Essas flores representavam meus sonhos, cada um deles, os mais alcançáveis e os mais loucos, mas todos no mesmo grau de importância.

Algumas dessas flores foram cuidadas com amor, cresceram e viraram realidade. Outras, por qualquer razão, deixei de cuidar, deixei morrer. Mas não são só sonhos, são também pessoas. Algumas, a gente simplesmente deixa pra lá, mas com outras não tem jeito de só deixar morrer, temos que ter decisão firme e arrancá-las como fazemos com as ervas daninhas de nossos jardins reais. Se as deixarmos, elas alastram, contaminam as flores que queremos ver viçosas, exuberantes.

Das sementes cuido com especial devoção. Elas crescem sozinhas, irrompem à terra e alcançam a luz, mas quando brotam, dedico-me a elas de corpo e alma. As sementes do meu Jardim Fechado são as pessoas das quais não quero me despedir, são os meus sonhos mais bem sonhados, são as respostas ainda novinhas daquilo o que plantei ao longo desses vários anos cultivando um jardim.

Desejo que você entre nesse jardim, que atravesse corajosamente os seus portões e que possa se sentir à vontade nele. Faça daqui também o seu lugar de repouso nas horas em que o corpo estiver cansado e o espírito machucado. Que ele lhe seja o que é pra mim, lugar de pouso e reabastecimento!

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Conteúdo desenvolvido por: Renata Kindle   
Psicóloga clínica e hospitalar (crianças, adolescentes, adultos, casais e família); autora de alguns textos e artigos. Desenvolvedora de um trabalho piloto sobre a atuação das emoções no corpo físico, que se realiza com grupos de oficinas terapêuticas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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