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JESUS

Atualizado dia 3/23/2007 11:14:41 PM em Autoconhecimento
por Christina Nunes


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Se estudamos Suetônio e outros autores do período clássico, ao lermos sobre a vida de Nero, por exemplo, nos deparamos com a maior facilidade com passagens que mencionam as legendárias perseguições sofridas pelos cristãos. É baseada nisto e noutras referências que julgo, no mínimo, surreal a alegação de Jesus não ter existido, aventada por alguns que, de seu lado, não oferecem provas concludentes desta assertiva.

Há coisa de uns três anos atrás, a propósito de algum artigo meu publicado, me escreveu alguém relatando algo que, a princípio, me soou absurdo. Hoje, contudo, encaro tal relato apenas como fator instigante e merecedor de pesquisa de quem se disponha a averiguar e obter pessoalmente, a partir desta averiguação, conclusões pessoais sobre o assunto. O leitor contava que há anos vinha alertando um monte de gente sobre o que, se de fato detivesse apenas mínima porcentagem de veracidade, poria toda uma civilização abaixo. Justamente a civilização estruturada sob os preceitos do cristianismo.

Falava de um senhor suíço, um tal de Billy Meier. Forneceu-me o site oficial sobre ele - em língua inglesa e o único disponível. É um homem controvertido nos meios ufológicos em virtude de suas fotos impressionantes de ufos e de suas revelações acerca de seus supostos contatos com os pleiadianos. Mais polêmica ainda, entretanto, é a alegação de que o tal Meier é a reencarnação justo daquele que esteve entre nós, há dois mil anos, sob a personalidade de Jesus Cristo; e de que o tal Meier afirma que nunca - mas nunca! - fundou qualquer religião que fosse, nem possuiu qualquer ligação voluntária com o conteúdo dos quatro evangelhos oficiais; e são arrematadas as bombásticas revelações deste leitor, que se faz um porta-voz do tal Meier no Brasil, com o envio de um controvertido texto intitulado "O Talmud de Jmmanuel", que traria o conteúdo genuíno do que por Jesus de fato teria sido empreendido naqueles tempos, pondo por terra tudo o que até hoje foi estabelecido pela religião cristã institucionalizada pelo Vaticano.

O texto do tal Talmud espinafra, literalmente, todas as correntes religiosas surgidas no decorrer da história e dos séculos pós-Cristo. Ressalta que muito pouco sobra de verdade no terreno mesmo da ufologia, já que o próprio Billy Meier menciona que raríssimos são os documentos verídicos sobre o assunto; mais raríssimas ainda as pessoas que, de fato, possuem o tipo de sensibilidade adequada para obter contato com civilizações extra-terrestres - incluindo-se, aí, todo o repertório acerca de mediunidade e canalização, atrelado ao envolvimento com a própria Espiritualidade, como o conhecemos hoje.

Cheguei a escrever-lhe um respeitoso e-mail, argumentando que, de dentro da minha franca ignorância no que a este senhor diz respeito, contudo, vinham-me dúvidas honestas sobre se a procedência de todo aquele ataque contundente às expressões da religiosidade desenvolvidas no decorrer dos séculos poderia, de fato, ter partido de um homem que fora Jesus Cristo; e que hoje, reencarnado, mantém contato direto com pleiadianos - do que se deduziria, daí, um porte espiritual no mínimo superior que, todavia, não parece refletir, contraditoriamente, um mínimo de entendimento e de tolerância para com os degraus evolutivos das massas reencarnadas no orbe, avançando espiritualmente segundo o seu momento e gradual percepção das coisas divinas.

De toda aquela algaravia, contudo, meus leitores, impressionou-me fundamente, porém, o Código Ético transmitido pelo texto do tal Billy (sobre quem há livros de variadas autorias, estranhamente, nenhum publicado no Brasil). Porque, debaixo de uma fria análise e sob o mais reto alcance de consciência, é de uma sublimidade à toda prova! Começa referindo-se a Deus como, mais acertadamente, A Criação. E prossegue com estas máximas, dentre outras:

"Não há olho igual à sabedoria, não há escuridão igual à ignorância, não há poder igual ao poder do espírito e não há terror igual à pobreza de consciência."
Do "Talmud de Jmmanuel", Capítulo 26, Verso 27

"Em verdade, eu vos digo: alcançareis justiça somente quando a tiverdes encontrado vós mesmos e tiverdes feito vosso semelhante humano tê-la compreendido”.
Do "Talmud de Jmmanuel", Capítulo 5, Verso 26

"Jesus sobreviveu à crucificação e não passou pela ressurreição".

"A ressurreição é um conceito falso, mas a reencarnação é um conceito verdadeiro."

"Jmmanuel (nome correto de Jesus, meu grifo) não veio absolutamente salvar a Humanidade de seus "pecados".

"Ao invés de ensinar o perdão dos pecados por um Deus, Jmmanuel enfatizou que aprendemos através de nossos erros."

"Ele não era absolutamente o Filho de Deus ou divino, e seu nome não era e nunca foi Jesus. Mas não está claro o porque do "Talmud de Jmmanuel", em sua forma original de pergaminhos em aramaico, ter sido tratado como herético para o Judaísmo pelos altos oficiais."


Entrei no link mencionado pelo leitor que me contatava com estes comentários surpreendentes; li, baixei o pdf do tal Talmud e, francamente, fiquei entre profundamente intrigada com todas as implicações grandemente conflituosas em tais escritos, e revoltada, em outro tanto, por tão avultado grau de intolerância contido num texto pretensamente votado a elucidar os seres quanto à luz espiritual presente, antes de tudo, em si mesmos. Visitei o site em inglês de Billy Meier e olhei bem aquela fisionomia...

Confesso: de tudo o que tanto me chocou, e a respeito do que pude refletir após este tempo, me ficou o cerne do Código de Ética Cósmica contido no tal Talmud... indubitavelmente divino e digno mesmo de uma consciência de elevadíssima estatura evolutiva...

Sobretudo, no entanto, e de dentro da simploriedade de espírito que ainda me caracteriza a alma, resta-me, nestas épocas do ano nas quais muito se fala em ovos de chocolate ou em Papai Noel, a convicção de um Jmmanuel, ou Jesus - quem tenha sido! - sentado, nalgum tempo, sobre as pedras às margens floridas dos córregos tranqüilos, falando-nos sobre a santidade da Vida presente em toda parte e da adoração absoluta a ela devida em todo o Universo. Falando-nos do Amor como a fonte de redenção absoluta em qualquer quadrante do Cosmos e da profunda reverência, em decorrência disso, que devemos desenvolver para com o próximo, para com Deus ou com o Criador, ou Criação, e para com os nossos próprios seres.

Ficou-me, estranhamente, a convicção de um Jesus real e mais verídico, e de excelsitude inegável, sim... mas amante, sobretudo, da Verdade última e maior da Vida, presente no cerne de cada coisa e cada ser, em sua eternidade... Porque desde muito antes de há dois mil anos já entendia e realizava em si mesmo o que até o presente momento, na turbulência angustiosa dos nossos dias, ainda lutamos por conquistar.



Com amor,


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Conteúdo desenvolvido por: Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
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