Lealdades Inconscientes e Ancestralidade




Autor Rafaela Machado
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/5/2025 11:47:11 PM
Esse é um tema que está muito em voga nos dias de hoje, acredito eu por ser uma necessidade de nossa humanidade se autoconhecer, para romper com os padrões repetitivos, automáticos e inconscientes, que nos comandam sem sequer nos darmos conta.
Muito mais do que as meras semelhanças físicas que herdamos de nossos ancestrais, herdamos também algo invisível aos olhos nus, porém, cheio de vida e força, que são conhecidos como campos morfogenéticos, que são campos vibracionais, cheios de informações de nosso sistema familiar. Sem muitas vezes termos consciência vamos reproduzindo as mesmas estórias porém com personagens diferentes, as lealdades inconscientes. E sim, elas não são conscientes, mas nos influenciam e nos impulsionam, recontando as estórias vividas pela nossa ancestralidade. Principalmente as que desconhecemos e estão guardadas a muitas chaves, chaves essas que possibilitam a libertação desse mesmo campo familiar.
Tudo o que foi reprimido, calado, oculto e colocado no armário como um tabu em gerações anteriores, os tais "segredos de família", na maioria das vezes relacionados a traumas, ficam guardados esperando para vir à luz, à consciência. o que normalmente vem com força nas gerações seguintes. Quem não ouviu frases como: "O que uma geração cala, a outra exprime" ou "O que é calado na primeira geração, a segunda carrega no corpo" de Françoise Dolto, Pediatra e Psicanalista Francesa. O silêncio tem muito peso e informação energética. É preciso falar, trazer à consciência, para que não se repitam. A verdade liberta! E, acreditem, quando tomamos consciência, o sintoma desaparece.
Precisamos aprender a olhar para dentro, para as informações que nosso campo traz e também olhar para trás e conhecer as estórias de nossos ancestrais. Eu gosto muito de trazer minhas experiências pessoais, afinal foi o que eu vivi. Eu quando fiquei grávida, tanto do meu primeiro filho como do meu segundo filho, eu tinha muito medo de morrer no parto, muito mesmo, um medo que nunca tinha tido, que parecia ter sido acordado dentro de mim, na hora do parto era um desespero, eu não falava para ninguém, e de fato quase morri no primeiro. apesar desse ser um medo sem fundamento aparentemente, eu não conhecia casos da minha família que pudesse associar a esse trauma específico. Porém, exatamente 22 anos depois, tive acesso às estórias da minha ancestralidade Italiana, e descobri que minha tataravó morreu no parto, em um navio de imigrantes que fazia a rota Itália- Brasil. Confesso que no momento em que soube, algo dentro de mim compreendia o porquê de todo aquele temor, inconscientemente eu estava revivendo a estória da minha tataravó, aquela memória ancestral. Porém, ao tomar consciência, me trouxe uma imensa leveza, acredito que não só para mim, mas para todo o campo do meu sistema familiar.
Outro caso muito marcante na minha vida, aconteceu no ano de 2018, quando eu incorporei a primeira vez e em casa. Confesso que foi algo bem assustador em um primeiro momento, pois eu nunca imaginei que eu era médium de incorporação, e que aos 37 anos seria a minha primeira experiência. Desde muito nova, eu sempre tive uma conexão com a espiritualidade e também com os guias da Umbanda, mesmo nunca havido participado de nenhuma casa até então. Eu já tinha ido em algumas festas, mas, bem poucas na verdade. Porém, minha alma, sentia uma imensa familiaridade e conexão. Logo depois, comecei a frequentar e me desenvolver em um centro. No ano da pandemia, eu fui fazer um curso com uma Peruana, uma mulher medicina, que me incentivou a mergulhar na minha ancestralidade, e me dizia que minha maior medicina viria dali. Bom, eu realmente mergulhei e descobri que meu avô materno, tinha um Centro de Umbanda dentro de casa, isso me foi confirmado pela Federação Espirita Paraibana, pois eu achava até então, que o centro era Espírita. Eu não conheci pessoalmente meu avô, nem a minha mãe o conheceu. Mas, tivemos a oportunidade de ir algumas vezes para lá e conhecer um pouco da nossa estória.
E, não para por aí, eu comecei a perceber que essas lealdades inconscientes são muito mais frequentes do que podemos imaginar. E, se estivermos abertos a nos autoestudarmos, observarmos as nossas tendências, nossos impulsos e o que nos acontece, iremos conscientemente compreender que ali existe uma mensagem sendo passada, e que está pronta para ser vista, "tirada do armário", pois nada é por acaso.
Um abraço queridos,
Texto Revisado









Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rafaela Machado Sou Consciência, mas estou Mulher, Mãe, Pedagoga fora da caixa, Terapeuta Integrativa, Alinhadora Energética, Regida pela Lua, Filha da Terra, Guardiã do Ventre e Facilitadora de Processos Inconscientes. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |