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Mensagens e mensageiros

Atualizado dia 9/26/2014 11:18:10 PM em Autoconhecimento
por Adriana Garibaldi


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A vida está cheia de mensagens e sincronicidades.
Respostas às nossas preces sempre nos chegam de forma muitas vezes surpreendente e inesperada.

Hoje foi um dia assim, significativamente surpreendente.

Fui andar pela manhã, como o faço habitualmente e, ao retornar para casa, detive-me à frente de uma cafeteria onde costumo fazer uma parada para tomar um café.

Uma mocinha atendente, que nunca tinha visto antes, alcançou-me a xícara de café, e perguntou:
- Está triste hoje?

Olhei para ela surpresa, como se as suas palavras me despertassem de um transe.
- Triste? ... Sim, acho que estou triste.

- Não fique triste. Não se importe tanto com as pessoas que não se importam nem um pouco com você. Sabe? Muitas vezes nos importamos demais com os outros. Pare de se importar tanto e eles começaram a prestar atenção em você.

Fiquei pasma, sem entender ao certo de onde vinha tanta sabedoria numa garota quase adolescente e fazendo um esforço para conter as lágrimas que quase escapavam de meus olhos, respondi.

- Obrigada, minha querida, isso que você disse agora era tudo o que precisava ouvir, você é muito intuitiva, sabia? Continue assim, falando aquilo que você vê, porque muitas pessoas precisam ouvir o que tem a lhes dizer.

Sentei à mesa e enquanto bebia o meu café fiquei olhando para ela, sempre sorridente atendendo as pessoas.
Uma menina simples, de toquinha e avental, tão aberta ao sentir dos outros, as lágrimas por detrás de um sorriso que a gente mostra para o mundo, enquanto a nossa alma às vezes, chora.
Incrível, pensei, tem gente capaz de nos ver de verdade, de ouvir nossos sons internos, nossos pedidos de respostas, e não se omitem em passar o recado, transmitir as palavras que o universo quer nos enviar pelo seu intermédio, para nos acordar de alguma maneira das ilusões em que nos perdemos.

- Qual é o seu nome, meu bem? Perguntei enquanto devolvia para ela a xícara vazia.
- Katty, meu nome é Katty!
- Obrigada Katty pelo café e também pelo recado.

No entanto, em dias reveladores como hoje, no qual o universo fala, mais um recado foi-me transmitido.
Peguei o meu carro porque tinha hora marcada com o médico e como já estava atrasada, na pressa, ao sair da garagem do prédio, não percebi a proximidade de um outro veiculo, que foi obrigado a realizar uma freada brusca para não bater no meu. O motorista assomou a cabeça para fora da janela e gritou desarvorado.

-Você está cega!!! Está precisando de óculos!!

-Desculpe não vi! Disse num gesto.

Então, mais uma ficha caiu ...e vi sem precisar de óculos aquilo que era mais um recado, percebendo o quanto a gente se engana, o quanto a gente cria imagens irreais de pessoas ou de fatos e trabalha em cima deles, imaginando relacionamentos de amizade ou de afeto que em realidade nunca existiram, a não ser na nossa imaginação.
Empatias ilusórias, ilusões capazes de promover muito sofrimento em nossas vidas, precisando de um alarido a gritar em alto e bom tom para nós, fazendo-nos enxergar aquilo que sempre esteve à frente dos nossos olhos, mas, que nos negávamos a ver, por medo de perceber a rejeição no outro, e fazemos de conta que essa rejeição não existe, obrigando o universo a soltar o verbo e gritar frases como aquela. Você está cega!!! Está precisando de óculos!!
Contudo, não precisamos de óculos, somente de um olhar mais atento para perceber principalmente os pequenos gestos que as pessoas fazem, enquanto não estamos olhando de frente para elas, gestos que não são capazes de disfarçar a verdade daquilo que em realidade sentem, mas que, na maior parte do tempo, nos negamos a ver, porque não queremos o sofrimento que pode nos causar.

Hoje foi um dia particularmente revelador, mas não tinha acabado por aí, e um último recado foi-me dado.
Parei o carro alguns metros à frente da porta do consultório médico e enquanto andava pela calçada em direção ao prédio, uma senhora idosa, aparentando uns oitenta e poucos anos que vinha no sentido contrário ao meu, de repente se deteve à minha frente e olhando-me firmemente nos olhos, disse:

- A gente ama!!

Ao que respondi.

- Verdade!!! A gente ama, e às vezes isso é um problema. Não deveria, ... Mais é.

Muita coisa num único dia, ...vocês não acham?
É para se pensar.

Sem dúvida, um dia de encontros surpreendentes, que me fez perceber que não estamos sozinhos, que a vida está cheia de mensagens e seus mensageiros, e que às vezes é preciso somente olharmos para ela com abertura e confiança, sabendo que as nossas preces, principalmente em busca de respostas, são sempre ouvidas e as respostas chegam e nos são encaminhadas, às vezes por intermédio de uma menina de nome Katty, de um motorista nervoso, ou de uma anciã, que nos pára no meio da rua.

Compreendi, então, que por detrás de todas elas, pessoas anônimas, os nossos anjos ou guias, enviam-nos a palavra certa, a mensagem oportuna, os alertas necessários, percebendo com gratidão que somente é preciso confiar e esperar, que as respostas chegam... e como chegam!!

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