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MULHER OU ESPOSA?

Atualizado dia 5/22/2007 6:11:19 PM em Autoconhecimento
por Margareth Maria Demarchi


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Olá! Hoje descrevo dois casos para você analisar junto comigo.

Luiza era uma senhora de quase 50 anos que chegou com uma queixa: ninguém reconhecia o seu valor e que por anos se dedicou aos filhos e ao marido. Agora ela sente que pode morrer e ninguém vai se importar.

Luiza, a cada processo de terapia, percebia mais claramente o quanto deixou de realizar suas vontades, direcionando o seu tempo para os filhos e o marido. Luiza tinha essa forma de pensar porque foi dessa maneira que ela conseguiu obter atenção e valor da sua mãe, pai, namorado e outros e até durante a fase em que os filhos eram dependentes foi muito bom. Sentia bem e acreditava no seu valor. Quando os filhos cresceram, não queriam mais a proteção da mãe e muitas vezes a destratavam porque queriam liberdade para serem eles mesmos, ela começou a ficar muito desapontada com tudo na sua vida.

Luzia, através do processo terapêutico, começou a ter clareza sobre os seus comportamentos de dar atenção e manter os filhos e o marido sobre o seu controle. Sempre procurou ser uma esposa e mãe dedicada. Com essa situação seu lado mulher ficou guardado, porém ela começou a achar que o marido tinha outra pessoa. Quando perguntei como seria essa mulher, ela descreveu em detalhes, apesar de nunca ter conhecido essa suposta mulher do marido. Eu disse a ela que essa mulher era ela mesma. E ela concordou desanimada.

Esse caso mostra bem o quanto a mulher consegue desenvolver melhor o papel de esposa do que de mulher. Durante anos ela foi educada para ser esposa e a condição mulher ficou guardada. Mesmo hoje, com a liberdade sexual, as garotas ainda são mais esposas, ou seja, cuidam do namorado, mas ainda têm dificuldades de romper o medo para expor suas vontades e serem mulheres livres para amar.

No caso da Luzia, percebemos que a figura feminina passada pela mãe era de cuidar para ser amada. Nesse outro caso iremos abordar uma mãe que pela visão da filha competia com ela pelo amor do pai.

Beatriz é uma pessoa amável e bastante simpática. Uma mulher delicada e de traços suaves. Sempre estava pronta para ajudar. Era uma mulher que chamava atenção pela forma como se comunicava. Beatriz tinha algumas experiências de infância com a mãe, onde ela a percebia deixando-a sozinha e com medo. O pai era muito carinhoso e a tratava com muito mimo. A mãe de Beatriz ficava com inveja da filha. Beatriz fazia de tudo para encantar o pai, mas a mãe tinha uma certa dificuldade. Beatriz foi criada em um ambiente de competição entre pai e mãe, sendo que os dois se destratavam. A mãe descobre que o marido a traiu. Depois desse fato a mãe ainda manteve a união com o marido, mas sempre em situação de conflito entre os dois.

Beatriz, aprendeu a encantar, mas não aprendeu a se amar. A figura de mulher para a menina é a mãe. Nessa situação Beatriz aprendeu a encantar o pai, mas não conseguiu amar a mãe, pois tinha dificuldades com ela. Tornou-se uma mulher atraente que sabia da sua capacidade de encantar, pois teve essa experiência com o pai, porém não teve sucesso no casamento, e depois com os namorados, por acreditar que a qualquer momento eles poderiam traí-la.

Ela começava um relacionamento e quando percebia que o rapaz estava encantado, criava uma situação ou encontrava alguma forma de romper o relacionamento. Beatriz sofria muito quando terminava, sendo nessa hora de falta ela entendia como amor. Às vezes retornava o namoro, mas depois terminava.

Quando conversamos ela começou a ter consciência de que tinha dificuldades em se amar como mulher, que controlava a situação com o namorado. Ficava tentando pegar algo suspeito nas conversas. Brigava com ele, quando ele não ligava. Criava conflitos por situações banais, para saber se ele a iria procurar. Muito ciumenta, a todo momento testava o comportamento dele.

Com toda essa preocupação, Beatriz inconscientemente desejava ficar nessa situação de insegurança, pois só assim ela sentia o amor. Quando o namorado dava muita certeza desse amor ela perdia o encanto, sendo esse o motivo de escolher namorados emocionalmente imaturos, pois ela mantinha um poder sobre eles.

Beatriz, queria ser uma mulher de destaque, mas no seu íntimo carregava um conflito de não ser boa o bastante; e assim, mantinha uma atração por homens imaturos para alimentar o seu ego de poder, mas continuava insegura. Ela tinha que resgatar a mulher que ficou comprometida pelo tipo de relacionamento que teve com a mãe,passando a compreender e perdoar sua mãe, porque sua mãe também carregou seus pensamentos com as experiências passadas com seus pais.

Como diz uma frase bíblica “O bom filho à sua casa sempre retorna”. Temos que entender que carregamos muitos sentimentos e emoções por experiências com os nossos pais. Assim, temos que ser realista sobre os nossos sentimentos e o quanto também envolvemos pessoas de forma não muito positiva, sendo que sempre nos justificamos dizendo que temos nossas razões. Portanto, Perdoe-se sobre suas falhas e perdoe seus pais e outros. Perceba que erros e acertos faz parte do aprendizado de todos nós.

Comece a desatar o nó que a mantêm presa às desilusões com seus pais. Quando conquistar sinceramente o amor de seus pais estará livre para viver uma vida sem controle. O controle se instala quando existe um conflito entre quem sou e o que eu gostaria de ser. Se você tem que ser diferente do que realmente é, normalmente será insegura e manterá o seu comportamento em estado de alerta sobre os outros. Não consegue ver qualidade em si, pois se compara constantemente com os outros. Tenderá a ter uma atitude superficial e controladora com os outros.

Seja fiel a você mesmo e aprenda a se amar pelo que é. O mais importante é ter clareza do porque se deixa atingir pelo que o outro diz. Olhe-se de frente e veja o que você precisa fazer para ser feliz e corra atrás; assim saberá que poderá alterar tudo em sua vida, desde que queira.

As escolhas são feitas por nós e temos responsabilidade por essas escolhas, apesar de muitas delas estarem ligadas a experiências passadas. A forma de como você vê o seu pai ou mãe irá influenciar na sua escolha de homem ou de mulher, pois se ainda encontrar dificuldades de amá-los, sua alma buscará pessoas com as caracteristicas do seu pai ou da sua mãe para poder completar esse amor.

Deve entender que tem que começar encarando de frente seus sentimentos, sabendo que tudo o que acontece é resultado dos seus pensamentos e escolhas. Como diz na música cantada por Rita Lee, onde ela diz "Amor vem de nós e demora". Quando conquistar o seu amor em ser mulher ele se manterá eterno.

Texto revisado por Cris


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