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Não existem afrodescendentes

Atualizado dia 7/22/2014 3:39:52 PM em Espiritualidade
por Mauro Kwitko


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Há algum tempo iniciou, aqui no Brasil, por parte das Universidades, uma saudável iniciativa de dedicar uma certa parcela de matrículas aos chamados afrodescendentes, mas o que são afrodescendentes? Se nós olharmos pela cor da pele, são mesmo descendentes dos africanos trazido para cá para serem escravos dos donos das moedas daquela época, mas se olharmos pelo prisma reencarnacionista, são Espíritos que nessa atual encarnação vieram nessa cor de pele. Podemos dizer que todos os atuais negros são afrodescendentes? Quantos deles já foram brancos em outras encarnações? Quantos brancos já foram negros em outras encarnações? Os negros “são” negros ou “estão” negros? Eu “sou” brasileiro ou nessa atual encarnação, nasci no Brasil? Já me vi em uma encarnação anterior, um escritor russo, e eu era russo ou tinha encarnado naquele país? Na encarnação anterior, eu fui um mendigo, hoje sou médico. Em outra, mais antiga, eu era negro, hoje a minha “casca” é branca.

Se o Bush reencarnar iraquiano, vai atacar os Estados Unidos, um judeu que não gosta de árabes; se reencarnar árabe, não vai gostar de judeus, um branco que não gosta de negros; se reencarnar negro não vai gostar de brancos; um brasileiro que não gosta de argentinos, se reencarnar argentino, não vai gostar de brasileiros. Não existem afro-descendentes, os negros de hoje são Espíritos reencarnados nessa cor de “casca”, em encarnações anteriores sua “casca” teve outra cor e nas futuras isso irá acontecer.
Trabalhando com a Psicoterapia Reencarnacionista e a sua ferramenta, a Regressão Terapêutica, há uns 20 anos, cerca de 10.000 pessoas regredidas, tenho escutado muitas histórias de vidas passadas e nelas as pessoas enxergam-se de várias cores de pele, várias nacionalidades, várias condições sociais, etc. O que a Reencarnação ensina, e cerca de metade da população mundial é Reencarnacionista, é que existe uma identidade comum a todos nós, espiritual, mas os rótulos das nossas “cascas” nos iludem e nos afastam uns dos outros, provocam discriminação, racismo, violência e guerras. É o que os orientais chamam de Maya, e que nós chamamos de “ilusões dos rótulos das cascas”, entre elas está a ilusão de termos uma nacionalidade e uma cor de pele.

Então, não existem “afro-descendentes”, e sim pessoas que vieram com essa cor de pele por desígnios que apenas a Deus compete saber a finalidade, como não existe “brasileiro” e, sim, pessoas que nasceram nessa encarnação aqui no Brasil, como não existe “americano”, “iraquiano”, afegão”, etc., e sim, pessoas nascidas nesses países nessa vida atual. Também não existe “o povo judeu” e nem “o povo árabe”, são pessoas que nasceram em Israel ou reencarnaram em famílias judias e pessoas que nasceram em países árabes ou nasceram em famílias árabes em outros países.

Percebam o potencial igualitário e solidário que a noção reencarnacionista pode trazer para a humanidade, quando todos entenderem que os rótulos são apenas isso, verdades aparentes, temporárias, que nós somos todos filhos de um Todo, do Um, de Deus, dessa Grande Neutralidade, que somos todos irmãos, e que o que nos afasta são esses rótulos. Um negro e um branco, após desencarnarem e chegarem ao Mundo Espiritual, o que são? Dois Espíritos, iguais, sem cor de pele (e sem pele...) e lá entendem que caíram nas malhas da ilusão da separatividade e dos rótulos. Uma pessoa rica e uma pessoa pobre ao voltarem para Casa, o que percebem? Que eram iguais, afastados por rótulos sociais de uma falsa hierarquia monetária. Um judeu e um árabe, ao final da jornada terrestre, chegam ao Mundo Espiritual, continuam judeu e árabe? Assim consideravam-se quando aqui na Terra, de volta para Casa são iguais, de nenhuma raça nem religião, apenas retornando à raça primordial e à Religião Divina, igualitária e comunitária. Um americano e um iraquiano, ao final da vida, encontram-se lá no “céu”, o que são? Irmãos de Fé verdadeira, do Amor Divino.

Não existem “brancos”, “negros”, “nacionalidade”, “raças” e outros rótulos ilusórios, temporários, o que existe é que somos todos iguais e devemos nos amar, nos respeitarmos, nos ajudarmos uns aos outros, darmos as mãos, trabalharmos juntos, comemorarmos juntos o fim das desigualdades e da violência criadas pela ilusão dos rótulos, e colaborarmos com Deus em Seu projeto para esse planeta, para que, em algum tempo, findo o período das trevas e surgindo a Luz lá no horizonte, adentrando em nosso coração, possamos todos nos enxergar como realmente somos, Seres de luz, Seres de puro amor, esquecidos de nossa condição divina, presos nas malhas das ilusões, cometendo atos dignos de crianças e adolescentes rebeldes e desobedientes, enquanto o nosso Pai/ Mãe aguarda, pacientemente, que cresçamos, nos tornemos adultos espirituais, e deixemos de lado essas brincadeiras perigosas e letais.
Como disse Divaldo Franco em uma palestra: “Grande parte das pessoas adultas necessita consultar com um psicólogo infantil”.

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