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Não me arrependo...

Atualizado dia 1/23/2007 10:08:59 PM em Autoconhecimento
por Roberto Perche de Menezes


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Não me arrependo de ter feito opção pela Vida.
Não me arrependo das orações que fiz, das músicas que ouvi, dos filmes que assisti nem dos livros que li.

Não me arrependo dos cigarros que não fumei, das drogas que não usei, das fofocas que não fiz.
Dos poucos porres que tomei, das piadas que contei, nem das que ouvi, não me arrependo.
Não me arrependo do filho que não tive, muito menos das filhas (maravilhosas) que tenho.

Das vezes em que ouvi, das vezes em que soube falar e, principalmente, das vezes em que soube calar, não me arrependo.
Dos filhotes que afaguei, das plantas que reguei aos beija-flores que alimentei.
Não me arrependo das amizades que tive, menos ainda das que tenho.

Não me arrependo dos gols que marquei, muito menos dos muitos que tomei.
Das vezes em que chorei (de dor, raiva ou emoção) nem das gargalhadas que dei.

Das crianças que acarinhei, dos idosos a quem sorri, dos jovens que saudei, não me arrependo.

Não me arrependo dos dinheiros que emprestei, nem dos que doei.
Não me arrependo das aulas que dei, nem das que assisti. Do professor que fui e, menos ainda, dos professores que tive. Dos livros que emprestei e não pedi de volta.

Das bocas que beijei e dos corpos que amei, não me arrependo.
Não me arrependo das crenças que tive, nem das que tenho.

Não me arrependo dos abraços, dos apertos de mãos e dos bons-dias que dei.
De ter sido traído ou de ter sido lesado, não me arrependo.

Das viagens que fiz, dos sonhos sonhados, das poesias decoradas, não me arrependo.
Não me arrependo por estar vivo, por ter devolvido o que não era meu e por aceitar o que mereci.
Não me arrependo dos perdões que concedi, nem da demora, às vezes, em concede-los.
Das caronas que dei e das que peguei, dos encontros, dos re-encontros e mesmo dos desencontros, não me arrependo.

Das vezes em que chamei por Deus, das vezes em que pedi ajuda, não me arrependo.
Dos impostos que paguei e dos que talvez soneguei, das alegrias, das dores, das frustrações e das emoções vividas, não me arrependo.

Das vezes em que disse não e das vezes em que disse sim, não me arrependo. Menos ainda das vezes em que disse talvez.

Disso tudo que me lembro, não me arrependo.

Texto revisado por Cris

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