Não podemos tornar simples o que é complicado
Atualizado dia 3/26/2006 4:46:25 PM em Autoconhecimentopor Bernardino Nilton Nascimento
Com a depressão amedrontando o futuro das pessoas, os psiquiatras, os psicólogos, as religiões e os estudiosos, se veem preocupados em encontrar uma solução rápida para os problemas disciplinares do cérebro, que têm como base os pensamentos e os seus sentimentos mal resolvidos.
A terapia de grupo vem trazendo ótimos resultados para a depressão e outros problemas da alma. Ao ver os problemas dos outros começamos a enxergar saídas para os nossos. Muitos acabam resolvendo os seus problemas praticamente sozinhos. Os problemas ficam pequenos quando, com sinceridade e sem constrangimento, são expostos ao grupo, com o acompanhamento de um profissional que coordena o tempo como mediador, fazendo as perguntas certas para não ferir os sentimentos envolvidos.
Para os sentimentos não há remédio, e somente com outro sentimento é que vem a cura. Não é fácil falar de Deus com quem está com fome. Primeiro temos que dar o que comer para depois falar em Deus. Talvez você consiga dizer que Deus existe e está do seu lado, você se faz um mensageiro que veio salvar uma vida. Este é o caminho que muitas religiões usam para conquistar seus fiéis, porém, ela não cura para sempre e nem vai salvar a humanidade.
Saber que os nossos problemas não são os únicos nem os piores nos causa uma sensação de bem estar momentâneo.
A depressão se instala na vida de uma pessoa por diversos motivos, e o medo é um deles. O medo é um dos piores venenos da humanidade. Sem a esperança do amanhã e sem saber viver o hoje, o agora, acabamos abrindo espaço para a depressão se intalar. A bebida, a droga, o consumo desenfreado e outros tantos exemplos acabam servindo de fuga para as pessoas que não conseguem encarar os seus problemas de frente ou procurar uma ajuda no momento em que mais deveriam.
O que os laboratórios fazem é disseminar as drogas, criando remédios e mais remédios para curar o problema da depressão. Esses remédios levam o paciente a uma viagem suave e que no fim acabam deixando as pessoas viciadas e precisando de doses cada vez maiores. Entre os laboratórios e os psiquiatras estão os deprimidos que, sem saber o motivo da depressão, ficam experimentando drogas fortíssimas.
Os psicólogos procuram buscar a verdade do paciente no passado, mais precisamente na infância, onde é a origem de todas as nossas angustias. Eles levam o paciente a uma viagem ao passado para dizer agora o que deveria ter sido dito naquela ocasião. Um tratamento da mente para a mente. Deixando de fora o coração, as decisões da nossa mente e os conselhos de outras pessoas pesam nas nossas decisões e nos nossos dons, que deveriam vir do coração e acabam vindo de fora, interferindo e nos levando a um futuro que não existe.
Temos o costume de viver a vida dos outros, dando opiniões, sem saber, no fundo, a verdade que cada um carrega desde o seu pré-destino (que ele mesmo escreveu). Temos que viver a nossa própria vida.
Vivemos no mundo dos pensamentos, onde o que se pensa hoje pode acontecer um dia. Não devemos dizer que é fácil tirar alguém de uma depressão ou de algum outro problema sem que a própria pessoa participe intensamente. Às vezes não adianta nenhuma ajuda. A própria pessoa tem que chegar ao fundo do poço e por ela mesma descobrir, diante da fé, a subida para uma vida melhor e mais feliz.
Temos muitos exemplos para acreditar na fé e na virada de nossas vidas, transcendendo do normal mentiroso e vivendo a verdade do coração. De fato, temos orgulho do que fazemos e por mais iluminado que se esteja aqui na Terra, temos nossas prioridades. Nenhum guru, nenhum médium, nenhum bispo, nenhum pastor, nenhum médico que conquistou um pouco do poder astral ou outros poderes, seja através de estudos ou dons, deixa de atender alguém famoso para atender um ser humano comum. É com orgulho que dizem que “fulano foi tratado aqui”. Eles sam esses artifícios para atrair mais adeptos, mais leitores, mais fiéis.
Não é tão simples como parece. Não é uma palavra nem um livro, não são as experiências que vão trazer a vida normal e alegre. O que pode ajudar a trazer alguém para a superfície de sua vida normal e alegre, são as trocas dos problemas entre si. Vivendo o agora, a troca de aprimoramentos e experiências vão fazer com que as pessoas sejam úteis e tentem resolver os seus problemas, procurando ajudar a encontrar as soluções do grupo sem mudar a história de cada um. Na procura de ajudar ao próximo, vamos encontrar a saída para os nossos problemas. Ajudando, seremos ajudados e desejando a felicidade do próximo é que seremos felizes. O universo e o coração se entendem bem. A terra e o pensamento também se entendem bem. Faça uma reunião com esses quatro poderes e procure viver o agora. Seja o Sol para as pessoas e a Lua será você. É o reflexo da luz do Sol que vai refletir e iluminar sua vida, sua Lua.
A depressão pode ser uma doença de falta de carinho de uns com os outros: vizinhos que não se falam, colegas de trabalho que não se entendem, falta de carinho na família, o desrespeito aos mais idosos, às crianças e a ausência do amor verdadeiro que a juventude tanto anseia. São tantos os medos que deixamos de consultar o coração. A mente entra e coloca a preguiça na frente, deixando o agora para amanhã, que não existe. Então, vão se acumulando pequenos problemas internos até se formar um problema maior, que toma a forma da depressão.
Queremos viver alegres e passar a alegria para o outro. Somos interligados por ondas magnéticas e o que desejamos para os outros estamos desejando para nós. Por isso somos todos um, unos na verdade, unos na mentira, unos no bem, unos no mal. Somos fortes e podemos mudar tudo de ruim que acontece, mas temos que ter mais calor humano. Devemos ser mais verdadeiros e usar mais o coração nas horas das decisões
BNN
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