NÃO SE DISTANCIE ... DE VOCÊ !!!
Há alguns anos atrás ela esteve em meu consultório. Sua queixa era ter sido “abandonada” pelo marido.
Joan era um misto de mágoas, raiva e medo; não pela perda, por ter sido abandonada; na verdade, seu relacionamento já vinha sendo desgastado há muitos e muitos anos; não havia diálogo, somente a sua vontade era exercida; autoritária, mandava e desmandava no relacionamento. O inevitável ocorreu: a separação. Ela estava perplexa! Como aquela pessoa, fraca, tímida, sem opinião, poderia tomar uma atitude daquelas em relação a ela, simplesmente deixando-a por outra pessoa?
Na visão de Joan o marido estava completamente errado; mas na visão do relacionamento em si, ela havia providenciado o distanciamento progressivo e aí estava o resultado de suas rígidas atitudes. Assim mesmo ela continuava atrapalhando a felicidade do marido; não o deixava em paz. Não que ela quisesse que ele voltasse para ela. Na verdade, ela não “admitia” que ele tivesse tomado a frente dessa decisão de ir embora.
A cada vez que via Joan, observava a raiva em seus olhos, disfarçada de auto-piedade; ela não percebia que era hora de deixar ir, de renovar e começar de novo; ela não percebia que tanto fazia o que as pessoas diriam dela, mas sempre se preocupava com o que os outros falavam; para ela era o fim do mundo saber que as pessoas a caracterizavam como uma mulher abandonada pelo marido. Eu a ouvia a cada sessão e ficava impressionado com o tamanho do orgulho, raiva, mágoas e ressentimentos que estavam sendo formados dentro dela; era uma dimensão insuportável. Por mais que ela soubesse que havia errado, que estava errando, continuava e não mudava seu aspecto negativista. Minhas armas para auxilia-la estavam se esgotando.
Num fim de semana a convidei para fazer um curso que eu estava ministrando. Após dois dias intensos de dinâmicas e informações, o inevitável ocorreu; quando estávamos finalizando o curso, trouxe duas pessoas especiais para abraçar cada aluno; eram parentes - pais, filhos, irmãos, esposo ou esposa - e finalizamos com um "eu te amo".
Jamais vou esquecer o semblante de Joan quando seus pais entraram na sala. Ela não os via há algum tempo. Um brilho surgiu inexplicavelmente. Seu pai chegou perto e abraçou-a dizendo: "Nós estamos aqui porque sempre te amamos." Sua mãe a acariciou com todo o cuidado.
Naquele instante Joan se sentiu querida pelo que era e resolveu mudar; resolveu se libertar da dor e do sofrimento que ela mesmo se impunha e ao seu ex-marido. Percebeu que realmente estava errada, que seu comportamento estava baseado em uma Joan sem amor-próprio, controladora e exigente, do mesmo jeito que foi criada; mesmo assim, seus pais a amavam, mas ela estava distante de si mesma por anos.
Não sei ao certo o que aconteceu com Joan; nunca mais a vi. Certamente aquele dia deve te-la tocado de uma maneira ímpar e feito um milagre de transformação. Às vezes, o que precisamos é entender que nunca estamos abandonados, se continuarmos com nós mesmos, continuarmos ligados com nossa essência, se não nos separarmos daquilo que realmente somos.
Vale a pena rever seu momento. Simplesmente lhe ofereço uma técnica: deixe ir. Deixe irem as pessoas que não cabem no seu círculo de domínio, pare de dominar. Comece por amar; quando amamos simplesmente queremos o melhor para o outro. É como sempre digo: quando se ama, não há necessidade de perdoar. O milagre da transformação pode ser sentido por você. Apenas esteja aberta.
Dr.Paulo Valzacchi
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Texto revisado por Cris
Publicado dia 16/1/2007






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