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Ninguém é igual...

Atualizado dia 6/20/2007 1:17:47 PM em Autoconhecimento
por Maria Silvia Orlovas


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Conversando com uma amiga, observei uma reação estranha dentro de mim quando ela soltou a seguinte frase se referindo à convivência com sua família: “Ninguém é igual...”
Aquilo soou forte, pois já há algumas semanas estava pensando sobre perdão, sobre relacionamento entre pessoas, sobre amor e troca e da dificuldade de acessar o perdão quando vivemos situações de estresse e traição. Refletia sobre o significado da traição e de quando nos sentimos traídos e por que. Claro que algumas respostas são básicas e simples, pois todos nós sabemos muito bem entender uma traição. Sabemos identificar quando alguém mente ou oculta alguma coisa, quando oferecemos algo muito bom e o outro nos despreza. Enfim, todo mundo sabe quando o relacionamento nos decepciona. Mas nos decepcionamos por quê?

Sou obrigada a dizer que é devido a criarmos expectativas erradas sobre o outro. Muitas vezes até manipulamos a visão que temos das pessoas para adaptar aos nossos sonhos e imagens internas; enfim, inventamos o outro.
Os Mestres de Luz ensinam que as pessoas vêm para nossa vida como elas são, mas nós as interpretamos e, sob o efeito da ótica do amor, costumamos maximizar as qualidades e encobrir aquilo que nos desagrada.
Óbvio, isso não é um processo consciente, pois queremos tanto que o amor dê certo e acabamos nos precipitando no caminho sem volta de conhecer o outro.

Roberta, casada há mais de dez anos e com dois filhos, queria entender mais de si mesma e ver o que existia de kármico no seu relacionamento, pois sentia que dava muito mais atenção para o marido do que ele oferecia a ela. Por esse e por outros motivos, que não cabem colocar aqui, ela se sentia muito magoada e nem sabia mais se o amava.

Vimos em vidas passadas que ela era uma mulher forte, determinada em manter a família unida e dar de comer para os filhos. Ela e o marido, imigrantes italianos vieram para o Brasil trabalhar numa fazenda de café. Depois de algum tempo, em meio a muitas privações, ela percebeu que o marido e a vizinha estavam tendo um caso, mas não se manifestou, pois não tinha o que fazer. Ela era refém da situação, não tinha como manter os filhos longe daquele homem... Então, fez vista grossa para o assunto. A história teve outros envolvimentos, mas ficou claro que ela propositadamente passava por cima de si mesma para preservar aquilo de útil, ou necessário na relação.

Conversamos muito sobre valores, perdão, viver junto ou bancar a separação. Ela carregava muitas dúvidas. Hoje, ao contrário da vida passada de pobreza, ela era uma empresária bem sucedida, trabalhava muito e a vida estava lhe trazendo retorno positivo e a prosperidade material. O que estava em pauta era de fato entender se valia a pena investir na relação.
Neste momento, lembrei da minha conversa informal com aquela amiga que disse que ninguém é igual, e conduzi o pensamento para este lado.

Roberta comentou que via os comportamentos negativos do marido, mas que procurava não se importar com isso. Espiritualizada e dedicada ao autoconhecimento, já havia tentado convencer seu marido a seguir pelo mesmo caminho, mas ele sempre desistia tendo feito algumas coisas apenas para agradá-la.
Roberta chorou muito pensando no tempo que investira na relação, nos dois filhos e em si mesma, por que muitas das expectativas frustradas pesavam nela. Sugeri que ela se trabalhasse na libertação da dor. Fazendo uma meditação de limpeza do coração.

Como Roberta, quantas mulheres procuram a alma gêmea acreditando que o outro possa ser o complemento divino dos seus sonhos?
Quantas de nós desejam um parceiro honesto perfeito? E já fantasiou a relação para continuar com esse amor?
Refletindo sobre tudo isso, acho que precisamos investir na visão real das pessoas, pois muitas vezes deixamos a vida nos levar perdoando coisas que não deveríamos perdoar, aceitando desculpas esfarrapadas, na tentativa de continuar nossa farsa.

Quando alguém me pergunta sobre almas gêmeas, não posso deixar de falar que esses companheiros espirituais estão sempre no nosso caminho, mas que nem sempre quer dizer que a felicidade caminhe junto. Muitas vezes, nosso parceiro ainda não lapidou o caráter como deveria... e vem para nossa vida cheio de enganos justamente para ajudarmos.
Parceria também significa crescer com o outro, ambos se burilando no relacionamento. Como dizem os Mestres: para lapidar um diamante somente outro diamante.
Sem esquecer que as diferenças nos fazem crescer, abrir os horizontes e ver o mundo de uma forma diferente.
Um verdadeiro amor tem que suportar tudo isso!

Venha conhecer o Grupo de Meditação que a Maria Silvia coordena.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Silvia Orlovas   
Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores.
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