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NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA

Atualizado dia 10/21/2006 8:57:24 PM em Autoconhecimento
por João Carvalho Neto


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Quando pensamos em consciência vêm-nos idéias ligadas a ações mentais do tipo perceber, apreender, tomar conhecimento, enfim, tornar lúcida uma realidade em qualquer nível em que ela se apresente.

Para o eminente psicólogo russo Peter Ouspenski, existem dois grupos humanos, quanto ao grau de consciência: os indivíduos fisiológicos e os indivíduos psicológicos. Entre os primeiros situam-se aqueles que voltam sua percepção consciente apenas para a satisfação de suas necessidades básicas, ligadas às sensações e satisfação dos desejos corporais. Já para os segundos existe uma vida para além do comer, dormir e fazer sexo, que se estende para uma realidade psicológica, envolvendo emoções e sentimentos.

Ouspenski divide, então, os indivíduos em quatro níveis de consciência:
Consciência de sono – indivíduos egocêntricos, egoístas, recusam-se aceitar o progresso e o desenvolvimento pessoal, alheios às realidades dos sentimentos e da transcendência.
Consciência desperta – indivíduos que estão em processo de despertamento para níveis menos egocêntricos de percepção da realidade, que aspiram pelo seu desenvolvimento e por uma vida melhor mas que não encontram forças nem motivações suficientes para fazê-lo.
Consciência de si mesmo – indivíduos que se percebem auto-conscientes, uma mente além de um corpo material, e que por isso fazem-se perguntas pelas quais se esforçam em responder, iniciando um processo de auto-conhecimento.
Consciência objetiva – indivíduos em que o egocentrismo já está superado, que se percebem mais claramente na sua totalidade e que se vêem como parte de um todo do qual se sentem responsáveis.

Claro que, como psicanalista, imagino uma mente mais complexa e profunda do que a descrita por Peter Ouspenski. Contudo, penso que sua classificação é bastante didática e se aplica a uma visão psicológica evolucionista que estou defendendo. Ou seja, parece que todos nós, como individualidades conscientes, estamos vivendo processos de transformação para a evolução que se realizam não somente a nível corporal mas, sobretudo presentemente, a nível consciencial. Estamos saindo de estados mais primitivos de apreensão da vida para estados mais conscientes e complexos de percepção da realidade, deixando de buscar apenas a satisfação de necessidades corporais para atender aos clamores da alma, no encontro de emoções, sentimentos e de vivências mais transcendentes.

Hoje, um conceito teórico bem aceito para a compreensão do que seja consciência, é a capacidade do indivíduo de captar quantitativamente um estímulo interno ou externo e de nomeá-lo qualitativamente. Isto significa que ter consciência de algo é ser capaz de percebê-lo com os aparelhos sensórios apropriados para depois, pelo conhecimento proporcionado pelas experiências anteriores, dar-lhe um nome e/ou atribuir-lhe um sentido.

Ora, partindo de uma situação em que a individualidade possua suas funções perceptivas em perfeita funcionalidade, como acontece com a maioria de nós, a diferença do nível de consciência estará justamente na capacidade de nomear os estímulos qualitativamente, o que depende de conhecimento previamente adquirido. Logo, o nível de consciência de cada ser humano que se encontra em processo de evolução, está diretamente relacionado à intensidade de experiências anteriores que produziram conhecimento. Experiências que podem ter sido absorvidas de outros, pela leitura ou transmissão verbal, ou experiências próprias de situações de vida.

Por isso, quanto mais se estuda e quanto mais se experiencia intensamente as possibilidades da vida, mais sabedoria e maiores níveis de consciência se pode alcançar. E quanto maior nosso nível de consciência, melhores escolhas podemos fazer, e mais reto será o caminho para a felicidade. Como em um computador que, quanto mais programas tiver, melhor será a capacidade de processar novas informações, com a diferença de que na mente a memória parece nunca se esgotar. Nossa realização pessoal, como seres humanos, para o alcance de estados mais felizes de existência, envolve a expansão da consciência para níveis cada vez mais lúcidos da realidade. E vivenciar novas informações, em permutas com o mundo e com as pessoas, é o caminho dessa realização.

João Carvalho Neto
Psicanalista
Autor do livro “Psicanálise da alma”
www.joaocarvalho.com.br

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: João Carvalho Neto   
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal"
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