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Nós vamos morrer!

Atualizado dia 8/31/2006 4:39:57 PM em Autoconhecimento
por Mauro Kwitko


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Os mestres orientais dizem que para sabermos viver devemos lembrar freqüentemente que vamos morrer. Claro, nosso corpo carnal... Então, penso que sempre devemos recordar que um dia deixaremos esse corpo e essa dimensão física, e que nossas relações afetivas e familiares como estão estruturadas, através de rótulos, são apenas dessa encarnação (em outras encarnações são através de outros rótulos).
O que levaremos conosco no dia em que partirmos? Tudo que é sólido permanecerá por aqui, ou seja, nosso corpo físico e tudo o mais visível.
Na verdade, nada é sólido, mas para fins didáticos, dividirei as coisas em duas categorias: o que é visível (“sólido”) e o que é invisível.

Quando subirmos, apenas nos acompanharão os nossos sentimentos (no corpo emocional); os nossos pensamentos (no corpo mental), nossos atos, memórias, enfim, tudo que é invisível.
As boas ações nos seguirão, as más também; o amor, a caridade, os gestos de fraternidade estarão conosco ao lado dos ódios, das raivas, dos gestos violentos, dos egoísmos. Os bons e os maus pensamentos e os bons e os maus sentimentos lado a lado, confrontando-se.
Qual será a nossa auto-avaliação, então? Evidentemente será o que estiver prevalecendo, e aí virá a sensação de vitória ou de derrota.
É muito triste a constatação do erro, uma encarnação transformada numa seqüência de atos equivocados, a nossa atuação regida por uma persona que, embora real por natureza, vive de maneira ilusória, presa nas armadilhas, por não se perceber temporária, por não se conectar aos seus verdadeiros propósitos e metas.

Está tudo perdido? Claro que não. Não existe o céu e o inferno, embora algumas dimensões espirituais se assemelhem a isso. Na verdade, existem muitas dimensões para onde iremos após a morte do corpo físico e o que determinará isso é o nosso padrão emocional e mental e a freqüência vibratória decorrente.
No mundo invisível, o semelhante atrai o semelhante. Nada é religioso, nada é oculto nem misterioso, tudo é explicado pela Física, principalmente pela moderna Física, a Quântica. Não devemos confundir reencarnação com religião nem rotular os contatos com seres de outros Planos ou dimensões como misticismo, ocultismo... Estamos entrando na Ciência do futuro!
De acordo com nossa freqüência ao desencarnarmos, poderemos subir rapidamente para a Luz, se estivermos leves, ou mais lentamente, se estivermos um pouco densos; ou poderemos nem chegar lá, se estivermos muito pesados!

Para subirmos, quanto mais leves, melhor; e leveza quer dizer bom caráter, amabilidade, sensibilidade, pensamentos positivos, bons sentimentos, boas ações, altruísmo, espiritualidade. A tristeza pesa, a mágoa pesa, a raiva pesa, o materialismo pesa, o egoísmo pesa demais...
Muitas pessoas se perguntam: como é a vida depois da morte?
Na verdade, essa pergunta está errada até em sua formulação - pois não existe morte - nem existe vida depois da morte; o que existe é um eterno continuum...
Somos sempre nós, a nossa Essência, a nossa Consciência, estejamos nesse Plano Terreno ou não. Quem entender isso perderá o medo da morte e ao mesmo tempo aumentará a sua responsabilidade com a "vida", quer dizer, a responsabilidade da sua Personalidade encarnada com a sua existência atual.

A nossa Essência confia em nós e fica "torcendo" por nós, como se fosse uma torcida organizada na arquibancada. Ela, às vezes, pode "entrar em campo" apenas como o técnico o faz à beira do gramado, transmitindo orientações, mas quem está jogando é a nossa Personalidade Inferior. Mas poucos jogadores escutam o técnico. Obedecer, então...
Não é apenas pelo procedimento nessa atual passagem terrena que nosso destino será traçado após o desencarne. Na verdade, tudo é uma questão de "crédito e débito", energeticamente falando, e não do antigo ponto de vista religioso baseado na culpa e no temor.

Nós abandonamos esse corpo físico melhores ou piores do que quando chegamos, dependendo de como pensamos, sentimos e agimos. Uma pessoa que nessa vida portou-se de maneira equivocada, do ponto de vista moral e ético, mas possui suficiente "crédito" de outras existências pretéritas, não terá o mesmo destino de outra que não o possui.
É importante que isso fique bem claro, senão cairemos no critério dualístico de que quem faz o bem vai para o "céu", quem não faz vai para o "inferno", e não é assim. Claro que quem acrescentar positividades aos seus corpos emocional e mental, por bons sentimentos e bons pensamentos, provavelmente terá esse seu mérito reconhecido, não por alguma entidade julgadora, uma imagem de um Deus criado pelos homens que não existe, mas pelas leis da Física, e será conduzido vibracional e automaticamente para regiões onde a freqüência vibratória é compatível com a sua.
Tudo é explicado pela Física... O semelhante atrai o semelhante, estejamos encarnados ou desencarnados.

É importante que a noção de continuidade permaneça forte em nosso raciocínio, porque não se pode avaliar uma atuação apenas nessa vida como determinante do destino pós-morte carnal. Nós somos a mesma Consciência, a mesma Essência, e cada vida terrena é como um dia...
Então, pode-se ter um dia em que se praticam más ações, mas se em dias anteriores o conjunto das boas ações predominou, o resultado final - vibratoriamente falando - é que contará.
Não existe julgamento de quem quer que seja a nosso respeito. Tudo é conseqüência de nossa freqüência vibratória, estejamos aqui ou do "lado de lá". Não existem juizes ou julgadores, apenas nós mesmos, a nossa freqüência vibratória e o que sintonizamos.

O chamado Umbral (Inferno) são regiões de baixa freqüência onde estão os seres que vibram nessa sintonia. As experiências nesse local são muito desagradáveis e sofridas, mas em algum tempo, essas Consciências desencarnadas podem ascender a níveis superiores de freqüência, por méritos próprios e/ou por trabalhos de resgate dos planos espirituais superiores.
É importante termos bem clara a noção de que a morte do corpo terreno não determina o final da existência, nada muda a não ser a ausência do corpo físico. Os sentimentos e os pensamentos permanecem exatamente como eram, ou seja, segue tudo igual, somente o corpo material não é mais necessário, pois se abandona a trajetória terrena.

Não devemos temer a "morte", muito pelo contrário, devemos pensar nela com lucidez, para irmos retificando nossa trajetória, corrigindo e purificando os nossos pensamentos e sentimentos. Devemos viver essa vida terrena com a morte do corpo presente, não como algo mórbido, e sim como um alerta para não nos esquecermos da responsabilidade, enquanto Personalidade Inferior, em relação à nossa Essência e a transitoriedade.

A morte física é o retorno ao Plano Astral e o ideal é que essa volta seja feliz e vitoriosa. Mas não é o que se observa na prática, em que a maioria dos retornos é acompanhada de doenças graves, sofrimento, depressão, mágoa, raiva, etc. Quem ficar velho, feliz, realizado, ativo, bondoso, dócil, manso, e morrer bem, chegará lá em cima como um vitorioso.

Texto revisado por: Cris

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