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NOSSA VIDA NO AMANHÃ

Atualizado dia 10/20/2006 1:29:53 PM em Autoconhecimento
por Inês Bastos


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Muito ouvimos falar sobre o dia de amanhã e mais ainda sobre poluição e devastação! Queremos absorver tudo de bom hoje, como direito conquistado e como recompensa, mas pouco fazemos de efetivo pelo que virá a seguir; sempre achamos que alguém lá fora vai dar um fim nos nossos problemas e no nosso lixo, assim como fazemos com nossa própria vida. Temos a fantasia de que nossos restos são mágicos, nossos dramas são encantamentos sofridos e podem desaparecer como por encanto, sempre contando com a ajuda do outro, claro, sem falta! Nem dá para dizermos que é uma infantilidade porque as crianças são mais sábias em fantasias!

Anos atrás, com uma mudança física para uma estrutura social menos escravagista bem diferente da que estamos habituados, fomos forçados à adaptação de novos costumes, onde cada um tem que cuidar mais e melhor de si mesmo. Era quase uma viagem ao futuro! Só que era real e nela sempre havia alguém pilotando a nave-mãe recheada de passageiros tão despreparados quanto quem pilotava.

Um dos primeiros desafios foi entender como fazer para gerenciar os restos, nossos lixos armazenados por um tempo dentro da nossa própria casa, até a chegada do serviço de coleta. Caso tivéssemos volumes demais teríamos um alto preço extra a pagar pelo excesso. Dá prá imaginar ter lixeiros só uma vez por semana? Foi uma viagem lúdica! Várias caixas de diversas cores eram preenchidas com objetos de matérias-primas diferentes. Um processo antes irrelevante nos trouxe um mundo novo! Parecia proposital como um aprendizado forçado, uma conscientização. Foram criados inúmeros novos caminhos mentais para gerenciar este fato que expandido trouxe mais respeito e zelo para com a natureza.

Aproveitamos para examinar e entender melhor a criação dos objetos, as coisas belas que nos ajudam na alegria, a real necessidade que temos delas, a utilidade, as embalagens, as propagandas, enfim, todo o processo até a reutilização. Tudo que caía nas mãos era analisado; antes porque era uma criação que estava se materializando e um dia, de alguma forma, perderia a função e seria preciso descartar esta parte da festa. Usávamos tudo até o limite possível, sorvíamos o prazer e a utilidade e depois fazíamos o processo inverso da aquisição, desejando fazer voltar ao tamanho de um átomo e juntávamos tudo a outros itens fora do interesse, mas com algum jeito e um certo carinho pela vida que o objeto poderá ter nas mãos de outros.

Hoje em dia evitamos falar mal de qualquer objeto antes de adquirirmos um similar novo... ele estraga antes por puro ciúmes! E entendemos porque tantas vezes o relógio de parede exauriu a bateria e parou completamente de funcionar quando estávamos em viagem de férias! Descobre-se que tudo está vivo porque é reciclável! Também num processo inverso, muitas vezes nos pegamos remexendo em coisas do passado... melhor deixar arquivado lá, boas ou ruins, se tornaram aprendizados, foram reciclados!

Anos depois ainda separamos os descartes em diferentes embalagens, até os apenas aproveitáveis, para serem despachados quando possível. Não nos custa absolutamente nada lavar, restaurar e separar um objeto que ainda possa ser reaproveitado por outros. E instruir nossos filhos e funcionários a fazerem o mesmo. Ensiná-los a responsabilidade pelos eventos, escolhas e realizações, do princípio ao fim. Responsabilidade é a habilidade de criar respostas para os eventos que surgem e precisamos curar nossa vida hoje para termos um amanhã mais digno.

Mesmo nas cidades que não têm serviço de coleta seletiva, existem famílias inteiras nos lixões municipais que sobrevivem do que descartamos, simples coisinhas, nossas sobras. Passam os dias sobre pilhas de lixo garimpando um objeto qualquer para melhorar a vida, conforme vimos recentemente em vários programas de televisão. Que mundo louco!

Com certeza não somos os donos do lugar em que vivemos, o planeta Terra, apenas o emprestamos de nossos netos! E o que vamos devolver a eles? Nos preocupamos tanto em deixar herança, educação, saúde, ética e moral! Só coisas transitórias, muitas vezes falsas ou que podem sofrer reinterpretações ao longo dos anos. Abandonar atitudes nada funcionais requer ensaios; mudar antigos paradigmas requer entendimento; adquirir novas filosofias requer busca e as mudanças pra valer requerem ação.

Devemos observar como é interessante o curso das coisas que aparecerem em nossas mãos. É necessário um compromisso com elas porque fazem parte de um universo que pertence a todos e é parte do Todo.

Existem postos especiais de coleta de recicláveis pelas cidades e onde não houver vamos nos mobilizar para ter, vamos nos informar, vamos participar como pudermos! Pilhas velhas e inúteis devem ser coletadas muito especialmente e entregues nos postos. Óleo de cozinha deve ser despejado em garrafas descartáveis e podem ser colocadas no lixo doméstico, nunca jogados no ralo. Nosso lixo pode levar até centenas de anos para se desintegrar, poluindo nosso próprio habitat por várias gerações e de diversas maneiras.


Imagem: Internet

Texto revisado por Cris

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