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Nunca estou só

Atualizado dia 2/16/2007 2:18:38 PM em Autoconhecimento
por Bernardino Nilton Nascimento


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Nunca estamos sozinhos!

A solidão é um estado da mente que podemos controlar com as emoções que a natureza nos oferece. A solidão propriamente dita não existe, porque nunca estamos sós. Há sempre alguém ao nosso lado, e ainda podemos contar com a presença da natureza e do universo, que são excelentes companheiros.

Na maioria das noites estou fisicamente sozinho. Saio do trabalho, vou para a fisioterapia. Após uma pequena cirurgia no joelho esquerdo faço um trabalho de fortalecimento do músculo da perna operada e aproveito para dar “uma geral” do fortalecimento muscular e resistência física. Depois vou caminhar na praia - sul da Bahia, cidade de Mucuri - onde estou trabalhando. O céu limpo pede uma pausa. Paro, sento, entro em meditação e contemplo o Universo.

Fico apreciando o céu e a lua, não importa se está cheia ou minguante, todas são lindas. O céu me mostra as suas estrelas e os seus planetas brilhantes como fogos de artifício, explodindo, como um chuveirinho de luz, parado no ar. A mente livre, o coração na mesma pulsação do Universo, o olhar firme vendo o todo, o mar cantando nas batidas das ondas, formando uma linda sinfonia para os ouvidos, dando voz à natureza.

Olho para o céu, penso no infinito. Olho para o mar, penso no finito. Todo o universo, aparentemente perto, mas nada posso pegar. A sensação de que tudo me pertence é pura realidade e se transforma em emoções.

As horas param e começo a fazer parte do filme da vida, absolutamente em paz, mas nunca só. Todos estão ao meu lado. Sinto-me tão importante quando penso que lá em cima tem alguém vendo o nosso planeta brilhando como vejo o dele. Coloco-me em sintonia com o nada e o mar começa a me contar tudo, deixando a intuição surgir, mostrando-me tudo o que universo está preparando para mim.

Não me sinto privilegiado e humildemente me preparo sem preocupações, porque todas elas, com o tempo, se acabam. As preocupações são pedras existentes no rio da minha vida, e tenho que ultrapassá-las. Mas, que beleza teriam os rios sem as pedras para formarem caminhos encantados em suas águas?

A mente livre... viajo para bem distante, visito toda a Terra, vou para o espaço me juntar às estrelas e me vejo rodeado de brilhantes. De repente passa, como um raio, uma estrela cadente. O coração bate mais forte e o desejo vem logo: que a paz reine sobre nós. A estrela cadente, linda, passa em uma velocidade que não dá para acompanhar.

A lua, quando cheia, parece a mais linda noiva arrastando seu véu de estrelas, pronta a se casar com o sol. Mas isso não é permitido, pois um ilumina o outro e só nos eclipses é permitido o acasalamento. E nesse nobre encontro, quando um cobre o outro, numa rápida escuridão surge a fecundação fazendo nascer um lindo par de filhos a quem chamamos dia e noite, e que vão vivendo separados até a morte. É quando outro acasalamento é permitido e se renova a esperança de filhos cada vez melhores.

A vida, para quem ama a si próprio e à natureza, nunca é solitária. Há sempre alguém para se conversar. A voz do Universo, em seu silêncio, nos diz tudo o que pode acontecer. O mar, com sua sinfonia, canta em suas ondas fazendo o fundo musical deste encontro entre o Universo e eu. A mente limpa e livre viaja em todas as direções e dimensões. Em meu retorno para a realidade vem a poesia que brota do coração. Dessa batida suave à respiração pausada, estou de volta! Retorno para casa ainda embriagado pela beleza do instante vivido.

Tomo um banho, olho no espelho e vejo a melhor companhia, ainda admirado pelo belo da noite. Vejo-me cheio de amor pela vida. É amor que chega transbordar do meu coração, e começo a dividi-lo com as pessoas que precisam o que naquele momento está sobrando em mim. Em estado de profunda calma vou ler, escrever, falar com meu coração. Tudo neste momento é minha companhia: o computador, os CD’s, os livros, meus objetos. Tudo cria vida e me faz companhia. A emoção de estar aqui na Terra vivendo este aprimoramento, com belas lições que jamais me neguei a aprender.

Fico à procura de novas lições, e no aprimoramento das que passaram fico vigilante para não repeti-las. Assim a vida fica cada vez mais gostosa de ser vivida e sempre ponho mais tempero de alegria, contentamento, agradecimento e amor pelas minhas oportunidades, pelos meus antepassados, pela vida de agora, do momento presente.

Faço minha academia dos músculos faciais com dois grandes exercícios: o de sorrir e o de chorar pelas maravilhosas emoções que a vida me coloca a cada instante. Sorrir é o melhor exercício e quem se torna criativo sempre está sorrindo. Criar é sair da solidão, é viver simplesmente o momento e a cada instante uma surpresa, uma novidade, um desafio a ser vencido, com alegria, criatividade e fé.


BNN

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Conteúdo desenvolvido por: Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
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