O avô que eu ganhei!

Ganhei um avô! e não é um avô postiço (nada contra!), amigo de alguém, nada disso. É meu avô mesmo, que até algumas semanas atrás eu ainda chamava de: pai da minha mãe!

Mas, como eu iria me apropriar desse título, se ele sempre me foi apresentado a mim assim, desde que nasci?

[é que meu avô morreu bem jovem, com 33 anos.] Naturalmente, por não ter visto as filhas crescerem, se casarem, terem seus filhos, perdurou sua imagem de apenas pai e não avô. Assim, ele me foi apresentado, pela minha mãe desde sempre: olha, meu pai! e não: olha, seu avô!

Longe de mim querer julgá-la, que perdeu seu pai tão menina, que ficou (internamente) com essa imagem dele: de um jovem que se foi cedo...

Mas, eis que, nessa estrada de autoconhecimento eterna, me deparei com o trabalho do @hidreley [que é incrível, por sinal!] e pedi a ele que me mostrasse como seria esse meu avô, se ele tivesse sua idade atual. [Agora, dia 2/03, ele faria 91 anos! E minha avó (sua esposa, ainda viva!) irá fazer 90, dia 30/03 - o que está mobilizando uma grande festa de família!]

Nesse movimento de me apropriar desse meu avô, sua história, de me sentir neta de um homem que nunca pude conhecer, algumas coisas mexeram comigo... É o tal efeito da Constelação... [mesmo que tardio, para a alma não há tempo!]

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Quando um membro, que anteriormente fora esquecido (negligenciado, excluído - não no sentido literal, mas simbólico) é relembrado e incluído, todo o sistema respira, oxigena.

Então, queria dizer algumas palavras públicas a esse avô tão querido, que não pude conhecer:

Querido, Dermeval

"Que nome diferente o seu!" - foi o que sempre pensei, desde criança quando o ouvia. Tinha até dificuldade de pronunciá-lo... Quero te dizer, de todo coração que:

"EU SINTO MUITO!"

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Você partiu tão novo e mudou o rumo da minha família. Minha mãe foi trabalhar cedo com seu irmão mais velho (meu padrinho, Edson) e minha avó teve que se virar nos 30 para cuidar de 4 filhos e mais não sei quantos irmãos que ela levou para sua casa (pois sua mãe - minha bisa Guilhermina - também partiu muito cedo).

Sei que se você não tivesse ido dessa forma, a vida da minha mãe seria diferente e a minha também.

Então, quero dizer, de todo coração que agora, finalmente: "EU TE VEJO".

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Antes, era tão difícil te ver... Até mesmo saber da sua morte, era como uma neblina, a qual eu não podia enxergar...

Por muito tempo, me mantive leal a sua história (inconscientemente, foi assim que apreendi da minha Constelação, que agora completou 1 ano!).

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Apenas quero te dizer que:

"VOCÊ TEM UM LUGAR ESPECIAL NO MEU CORAÇÃO"!

E por mais que eu não tenha te conhecido pessoalmente, você vive em mim, através da minha mãe, que me gerou e me deu a Vida.

Obrigada, pela sua existência, Dermeval!

Honro seu nome, sua história, seu destino e peço que me olhe "SEMPRE COM CARINHO"...

Me abençoe como sua neta, filha da Édina e do Edgarde.

Te levarei comigo no coração e libero o seu destino, sua dor e tudo que ela custou a ti e a nós.

Te amamos,

de toda sua família Ragonha...

Gratidão!

Ana Carolina Reis