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O caso Bruno Borges

Atualizado dia 4/12/2017 11:09:32 AM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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"Somente a verdade é revolucionária". (Yves Montand)

Ao meu ver, assim como o filosofo Giordano Bruno, há mais de 400 anos fugiu do senso comum, o estudante de psicologia Bruno Borges, desaparecido no Acre, também o fez. Ou seja: estimulados por uma capacidade intelectual bem acima da média e embuídos de espírito investigativo, saíram de suas zonas de conforto à procura da verdade.

No entanto, ao fugirem da "matrix" de suas respectivas épocas, entraram numa área minada e repleta de interesses cujas verdades são consideradas inquestionáveis pelos seus detentores, que encontram-se em todos os lugares, principalmente nas estruturas de poder onde a ideologia e o dinheiro impõem as suas regras.

A partir do texto inicial, observa-se que a obra de Bruno Borges revela uma mente inquieta de um adulto índigo, que embora distante séculos na história, liga-o ao filósofo medieval pela afinidade de pensamentos e ideal. É o que veremos a seguir.

"Caminho difícil

Por milhares de anos o ser humano vem tentando encontrar respostas para perguntas como: qual o sentido da vida? A Filosofia que, ao que tudo indica, parece ter se iniciado com Tales de Mileto em meados de 700 a.C. visa encontrar vestígios de perguntas e respostas. A pesquisa profunda pela verdade absoluta advém da Filosofia, e quando falamos a respeito de caminhos fáceis ou difíceis estamos nos referindo a esse tipo de teorema.

É fácil aceitar o que desde criança te ensinaram que é errado. Difícil é, quando adulto, entender que te ensinaram errado o que desde criança você suspeitou que fosse correto. Em outras palavras, se você se enquadra em algum cujos estímulos do meio lhe determinaram certo comportamento, fazendo com que estivesse à mercê de crenças já providas e bem estabelecidas em dogmas e rituais, com uma massa concentrada de pessoas nela; ou permitindo-o ficar no conformismo, aceitando o conceito de felicidade e de sentido da vida embutido pela mídia e pela sociedade, então claramente você faz parte do caminho fácil para a procura da verdade absoluta.

Acaso se enquadre na segunda opção, ou seja, aquele que suspeitava de todo conjunto de crenças que lhe foi enraizado, então este tem tudo para ser um investigador da veracidade nas coisas ao seu redor, entrando em um caminho mais complicado, no qual uma minoria se arrisca ou enfrenta com bravura.

Numa época em que contrariar a verdade da Igreja era considerado heresia, o filósofo, matemático, astrônomo, poeta e teólogo Giordano Bruno questionou a existência do céu e o inferno, a danação eterna e a concepção de Cristo por uma mulher virgem.

Herdeiro intelectual do heliocentrismo de Nicolau Copérnico, Giordano não se limitou a concordar que a Terra é que dava voltas ao redor do sol - o que na época, por si só era suficiente para morrer na fogueira dos tribunais eclesiásticos. Observando o céu foi além e concluiu que as estrelas não eram só pontos de luz, mas outros "sóis" muito distantes. Cada um teria o seu próprio conjunto de planetas girando em torno de si, e qualquer um desses corpos poderia abrigar vida.

Condenado por heresia pela Igreja, ele foi queimado em 1600 e se tornou o mártir dos iluministas no século 19. Até hoje é símbolo da liberdade de pensamento e expressão, e suas idéias estão na vanguarda da astronomia contemporânea.

Conforme a cobertura da imprensa brasileira, no caso Bruno Borges, pessoas próximas ao jovem afirmam que suas obras revolucionárias vão transformar a humanidade, e que o autor seria a reencarnação de Giordano Bruno, que voltou para completar o que ficara inacabado.

No entanto, paradoxalmente, a mesma mídia que cobre o caso, tende a desmistificá-lo porque tem interesses contrários, à medida que promove valores inseridos no "caminho mais fácil que conduz à verdade absoluta". Nessa direção fica conveniente induzir no telespectador ou leitor desatento, a tese de que seria "jogada de marketing" de Bruno Borges, no sentido de se tornar famoso e faturar com os seus escritos.

A verdade do caso Bruno Borges é ainda desconhecida. Sobram especulações e sensacionalismo em torno do fato. Contudo, a sua genialidade, em razão da obra exposta, é inquestionável, instigante e merecedora de atenção por parte dos estudiosos do gênero "mistério".

Sob o ponto de vista da interdimensionalidade humana, este caso não é novidade para o terapeuta que trabalha com regressão de memória a vidas passadas, pois são inúmeros os casos que confirmam a tendência de repetirmos na vida atual, habilidades em sintonia com o potencial intelectual e criativo que possuíamos em vidas pretéritas,

Se é a reencarnação dos espírito Giordano Bruno no corpo de Bruno Borges, não é de nosso conhecimento. O que sabemos até o momento é a existência de afinidades no sentido dos dois terem buscado a verdade pelo "caminho difícil".

Ao contrário do que insinuam algumas fontes da mídia, creio que se Bruno era um jovem recatado e benevolente com os pobres, principalmente com os moradores de rua onde cultivou amizades como afirmam amigos e familiares, dificilmente ele destinaria tal obra à sua vaidade associada a fins lucrativos. Tampouco era um charlatão à procura de notoriedade.

Tal como Giordano, o estudante de psicologia demonstrou afinidade com o tema "ET". Ambos fazem entender através de seus escritos, acreditarem na existência de muitos mundos habitados por seres inteligentes. Registrou o filósofo, fato que enfureceu a hierarquia da Igreja, cinco séculos antes de Bruno Borges: "A Terra não é o centro do universo e o cosmos está cheio de vida".

Em pleno século 21, o universo ainda permanece um enigma para o habitante da Terra, que conhece o equivalente a um ou dois grãos de areia de um imenso areal. Portanto, quanto mais pessoas se propuserem a sair de sua zona de conforto para trilhar o difícil caminho como investigador de si mesmo ou da veracidade nas coisas ao seu redor, como se referiu Bruno Borges, mais sabedoria acumularemos na construção de uma sociedade mundial que preserve o conhecimento em benefício da paz, da verdade, da justiça e do bem comum.
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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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