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O desapego, depois da perda

Atualizado dia 1/17/2008 12:23:17 PM em Autoconhecimento
por Wilson Francisco


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Ainda quando vivia o início da juventude, um amigo me confidenciou: olha, Wilson, um dia eu vi você com umas pessoas que não eram boas companhias. Você estava bebendo com eles, passei perto, fiquei sem jeito, nada falei. Eu o interrompi, dizendo: Olha, se você não teve coragem ou iniciativa de me alertar naquele momento, agora não precisa mais. O tempo já passou, superei aquele período nebuloso de minha existência.

Sempre me recordo desse fato e por isso insisto sempre em que a gente precisa alertar as outras criaturas, não apontando defeitos, realizando julgamentos. Mas falando com o coração e com muita amizade. Porque depois que a criatura vai para o despenhadeiro e à custa de sacrifícios e dificuldades se recupera, não adianta mais dizer isso ou aquilo.

Todo o Bem que você deseja por alguém, faça-o agora; tudo que você tiver que dizer a um amigo, diga-o já, sem pestanejar, sem escrúpulos sociais. Deixa seu coração exercer o papel que lhe compete, na vida humana. Agora, o que a pessoa vai fazer com o que você disse, é problema dela. Sua parte está feita. Evite sempre este chavão: “Eu bem que pressenti que aquilo era perigoso, etc. e tal”. Estas atitudes “angelicais” fora do tempo, não soam bem nos meus ouvidos.

Pois foi isso que minha amiga internauta praticou com uma mãe que pediu socorro. Sentiu-se um pouco incompetente, mas tomou a decisão certa. Escreveu uma carta e deixou seu coração falar mais alto. E falou tão forte e carinhosamente que sua amiga ouviu e conseguiu transformar as suas palavras em alavanca para sua regeneração. Saiu dos escombros de si mesma e redesenhou uma nova vida para si própria, resgatando em Si a dignidade e a coragem.

A amiga perdera uma filha e ela fala sobre isso, com o coração:

“Amiga, a sua menina está com você, o tempo todo, como você está com ela... Você continua sendo o modelo e o porto-seguro; o intercâmbio entre o ensinar e o aprender de vocês duas, continua existindo, apesar da diferença dimensional que limita, mas não separa ninguém. Talvez uma das maiores tarefas dela na atualidade, seja "atender" aos chamados sagrados do seu coração maternal... Ela cede ao impulso por amor, e por isso, não se afasta muito do aconchego do lar ou dos corações que lá habitam. O processo dela agora, como de muitos outros em semelhante passagem da vida, é de complexo aprendizado e readaptação aos valores puramente espirituais, que ainda não pode sentir em sua completude, simplesmente porque ainda permanece, na essência, com as mesmas percepções e sensações interiores de antes; o tempo passa mais rápido na espiritualidade, o processo, então, está muito recente para ela. A maior dificuldade, nesses casos, é o desapegar-se, reeducar-se para o amor construtivo, olhar mais para o coletivo que para o "próprio umbigo". Na espiritualidade, o amor é conjugado no sentido coletivo, o amor/posse é considerado uma grave forma de desequilíbrio e portanto, reclamando reajuste.

Nesse reajuste, o ser estaciona, por assim dizer, até aprender como lidar com os seus impulsos, despojando-se do sentimento entorpecente da posse ou do ciúme, muito próprio de nossa condição insegura e imperfeita. E assim, Deus vai "esperando" por nós... Até resolvermos, pela dor ou pelo amor verdadeiro, despertarmos para um sentido Maior de existir.
O desapego é o primeiro passo, a "chave" que abre a nossa conexão com o Alto.

Deus nos ouve e atende, sim, porque nada em absoluto, se movimenta para nós, sem a concessão Dele. A questão não é apenas ser “boazinha” ou não "fazer mal", é preciso mais... É a reconstrução de Si. Podemos perceber muito claramente, que a inércia ou ausência de ação positiva, mesmo que justificada causa danos e destruição em nós e ao redor; Por tudo isso é que tanto sofremos e padecemos, percebe? Acumulamos débitos, vivendo só no "vermelho"... E ainda nos lamuriamos o tempo todo...

Às vezes, fico imaginando a extensão infinita do amor de Deus e Jesus por nós. Haja paciência, hein?! Em contrapartida, o que mais "escutamos" da espiritualidade é: paciência, paciência e paciência...
Concordo com o que disse à sua filha, sobre você ser muito bonita, pela irradiação de simpatia que há em você, no seu sorriso... Entendo como deve estar sendo doloroso para ela, se ver, de repente, subtraída do "colo da mãe" e - pelo que percebo - sua grande amiga... Dividir com o mundo tudo aquilo que sempre foi somente dela, de forma tão especial, como os laços que unem mãe e filha, assistindo a tudo "de fora" como mera espectadora de um filme.

Podemos fazer muitos rodeios, mas acabamos de volta ao ponto inicial: a nossa condição humana de eternos aprendizes do amor.
Não nos é lícito retroceder, somos impelidos para frente.
Confie, acredite: tudo está bem! A vida segue seu curso natural.

Vocês estão assistidos na luz, porque há o Bem e o Amor entre vocês. Lá do "outro lado", a solidariedade, o companheirismo e a caridade são latentes em todos que possuem luz; por isso, a sua menina foi e ainda está sendo muitíssimo amparada e bem orientada. Ela tem uma nova trajetória de vida pela frente e está plenamente consciente disso; freqüentará o serviço do aprendizado até se equilibrar de todo e prosseguir na sua rota evolutiva. Ela é um ser saudável, especialmente acolhida, pode sentir alegrias e afetos, desfrutando de um leque imenso de privilégios, que poucos alcançam, senão com enorme dose de sacrifícios. Mas, esta é a vida dela, a realidade individual de uma outra pessoa... e você? Só você não transparece estar bem, amiga... Cuide-se, porque só você poderá decidir sobre isso, já que a vida segue em frente e ainda contará muito com você, cada dia mais fortalecida na fé, no amor e no conhecimento, ainda que não tenha se dado conta, a melhoria íntima é imprescindível. A sua fortaleza, o seu testemunho com simples base no exemplo, já lhe oferece uma diminuta dosagem do quanto Deus conta conosco. Creia que muitos ainda dependerão da sua força, para avançar, inclusive a sua filha.

Com paciência, as dores são todas tratadas e curadas no seu devido tempo, desde que estejamos orando, vigiando e agindo na construção do Reino de Deus, que é a tarefa confiada a todos nós, indistintamente.

O Reino de Deus começa em nós, primeiro; quem mais precisa de você agora, é você mesma! Todos estão muito bem e mais: só dependerá de você... Já parou para pensar na super importância da sua pessoa???
Expresso meu desejo de tranqüilidade e desprendimento, com o único propósito de dividir um pouquinho do meu conhecimento, do que Deus e a minha vontade permitiu-me possuir. Fico feliz por Deus me utilizar como uma espécie de canal ou instrumento. Tenho muita facilidade em escrever e pode até não parecer, mas tudo que aqui imprimi me ocupou pouquíssimo tempo, numa espécie de inspiração sem falha alguma de continuidade. Tomara seja, realmente, um bom alento ou indício de luz, tudo que aqui "anotei". Fiquem em Paz, sempre com Jesus. Seja feliz, amiga! É preciso!”

Vocês acham que preciso acrescentar algo? Ela fez para a amiga desventurada um poema de exaltação a vida, um estímulo à coragem e, ao mesmo tempo, realizou uma conversa de coração para coração, do jeito que as mulheres sabem tão bem fazer.

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Conteúdo desenvolvido por: Wilson Francisco   
Terapeuta Holístico. Desenvolve processo que faz a Leitura da Alma; Toque Quântico para dar qualidade à circulação e aos campos vibracionais; Purificação do Tronco Familiar e Cura de Antepassados para Resgatar, Atualizar e Realizar o Ser Divino que há em você. Agendar pelo WhatsApp 011 - 959224182 ou pelo email [email protected]
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