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O falso pedido de perdão!

Atualizado dia 9/11/2016 9:45:18 AM em Autoconhecimento
por Paulo Salvio Antolini


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As irresponsabilidades praticadas são numerosas nos dias de hoje. Sempre existiram, porém, aumentaram assustadoramente pela falta de responsabilização dos feitos. Quando vêm à tona, seus praticantes surgem então como verdadeiros mártires que não sabiam o que estavam fazendo e clamam pelo perdão. O perdão do “não me atribuam consequências dos atos que pratiquei”.
Exatamente. Elas dizem "perdoem-me" apenas como uma forma de não assumirem as consequências de seus erros. Pessoas assim partem do princípio de que suas ações só se tornarão consideradas se forem reveladas, desmascaradas. Caso contrário, desfrutarão dos benefícios e se sentirão os diferenciados: aqueles que tudo podem frente aos demais, pobres mortais.
Situações expostas, as pessoas imploram até pelo perdão apenas como uma tentativa de “não me puna, por favor!”. Não é um pedido de perdão, não é arrependimento. É apenas o não querer assumir as responsabilidades pelo praticado e se livrarem das consequências.

Consequência: termo que já está sendo e será ainda escrito várias vezes neste texto. Significa ”Resultado natural, provável ou forçoso de uma causa; efeito, resultado”. O que se deriva de uma ação praticada.
Algumas pessoas agem sem pensar nas consequências dos atos praticados, porém, o número daqueles que sabendo que não estão agindo da forma correta e mesmo assim o fazem, é muito maior. “Os espertos”, “Os que gostam de levar vantagens” estão sempre em busca dessas oportunidades e elas sempre existem. Não é natural vivermos a imaginar o que está por trás desta ou daquela atitude. Os que se apresentam como bem intencionados são hábeis na arte da dissimulação. Há algum tempo escrevi sobre “quem fala a verdade, não merece castigo”. Nesse texto, fica claro que ao assumir o ato feito não é necessário um aumento da penalização, mas não há a isenção das consequências de seus atos. Não há castigos, há consequências.

Em 2015, um brasileiro foi executado na Indonésia por entrar com drogas escondidas em sua prancha de surf. Lá a pena para esse crime é a de morte. Foi noticiado que ele já havia feito isso outras vezes, sem ter sido descoberto. Já preso, aguardando a execução, implorou perdão dizendo estar completamente arrependido do que fez. Não era arrependimento e sim verdadeiro pavor pelo que iria enfrentar: a perda de sua vida como consequência do que havia feito. Eis um exemplo extremo. Em nenhum momento, há nesse relato a defesa da pena de morte. Apenas a citação de que as pessoas mesmo sabendo o que pode lhes acontecer, acreditam que “passarão em branco”, ninguém os descobrirá e estarão isentos de qualquer punição.
É prática corrente entre os dissimulados o “eu não sabia”. Não saber não isenta ninguém das responsabilidades frente aos fatos. Governantes utilizam esse discurso quando em suas gestões surgem irregularidades e querem se isentar delas. É possível sim que pessoas próximas estejam agindo sem seus conhecimentos. Mesmo assim continuam responsáveis. O discurso mais assertivo nessas situações é “vou apurar imediatamente o que de fato está ocorrendo”.

Então, atribuir aos que estavam agindo indevidamente as consequências cabíveis, além de se responsabilizarem pelos feitos dos mesmos.
Um pai corrige seu filho por ter causado um dano ao seu vizinho, porém, repara o dano causado. Ele responde por seu filho. A lei não aceita que um indivíduo alegue não conhecê-la e por isso tê-la infringido. Quem assim o fez responde da mesma forma como se soubesse o que estava fazendo. Muito da permissividade advém de pessoas corretas, mas que se sentem constrangidas em apontarem as segundas intenções quando as percebem. “Ah, eu fiquei chateada de falar”. É o comentário mais comum quando questionadas.
Não temos que acusar nem que tecer críticas moralistas. Apenas apontar que as consequências pelos atos de cada um sejam assumidas pelos mesmos.

Texto revisado

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