O momento certo da regressão




Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/28/2008 10:57:14 PM
Tenho recebido nos últimos dois anos, muitas mensagens de pessoas interessadas em passar por uma experiência regressiva. Na maioria são casos que envolvem a depressão que já está sendo alopáticamente tratada, ou depressões cujas primeiras crises estão sendo experenciadas por seus portadores.
Invariavelmente, essas pessoas tem um objetivo comum quando me escrevem: vêem a regressão como um mecanismo que possa acionar a cura de seus incômodos sintomas, como se a experiência regressiva possuisse algo mágico ou milagroso.
A regressão aplicada sem acompanhamento psicoterapêutico, nunca foi e jamais será a "tábua de salvação" de situações em que na verdade nós próprios criamos ao gerarmos níveis baixos de energias que nos envolvem, pois somos o resultado do que sintonizamos como consequência das nossas escolhas e decisões baseadas nas nossas vivências no passado recente e remoto.
Numa metodologia que contempla a regressão como eficaz técnica de buscar informações do pretérito para anexá-las ao processo psicoterapêutico, a experiência regressiva sempre terá o seu momento certo de acontecer, porque antes desse encaminhamento, o mais importante ou prioritário, é a investigação (ou análise) do inconsciente da pessoa através da psicoterapia de orientação científica.
O conhecimento por parte do psicoterapeuta e a consciência por parte do paciente, dos mecanismos psíquicos que interagem decisivamente na formação dos sintomas da "doença", são imprescindíveis para o êxito da terapia, pois sem uma base de material inconsciente que tenha emergido para as devidas elaborações conscientes da pessoa em tratamento, aumentando com isso o seu grau de lucidez sobre as causas e efeitos de seu desconforto psíquico, não haverá psicoterapia própriamente dita, porque psicoterapia em primeira instância, é um conjunto de técnicas psicológicas que visam corrigir os distúrbios resultantes de um conflito psíquico.
Portanto, na dinâmica psicoterapêutica, quando o "básico" é atingido pela técnica de orientação científica, é chegado o momento da regressão utilizada como técnica de investigação cujos resultados são imprevisíveis, uma vez que a experiência regressiva traz como características a possibilidade da pessoa acessar a memória cerebral (vida atual), a memória extra-cerebral (vidas passadas), ou ainda experenciar uma presença espiritual que faça sentido em relação ao método psicoterapêutico aplicado.
A Psicoterapia Interdimensional, portanto, contempla o científico e o transcendental como forma de conectar informações que sejam importantes para o processo de autoconhecimento que possa levar a pessoa envolvida à auto-cura. O científico desenvolvido pela psicoterapia de orientação psicanalítica, associado às informações advindas da experiência regressiva, quando chegado o seu momento adequado, são técnicas fundamentais para que o processo terapêutico atinja o seu ápice, ou seja, quando o conteúdo psíquico-espiritual manifestado pelos sintomas da doença (causa e efeito) tranforma-se em conteúdo revelado à luz da consciência.
Por isso, o psicoterapeuta deve ter o "feeling" para encaminhar no momento adequado do processo terapêutico, a regressão como técnica que visa resgatar das "memórias" do indivíduo ou na situação de presença espiritual na experiência, aquilo que o seu paciente necessita como contribuição para a escalada do autoconhecimento.
A regressão quando encarada com a seriedade e segurança que ela exige de um método psicoterapêutico, permite ao regredido uma experiência inédita que poderá representar o "passo decisivo" para uma considerável mudança de atitudes diante da vida. E quando isso acontece, ou seja, quando percebemos a diferença no brilho dos olhos de nossos pacientes, é motivo de imensa alegria no coração por termos facilitado o seu despertamento a partir de um melhor nível de percepção em relação a auto-responsabilidade assumida perante a sua própria consciência.
Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos









Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |