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O MUNDO RESPIRA!

Atualizado dia 2/22/2007 11:38:58 PM em Autoconhecimento
por Christina Nunes


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Hoje, sentada à minha mesa no serviço, ouvia uma música que nos idos da década de oitenta foi sensação num daqueles festivais da MPB realizados no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, quando verdadeiras torcidas lotavam o ginásio se organizando em torno dos seus cantores preferidos com seus lançamentos, ou das revelações de novos intérpretes - como foi o caso de Lucinha Lins, se apresentando com a canção Purpurina, de Ivan Lins, que para a ira colérica de todo o pequeno ginásio lotado na final venceu a predileta do povo: Planeta Água - justamente esta, a que eu ouvia hoje, de autoria de Guilherme Arantes e que, não obstante as críticas adversas dos intelectualóides e dos puristas literários, também me encantou naqueles anos, como ainda me encanta, visto tratar-se de poesia belíssima em louvor à vida na Terra!

Eu ouvia esta música com o mesmo enlevo de há tantos anos e, estranhamente, me pus a especular, intimamente, sobre a crise ambiental gravíssima que atravessamos nos dias de hoje - refletindo ser o nosso mundo o soberano Ser Planetário com quem, certamente, nos sintonizamos em trocas espirituais, se soubermos nos harmonizar na faixa certa. E, assim, durante aquela pausa nos meus afazeres, deste modo o fazia, dirigindo à Alma do mundo um questionamento perplexo: "Como pudemos chegar a este ponto crítico de degradação ambiental e da qualidade da vida neste mundo, ao ponto de ameaçar a nossa própria sobrevivência?" - ao que, imediatamente, e para minha surpresa, ecoou, em resposta, uma "voz" clara, numa espécie de transe: "Os hóspedes se tornaram hostis!"...

Em seguida, acrescentei outra ponderação mental: "E que se pode ser feito a respeito?" E a resposta veio, estranha, presta, nítida: "Extirpar o mal!"

Neste exato ponto da surpreendente "conversa mental", abri minha caixa de e-mails, dei com o boletim do STUM com o tema ambiental, conclamando a todos a somarem esforços na defesa do meio ambiente porque, afinal, somos um com ele... e tomei um choque! Evidente que não poderia ser apenas uma coincidência!

Durante quase todo o meu trajeto de retorno para casa a "conversa" continuou, à minha revelia; algo como que me assoprava ensinamentos magníficos à audição interna: "Já experimentaste os males das crises respiratórias. Alguns fenecem em decorrência delas; já ouviste, antes, os diagnósticos: parada cardio-respiratória, como a descrição das síncopes determinantes de inúmeros óbitos. Pois bem; sois réplicas do mundo! O mundo vem sofrendo aguda crise respiratória como resultado da sucessão secular das agressões ambientais em curso, mobilizadas pelos seres humanos de maneira completamente irracional e inconsciente. A Terra, portanto, anda quase agonizante e mobiliza seus recursos para recapturar o seu equilíbrio. A carga descomunal de gases nocivos na atmosfera é como um tampão assassino, fator oclusivo fatal na respiração planetária, retendo calor sufocante, desequilibrando níveis de pressão subterrânea, geradora de sismos violentos e imprevistos e acarretando o desmanche das calotas, que mais ainda agrava o sustento delicado do nível de salinidade nos mares; o coração da Terra se oprime e sufoca, preste a rebentar; por conseguinte, todo o clima global se abala: as estações embaralham-se; nada relativo à então secular previsibilidade climática faz mais sentido. Novas terminologias são criadas, às pressas, no esforço de se explicar o inusitado, que se precipita em velocidade crescente, porque o meio ambiente não haverá de esperar pelos vossos cálculos e projetos a longo prazo, tendo sempre como preocupação prioritária a vossa economia e as oscilações monetárias, para mobilizar os recursos precisos na tentativa de resgate da sua sobrevivência por meio da cura da sua qualidade de vida!...

Quando cheguei em casa, assistindo ao jornal, dei com a notícia sombria: os mares do norte e nordeste do Brasil, em determinadas regiões, vêm invadindo praias e zonas costeiras numa proporção assustadora de dez metros por ano!...

Dez metros por ano! Habitantes locais recuam repetidamente suas moradias e estabelecimentos comerciais, na tentativa de escaparem do movimento progressivo e ininterrupto das águas terra acima, e outros tentam barragens, caríssimas que, no final das contas, nem surtem o resultado esperado - desmanteladas pela erosão implacável da força avassaladora das enchentes!

Lembrei-me da resposta recebida no início do inesquecível diálogo com a nossa hospedeira, Gaia, a Mãe Terra, ou seja lá por qual terminologia se chame este extraordinário Ser que acolhe no seu bojo sagrado milhões de consciências em viagem evolutiva sincronizada com a sua própria: "Extirpar o mal"...

Refleti a respeito. O mal a ser extirpado é, antes de tudo, o que reside no íntimo dos hóspedes que se tornaram barbaramente hostis para com a sua casa no Universo; mas tal transformação, infelizmente para nós, costuma ser lerda - uma conscientização maciça e urgente se faz necessária, e apenas desponta nas lideranças mundiais, num momento em que os sinais de alerta impressionantes já soam de um extremo a outro do globo, e iniciativas ainda demasiadamente tímidas, estioladas, principiam a surgir, num início de esforço em conjunto para se refrear - não se diz, nem mesmo, debelar! - os resultados catastróficos das agressões desfechadas ao meio ambiente, no decorrer das últimas décadas.

Enquanto isso, mergulhado nesta "crise respiratória" aguda, o planeta estertora, vitimado com a chaga quilométrica da cratera na camada de ozônio, responsável pela entrada maciça do tórrido calor solar nos gelos eternos: e advêm o superaquecimento, o aumento dos níveis do oceano, os alagamentos sucessivos e espantosos nas costas de múltiplos países, as tsunamis, o fogaréu consumindo, impiedosamente, matas mundo afora; e soma-se a isso a intoxicação crônica à respiração planetária, produzida pela emissão dos gases venenosos em quantidades ciclópicas, ininterruptas, pelo desmatamento desgovernado ditado por interesses econômicos imediatistas que sequer intuem um mundo bem próximo saturado de dinheiro, mas imerso na escassez de água potável e na miséria de gerações das quais farão parte os nossos filhos...

Nosso mundo respira, como nós. Ainda tenta respirar; mas os seus pulmões estão gravemente comprometidos pelo desvario criminoso dos milionários investimentos artificiais da nossa era. Faz-se urgente uma mobilização global, e de tal magnitude, para que ao menos haja a esperança de que uma súbita ruptura coronária do planeta, sucedida da parada respiratória final e irreversível, não nos ocasione uma transição traumática para outros reinos da vida, que todos pretendemos suave e sem as seqüelas sempre lesivas dos desencarnes em massa nos desastres climáticos que a cada dia duplicam de incidência - mas cuja responsabilidade, infelizmente, não pode ser atribuída a ninguém mais que não a nós mesmos!

Glória à Vida, e paz na Terra a toda a Humanidade!

Com amor,

Lucilla & Caio Fábio Quinto

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
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