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O outro lado da rebeldia

Atualizado dia 4/24/2006 10:46:13 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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Conforme o dicionário da Lingua Portuguesa, de Sérgio Ximenes, rebelde "É quem se rebela contra a autoridade constituída. É o indivíduo teimoso, obstinado, indomável".

A história das civilizações está repleta de indivíduos "rebeldes" que se revoltaram contra situações que consideraram injustas e, por este motivo, se envolveram em sangrentas lutas revolucionárias contra tiranos ou contra regimes autoritários, corruptos e imperialistas.

As civilizações indígenas das Américas Latina e do Norte foram, durante séculos, massacradas por interesses colonialistas. Estes índios que morreram lutando bravamente, nada mais fizeram do que reagir à violência e à ocupação ilegal de suas terras. No entanto, foram chamados de selvagens assassinos e rotulados de sub-raça pelos brancos colonizadores.

O significado do comportamento rebelde, portanto, nem sempre é o lado "pecaminoso" do contexto sócio-histórico. Pelo contrário, a história não oficial tem revelado através de inúmeras obras editadas, verdadeiras monstruosidades que o homem, com a desculpa de combater a "rebeldia social" cometeu - e tem cometido - contra o próprio homem.

Na verdade, este lado oculto da rebeldia muitas vezes revela o lado saudável do comportamento humano que reage a indivíduos ou sistemas que representam legítimas esquizofrenias institucionalizadas. Ou seja, o lado lúcido e inconformado com uma situação declaradamente injusta, revolta-se contra o lado doentio que mantém este estado de coisas e que representa o poder.

Jesus Cristo, pela forma que pregava a verdade cristã e enfrentava as privilegiadas castas sociais da época, entre elas, os fariseus, foi considerado um rebelde, um revolucionário que incomodava os poderes político e religioso. Foi no simbólico ato da "lavagem das mãos", que Pilatos expressou o lado oculto e doentio daquela sociedade.

Mais recentemente, Mahatma Gandhi foi um líder religioso que pregava a paz e, assim como Cristo, o amor incondicional. Foi assassinado por interesses contrários que revelaram o lado enfermo da sociedade da sua época.

Martin Luther King, negro ativista norte americano, defendia os direitos dos negros em uma sociedade representada por uma cultura branca marcada por forte conotação racial. Foi também assassinado por contrariar interesses do "outro lado".

E assim, na história da humanidade, milhões de pessoas consideradas "indesejáveis" sob o ponto de vista oficial, foram eliminadas ou perseguidas porque representavam este "lado proibido da rebeldia". O lado que não se conforma, que aponta os erros, as injustiças. O lado, que de uma certa forma, Jesus representou.

Portanto, no alvorecer do terceiro milênio, posturas arrogantes e autoritárias de pessoas que representam algum poder, seja no nível político, social ou religioso, começam a se tornar comportamentos arcaicos que, inevitavelmente, entrarão em conflito com indivíduos cada vez mais lúcidos e preparados para reagirem em prol do equilíbrio da verdade e da justiça.
As gerações índigo entre nós são hoje uma constatação e uma demonstração de que o ser humano começa a dar um passo qualitativo na perspectiva de evolução em todos os sentidos. O líder de perfil personalista que insistir em permanecer com posturas ou idéias que não contemplem o interesse coletivo e sim seus interesses pessoais, cedo ou tarde, terá suas intenções descobertas e a sua pseudoliderança naturalmente desmascarada.

Com o passar dos séculos e, principalmente, com a chegada do milênio da Luz, o lado oculto da rebeldia começa, aos poucos, a expressar-se e a emergir à luz da consciência humana de uma forma verdadeira, pacífica e definitiva.
Caminhamos para o ideal de sociedades equilibradas em que a consciência será o instrumento avaliador e construtor deste equilíbrio, e onde não haverá mais razão da existência de comportamentos que provoquem situações antagônicas e conflitantes entre os homens. Com a evolução consciencial da humanidade, as relações humanas tenderão a serem mais transparentes e próximas, e o indivíduo, nem poderosamente arrogante, nem revolucionariamente rebelde.

Psicanalista Clínico e Psicoterapeuta Reencarnacionista.
flaviobastos

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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