O passo a passo da vida

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Autor Mirtes Carneiro

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 4/27/2010 9:05:29 PM


Aprendemos, desde pequenos, a dar um passo depois do outro, caindo, levantando, apoiando, pedindo ajuda... Até que aprendemos e temos condições de andar a partir do aprendizado construído. Então não mais nos esquecemos como andar, isto se torna automático, parte integrante de nossa existência, a menos que soframos um acidente que nos impossibilite de andar. Caso contrário, seguimos andando pela vida afora...
O que pode nos impedir de andar, prosseguir, se temos a capacidade para isso?
Talvez uma queda traumática, algo em nossa história de vida possa fazer com que nos assustemos diante do caminho . O principal responsável pela não realização de nossas capacidades é um "sujeito" bastante conhecido de todos nós, chamado MEDO.
O medo pode nos paralisar e isto literalmente quer dizer paraliticar, deixar sem ação, estacionar, deixar de andar.
O medo de sofrer pode fazer com que nos afastemos da possibilidade de sofrimento. Mas cabe aqui uma pergunta: como se afastar da possibilidade de sofrimento, enquanto humanos? O próprio ato de aprender a andar é um momento de sofrimento, pois como já dissemos acima, exige esforço, empenho, tentativas diversas, quedas, alguns fracassos, até que algo lindo acontece: conseguimos o nosso objetivo!


Isto me lembra um lindo texto de Emmet Fox:
Para mim, a borboleta ensina a lição mais maravilhosa e importante que nós, seres humanos, temos que aprender. Vocês todos conhecem a sua história. Agora é uma bela borboleta, mas não foi sempre uma borboleta, de forma alguma. Começou a vida e viveu o que lhe pareceu um tempo enorme, como verme - e nem um tipo muito importante de verme - o que chamamos de humilde lagarta.
Ora, a vida de uma lagarta é tristemente limitada, na verdade pode ser tomada como o tipo e o símbolo da restrição. Ela vive numa folha verde na floresta e isso é praticamente tudo o que conhece.
Um belo dia, algo acontece. A pequena lagarta descobre coisas estranhas ocorrendo dentro de si. Por algum motivo, a velha folha verde não está mais parecendo suficiente.
Ela começa a ficar insatisfeita. Fica melancólica e descontente, porém - e esta é a questão vital - é um descontentamento divino. Ela não fica resmungando e se queixando para as outras lagartas, dizendo: "a natureza está toda errada", "odeio esta vida", "nunca vou passar de um verme", "antes não tivesse nascido". Não, ela está descontente, mas é um descontentamento divino. Sente a necessidade de uma vida maior, melhor e mais interessante. O instinto lhe diz que onde existe o verdadeiro desejo tem que haver a realização, porque "onde existe vontade, dá-se um jeito."
E então, a coisa maravilhosa acontece. Aos poucos, surge a borboleta, linda, graciosa, dotada de asas - e em vez de ficar rastejando sobre os limites de uma folha, ela se eleva acima da própria floresta - livre, sem restrições, podendo ir aonde quiser, ver o mundo, aquecer-se ao sol, ser , na realidade o seu Verdadeiro Eu - a coisa livre e maravilhosa que Deus pretendia que fosse.



O sofrimento muitas vezes se faz necessário para que possamos realizar a transformação, como no caso da borboleta. Ela seria para sempre lagarta se não passasse pelo "descontentamento", que é o mesmo que desagrado, desgosto, desprazer. Se estivermos evitando sempre o desprazer, certamente evitaremos diversas transformações em nossas vidas. Para romper o casulo, a lagarta deve fazer um esforço na medida para que suas asas possam se fortalecer para adquirir a capacidade de voar. Sem este esforço, pode ser que a lagarta não venha a voar.
Assim, penso que o passo a passo da vida segue este mesmo padrão de pensamento, e para seguirmos a nossa jornada será preciso:
-paciência: o tempo de lagarta não pode ser atropelado, ele é vitalmente necessário, saber esperar e principalmente respeitar o tempo necessário para que as coisas amadureçam e aconteçam;
-descontentamento frente às dificuldades, pois, muitas vezes, é a partir da indignação e do desprazer que tomamos decisões importantes na vida;
-fazer o esforço necessário para que o objetivo seja obtido;
-enfrentar o medo, pois os acontecimentos reais costumam ser menos amedrontadores do que imaginamos.
Isto significa viver cada momento da vida como uma experiência, seja ela boa ou ruim, está se configurando uma etapa, um fato que fará com que o próximo passo seja estruturado.
Acredito que a próxima pegada vai se construindo na medida em que a base para seu apoio esteja sólida, mas mesmo que não exista ainda uma base sólida, muitas vezes nossos passos trêmulos são corajosos e essenciais para nosso desenvolvimento e busca de autonomia.





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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Mirtes Carneiro   
Mirtes Carneiro CRP06/111130 Psicóloga e Psicanalista Atendimento on line Tel 11 9 8108-5021
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